É possível fazer um consórcio para fertilização in vitro (FIV)?
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O consórcio para fertilização in vitro faz parte do segmento de serviços, e pode ser contratado por qualquer pessoa a partir de 18 anos de idade.
Entre janeiro e agosto de 2023, o Sistema de Consórcios contemplou 1,09 milhão de pessoas. Destas, 33,03 mil eram participantes do consórcio de serviços, segmento, inclusive, que neste mesmo período, apresentou alta na quantidade de participantes ativos e no valor de crédito concedido.
O consórcio de serviços, para quem não conhece, possibilita ao consumidor utilizar a carta de crédito para o pagamento de diversos tipos de serviços, como saúde, estética, educação, viagens e festas, por exemplo.
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É possível fazer um consórcio para fertilização in vitro?
Sim, é possível pagar pela fertilização in vitro através do consórcio de serviços, que conforme mencionado, permite ao participante contratar serviços de diversas áreas, inclusive da saúde.
A modalidade é um tipo de autofinanciamento, em que pessoas com interesse de contratar algum serviço via consórcio formam um grupo e, mensalmente, realizam depósitos mensais para o fundo comum. Então, através dos recursos disponíveis neste fundo, são concedidas as cartas de crédito, que permitem ao consorciado pagar pela fertilização in vitro.
Vale ressaltar que o consórcio não é um empréstimo, já que a instituição financeira não empresta a quantia. Na prática, os próprios consorciados financiam a concessão do crédito, e por isso não há a incidência de juros. Para obter a carta de crédito, o participante pode aguardar ser sorteado em uma das assembleias que ocorrem mensalmente, ou ofertar um lance, que antecipa o pagamento de parte do saldo devedor e libera o crédito.
Quanto tempo dura o consórcio para fertilização in vitro?
Depende, o que determina o tempo de duração do contrato de consórcio é, principalmente, o valor da carta solicitada e o orçamento do consorciado. Sendo assim, quanto maior o valor do crédito, mais longo tende a ser o contrato, podendo chegar a 30 meses ou mais. Contudo, se o consumidor possuir recursos para arcar com parcelas mais altas, o consórcio pode durar menos tempo. Em suma: é preciso que o participante considere sua realidade financeira a médio e longo prazo, para então escolher o grupo que mais se encaixa em seu perfil e necessidades.
Também cabe lembrar que após a contemplação, que pode acontecer no início, meio ou final do contrato, também é estipulado um prazo para uso da carta de crédito, que varia entre 60 e 180 dias, a depender da política da administradora. Estes detalhes devem estar detalhadas em contrato.
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Como fazer um consórcio para fertilização in vitro?
Quem deseja fazer um consórcio para fertilização in vitro deve se atentar às principais etapas da modalidade, que mostramos a seguir.
Adesão ao consórcio
A primeira ação a ser tomada por quem pretende contratar um consórcio para fertilização in vitro é pesquisar sobre a reputação das administradoras que oferecem o segmento. Para isso, a dica é consultar o ReclameAqui e site do Procon, em que constam as reclamações de outros clientes, além das redes sociais da empresa. Também é recomendável buscar pelo CNPJ da administradora no site do Banco Central do Brasil, para garantir que a mesma possui autorização para prestar esse tipo de serviço.
Verificada a confiabilidade, é o momento de verificar qual grupo possui compatibilidade com a realidade financeira, então, analise o valor da carta de crédito e prazo de pagamento. É comum que sejam apresentados grupos em andamento ou que estão sendo formados. No primeiro, se trata de um grupo já constituído, mas que porventura houve a saída de um participante, então a cota deste é repassada a outro interessado.
Os grupos em formação, como o próprio nome indica, são os que ainda estão sendo constituídos. A principal diferença entre eles está no prazo, pois no grupo em andamento já terão ocorrido contemplações, logo, a possibilidade de ser contemplado mais rápido é maior. Entretanto, essa mesma característica também torna o prazo de pagamento menor e com parcelas mais altas. Cabe ao interessado observar o cenário e escolher a opção que se adequa ao seu perfil.
Formalização do contrato
Depois de escolhido o grupo de consórcio, acontece a formalização do contrato. Nessa etapa, a administradora apresenta o documento, que deve conter o valor da carta de crédito, percentual da taxa administrativa, fundo de reserva e outros encargos, bem como o prazo de pagamento, quantidade máxima de participantes e frequência de realização das assembleias.
Se o consumidor estiver de acordo com todas cláusulas, basta assinar o contrato e formalizá-lo para que o consórcio comece a valer.
Pagamento das parcelas
As parcelas do consórcio para fertilização in vitro são pagas mensalmente. Além disso, essa quantia é constituída pela diluição de algumas taxas, são elas:
Fundo comum: quantia que corresponde especificamente ao parcelamento da carta de crédito.
Taxa administrativa: percentual que varia entre 10% e 25% do valor da carta de crédito solicitada, e que funciona como remuneração à administradora, devido à prestação de serviços da empresa.
Fundo de reserva: mantido em conta à parte, tem o intuito de cobrir eventuais emergências judiciais ou inadimplência de participantes, a fim de garantir que haja recursos suficientes para a contemplação dos consorciados. Se ao final do contrato, houver dinheiro restante referente ao fundo de reserva, o valor é devolvido aos integrantes de forma proporcional.
Seguro: a contratação costuma ser obrigatória e com o objetivo de cobrir problemas que possam ocorrer entre os participantes, que os impossibilitaria de dar continuidade no pagamento das prestações, como falecimento ou invalidez.
Participação nas assembleias
Mensalmente são realizadas as assembleias, evento em que a administradora efetua os sorteios e contempla um ou mais participantes. Após o sorteio, se houver recursos suficientes disponíveis, a administradora abre espaço para a oferta de lances. Nele, quem oferecer o maior valor, obtém a carta de crédito, e a quantia em questão é paga e abatida do saldo devedor. Cada administradora conta com regras específicas para os lances, que podem ser fixos ou livres.
Contratação do serviço
Por fim, após ser contemplado, seja via sorteio ou lance, o consumidor pode, então, contratar o serviço desejado. É válido destacar que a administradora não libera o dinheiro diretamente ao consorciado, na prática, o mesmo escolhe o prestador de serviço, realiza o agendamento e apresenta a nota fiscal à administradora, que por sua vez, fará o repasse à clínica ou hospital.
Como funciona um lance de consórcio?
Entrei no grupo de consórcio, terei acesso imediato ao dinheiro?
Após entrar em um grupo de consórcio, o consumidor não terá acesso imediato ao dinheiro, como acontece com o financiamento ou empréstimo convencional. Isso porque, como explicado, o consórcio se baseia na junção de recursos de diversas pessoas, para que a carta de crédito seja liberada, ou seja, não se trata de empréstimo, mas um autofinanciamento. Desse modo, para conseguir o dinheiro mais rapidamente, a alternativa é ofertar o lance durante a assembleia.
Quando contemplado, a carta de crédito tende a ser liberada entre 7 e 60 dias, a depender da política da administradora.
O que preciso saber sobre consórcio para fertilização in vitro
O consórcio para fertilização in vitro, assim como os demais segmentos, conta com características importantes, que devem ser de conhecimento do consumidor que pretende solicitá-lo.
Nome sujo bloqueia a carta de crédito
Quem está negativado, isso é, com o nome sujo, pode aderir uma cota do consórcio normalmente, pois não há nenhuma restrição. Entretanto, se ao ser contemplado, seja através de sorteio ou lance, o consorciado ainda estiver com restrição no CPF, a carta de crédito será bloqueada e enviada para um fundo de rendimento.
Para ter acesso à quantia, é necessário regularizar a situação do CPF para que, então, a administradora faça uma nova análise de crédito e libere o recurso.
Há a cobrança de taxa administrativa
Uma das principais vantagens do consórcio, de modo geral, é a isenção de taxa de juros, que contribui para a diminuição no valor final da dívida. No entanto, é importante ter em mente que o consumidor arcará com a taxa administrativa, que corresponde entre 10% e 25% do valor da carta de crédito. A quantia é parcelada e diluída nas prestações e, ainda assim, quando comparada aos juros convencionais, costuma ser inferior.
A carta de crédito sofre alteração de valor
Por se tratar de uma operação de médio prazo, é comum que o valor da carta de crédito seja alterado ao longo do contrato, já que os serviços oferecidos também podem sofrer variações em seu preço. Dessa forma, para impedir que o consorciado perca o poder de compra ao longo deste período, é aplicado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), assim, a carta é reajustada conforme a variação inflacionária e de mercado.
Esse reajuste, entretanto, impactará diretamente no valor da dívida, estendendo o prazo de pagamento ou aumentando o valor das parcelas, por isso é essencial verificar as regras em contrato.
O consorciado pode ser excluído do grupo se estiver inadimplente
A falta de pagamento das prestações do consórcio impede a participação do consumidor em sorteios, e o proíbe e ofertar lances durante a assembleia, apesar de ainda poder acompanhar as contemplações. Além disso, se a inadimplência se estender, a administradora pode, a qualquer momento, excluí-lo automaticamente do grupo e repassar sua conta a outra pessoa interessada.
Não existe um consórcio para fertilização in vitro, especificamente
O consórcio para fertilização in vitro, na verdade, faz parte do segmento de consórcio de serviços. Ou seja, a pessoa que o contrata pode utilizá-lo para diversas finalidades, como realizar uma viagem, fazer festas, investir em estudos ou pagar por procedimentos de saúde e estética. A regra estabelece apenas que a carta de crédito seja usada para a contratação de serviços junto a uma empresa que emita a nota fiscal.
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