Como comprar um caminhão: descubra aqui!

Quem deseja comprar caminhão e não dispõe da quantia para pagamento à vista, pode contar com o consórcio e financiamento.

De acordo com levantamento publicado pela Bolsa de Valores B3, a venda de caminhões através de financiamento ultrapassou 57 mil operações no primeiro semestre de 2023, representando aumento de quase 2%, se comparado ao mesmo período do ano anterior. Também no primeiro semestre de 2023, pouco mais de 52 mil pessoas foram contempladas com a carta de crédito para aquisição de veículos pesados, que representa aumento de 31,8%, quando comparado ao mesmo semestre de 2022.

Essas, inclusive, são duas opções disponíveis no mercado para quem deseja comprar caminhão, conforme mostramos a seguir.

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Como comprar caminhão?

Há três principais operações de compra para adquirir um caminhão: com pagamento à vista, financiamento ou consórcio. Em ambos os casos há fatores que devem ser considerados de acordo com o perfil do consumidor.

À vista

A compra à vista se trata do pagamento integral no ato de aquisição do bem, portanto, o consumidor paga pelo valor total que o caminhão vale e não gera nenhum tipo de dívida a médio ou longo prazo. Essa, aliás, é uma das vantagens da compra à vista, que também permite ao interessado negociar o preço do veículo e/ou a inclusão de acessórios gratuitamente.

Entretanto, é sabido que a modalidade não é popular entre pessoas físicas, já que o caminhão é um segmento de veículo com alto custo de aquisição.

Financiamento

Outra opção para comprar caminhão é mediante o financiamento, uma modalidade de crédito em que a instituição financeira concede uma determinada quantia, que deve ser usada especificamente para o fim em questão. Sendo assim, o consumidor tem a oportunidade de comprar o bem à vista e devolver o dinheiro à credora de forma parcelada, num contrato de médio ou longo prazo.

O prazo de pagamento, a taxa de juros e o valor do crédito variam conforme as regras da instituição e o perfil do solicitante. Desse modo, quanto melhor o histórico de pagamento, melhores serão as condições de pagamento e a quantia liberada. Também é preciso considerar o tipo de financiamento, que são:

Finame: promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Finame é um tipo de financiamento que pode ser solicitado por pessoas físicas e jurídicas e que dispõe do segmento Finame Credenciado e Finame Baixo Carbono. Nos dois modelos o caminhão deve ter até 10 anos de fabricação e o prazo de pagamento pode chegar a 72 meses. As instituições tendem a financiar até 90% do valor do bem, que deve ser novo.

Crédito Direto ao Consumidor: chamado de CDC, é o financiamento mais conhecido entre os consumidores e não possui vínculo com programas ou órgãos, como o Finame. Neste caso, a instituição financeira, pública ou privada, disponibiliza o crédito diretamente ao consumidor, que o utiliza para comprar o caminhão. Entretanto, se comparado à opção anterior, este costuma apresentar taxa de juros mais alta e prazo de pagamento menor, chegando a 60 meses.

Consórcio

Para comprar caminhão via consórcio é preciso aderir ao consórcio de pesados, que inclui outros tipos de veículos, como ônibus e tratores. Essa modalidade funciona como um autofinanciamento, porque a administradora responsável reúne diversos consumidores com o mesmo objetivo financeiro e cria um grupo de consórcio. Os participantes, então, informam o valor do crédito que desejam durante a formalização do contrato e, mensalmente, efetuam depósitos a um fundo comum.

Dessa forma, os recursos são usados para a contemplação da carta de crédito, que é um documento que corresponde à quantia solicitada pelo consorciado para adquirir o bem. Uma das principais vantagens do consórcio é que não há a incidência de juros, já que não se trata de um empréstimo, pois os próprios participantes arcam com a contemplação. Por outro lado, se o consumidor não possuir recursos financeiros para ofertar um lance e antecipar o acesso ao crédito, deverá aguardar o sorteio, que pode demorar mais tempo do que o desejado.

O passo a passo para contratar um consórcio de caminhão

Quais os documentos necessários para comprar um caminhão?

Os documentos exigidos no momento de comprar caminhão via consórcio, financiamento ou à vista podem variar de acordo com a operação escolhida. No entanto, os mais comuns para pessoa física e pequenas empresas, são:

• documento de identificação com foto do solicitante, como RG ou CNH;
• CPF;
• Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ);
• CNPJ;
• registro do faturamento dos últimos 12 meses.

Se tratar de empresa de médio ou grande porte, também poderão ser exigidos:

• faturamento anual;
• informações sobre o patrimônio da empresa;
• contrato social;
• lista de clientes;
• documentos referentes à área contábil, a fim de compreender a situação financeira da empresa;
• informações da frota.

É melhor financiar ou fazer consórcio de caminhão?

Depende, o financiamento e o consórcio são modalidades com características diferentes, logo, a viabilidade depende do perfil do consumidor. Por exemplo, no financiamento, a aquisição do veículo ocorre logo após a formalização do contrato, no entanto, será preciso arcar com o valor da entrada, que pode ser entre 10% e 30% do preço do caminhão.

No consórcio, por sua vez, não é necessário pagar nenhuma quantia de entrada e o consumidor pode conseguir crédito de até 100% do valor do veículo. Contudo, se não tiver dinheiro para ofertar o lance, terá que aguardar ser sorteado em uma das assembleias mensais, o que pode ocasionar demora de meses ou, até mesmo, anos para obter o crédito e efetuar a compra.

No quesito prazo de pagamento, as duas modalidades são consideradas de médio e longo prazo.

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Vale a pena comprar caminhão usado?

Bem como mencionado no comparativo entre as opções de crédito disponíveis para comprar caminhão, a escolha entre um veículo novo ou usado também varia de acordo com as necessidades e perfil do comprador. A recomendação é observar o quanto de recursos dispõe, desvalorização do bem e outros aspectos, como apontados a seguir.

Preços mais baixos: conforme a tabela Fipe, um caminhão fabricado há seis anos ou mais costuma ser, em média, até 20% mais barato que um zero quilômetro. Com isso, ao optar por um veículo usado, o consumidor dispõe da possibilidade de economizar, ao passo que adquire um automóvel mais completo e potente.

Atenção às condições do veículo: por se tratar de um caminhão usado, naturalmente o veículo contará com características oriundas do uso. Sendo assim, o consumidor deve realizar uma análise minuciosa em relação às manutenções, trocas de peças, problemas já apresentados, batidas e acidentes. O intuito é analisar o custo-benefício.

Taxa de juros: quando se tratar de financiamento, o consumidor poderá se deparar com taxas de juros mais altas para caminhões usados. Essa não é uma regra, mas acontece com frequência, tornando o valor final da dívida similar ao que teria sido se optasse pelo caminhão novo. Cabe sempre avaliar o custo final da operação e comparar aos demais fatores.

Desvalorização do bem: qualquer veículo passa pelo processo de desvalorização, ou seja, perde parte de seu valor, que inclusive já ocorre ao sair da concessionária, ainda que o automóvel seja zero quilômetro. Junto a isso, acumula-se o fato de que a depreciação é menor, conforme o tempo de fabricação aumenta. Seguindo essa lógica, o caminhão usado contará com desvalorização mais lenta, se comparado ao novo.

Disponibilidade de crédito: quem optar por comprar um caminhão usado tende a se deparar com menos opções de crédito disponíveis, porque não são todas as administradoras que oferecem o consórcio de pesados com possibilidade de compra de bem usado, assim como há instituições que não liberam crédito para financiar caminhão usado. Portanto, o consumidor deve avaliar as opções disponíveis no mercado e o custo-benefício.

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