DREX: O que é e para que serve?
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O Drex, também conhecido como Real Digital, tem previsão de lançamento entre o final de 2024 e início de 2025.
No início de agosto, o Banco Central do Brasil anunciou o novo nome do Real Digital: Drex. A moeda virtual do BC está em fase de testes desde março de 2023, e se trata de uma versão brasileira da Central Bank Digital Currency (CBDC). O intuito do Drex é facilitar as transações e reduzir os custos com a impressão de dinheiro.
De acordo com o Banco Central, as transações financeiras realizadas a partir de dispositivos móveis, como celulares e tablets, cresceram 35% entre 2019 e 2020. Por isso, o órgão reforça que a implementação do Drex pode estimular a inclusão financeira através da economia digital.
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O que é e para que serve o Drex?
O Drex será a versão digital do real, portanto, funcionará como uma alternativa ao uso das cédulas, mas com o valor do real e gerido digitalmente pelo Banco Central. Sendo assim, será possível realizar pagamentos e transferências a partir da plataforma que também será lançada e permitirá a movimentação do Drex.
Este sistema, por sua vez, contará com duas moedas: uma de atacado, que poderá ser usada somente em pagamentos entre o Banco Central e as instituições financeiras autorizadas, e uma de varejo, que tem sido chamada de “real tokenizado”, e poderá ser utilizada pelo mercado como um todo e os consumidores.
Como vai funcionar o Drex?
O primeiro ponto a se considerar é que o Drex, em si, será uma moeda de atacado, portanto, acessível para os bancos. Os consumidores, isso é, pessoas físicas, terão acesso ao real tokenizado, que será disponibilizado pelos bancos e estará atrelado ao Drex. Ou seja, o consumidor não terá acesso à moeda original.
Para isso, o Banco Central explicou que haverá duas principais categorias de ativos na plataforma, são elas:
Real Digital: também chamado somente de Drex, é a versão da moeda para atacado e transações interbancárias, logo, disponível somente para as instituições financeiras.
Real Tokenizado: como explicado, é a versão Drex que será disponibilizada para o varejo e os demais consumidores através do depósito bancário. Tratará da versão digital do dinheiro que uma pessoa possui disponível em conta corrente, poupança ou de pagamento.
Na prática, funcionará assim: o cliente de um determinado banco fará o depósito em reais numa carteira virtual, que automaticamente converterá o valor em real tokenizado, que é a moeda virtual Drex para varejo. Desse modo, se forem depositados R$300, o consumidor terá 300 Drex, pois a taxa de conversão é de R$1 para 1 Drex. A conversão de ativo real para ativo digital ocorre mediante a tecnologia blockchain.
Essas carteiras virtuais, vale dizer, não serão operadas pelo Banco Central, mas por bancos, fintechs, cooperativas e outras instituições financeiras autorizadas pelo BC. Haverá, ainda, os Títulos de Tesouro Direto, que possibilitarão a compra e venda de títulos públicos federais no mercado primário e secundário via plataforma Drex.
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O Drex será cobrado?
Inicialmente, a expectativa é de que o Drex poderá ser cobrado, já que o uso do sistema estará atrelado a serviços financeiros e, consequentemente, a prestadores de serviços, que então cobrarão algum valor pela transação financeira. Entretanto, ainda não há explicações sobre como será feita a cobrança e se o valor será fixo ou variável de acordo com a operação.
Qual é a diferença entre o Pix e o Drex?
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos, mas que não altera o ativo para o digital, portanto, o dinheiro transferido ou recebido continua em sua configuração original. Além disso, o Drex funcionará via blockchain e num ambiente totalmente novo, que será a plataforma em criação.
O Pix, por sua vez, foi lançado de forma integrada aos aplicativos e Internet Banking das instituições participantes.
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O Drex é uma criptomoeda?
Apesar de contar com a tecnologia blockchain, o Drex não é uma criptomoeda. Isso porque, as criptos, com Bitcoin e Ethereum, não têm fiscalização ou regulamentação, as movimentações financeiras são anônimas e a gestão descentralizada. O Drex, contudo, será regulado e fiscalizado pelo Banco Central, além disso, se caracterizará como uma moeda corrente, mas no formato digital.
Quando o Drex estará disponível?
De acordo com as divulgações do Banco Central do Brasil, a expectativa é de que o Drex seja lançado entre o final de 2024 e início de 2025. A previsão leva em consideração as fases de testes, que contam com 16 instituições e demais agentes financeiros. Dentre as etapas de teste, estão as de funcionalidades de privacidade e programabilidade para usos específicos.
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