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Os golpes em aplicativos de pagamento visam, principalmente, obter recursos e dados pessoais das vítimas de forma ilegal.
Uma pesquisa realizada para a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e para o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) projeta que 7,2 milhões de consumidores foram vítimas de alguma fraude financeira entre o segundo semestre de 2022 e o primeiro de 2023.
Pensando nisso, explicamos quais os principais golpes em aplicativos de pagamento e separamos dicas para se proteger.
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De modo geral, os golpes em aplicativos de pagamento, bem como os que são aplicados por outros meios, visam obter recursos e dados pessoais e bancários da vítima de forma ilegal. Sendo assim, é comum que essas pessoas sejam induzidas a clicarem em links ou arquivos enviados, que podem dar permissão a malwares que acessam contas e outros aplicativos do proprietário do celular ou computador.
Há, ainda, a prática de induzir o usuário a fornecer dados sensíveis, pois com essas informações é possível solicitar diversos serviços financeiros, como empréstimos, cartões de crédito e abertura de contas.
O primeiro exemplo de golpe em aplicativo de pagamento praticado é mediante a alegação de que o usuário precisa atualizar o aplicativo. Essa comunicação pode ser feita via e-mail, SMS ou mensagem do WhatsApp e, de acordo com o passo a passo indicado na mensagem, a vítima deve baixar um aplicativo ou clicar em algum link disponibilizado pelo fraudador.
Há, também, situações em que o golpista entra em contato previamente, informando sobre a suposta atualização do aplicativo e ensinando a vítima sobre o procedimento. Em seguida, se concordar com o procedimento, o usuário recebe o link via SMS, e-mail ou WhatsApp.
Outra prática comum é o envio de mensagens SMS ou e-mails para usuários, em que o fraudador simula ser da instituição financeira em que o mesmo possui conta. No texto, é informado que há uma compra aprovada ou em análise em determinado valor, porém, se o dono da conta não reconhecer, recomenda-se que entre em contato com uma suposta central de atendimento, em que o número também é indicado na mensagem.
Ao entrar em contato, a vítima acredita estar falando com um funcionário do banco, contudo, atualmente há diversos casos em que se trata de uma falsa central de atendimento. O intuito do golpista, neste caso, é convencer a vítima a enviar uma determinada quantia de dinheiro ou fornecer dados bancários, com a alegação de que serão usados para estornar a compra.
Similar à atualização de aplicativo, o golpe da nova funcionalidade consiste numa ligação ou envio de e-mail ou SMS, em que o usuário é alertado de que uma nova funcionalidade está disponível no app, mas que será gratuita apenas para os primeiros que a ativarem. A ideia dessa prática é gerar o senso de urgência, fazendo com que a vítima não pesquise se a informação é verdadeira.
Então, a mesma é induzida a baixar algum programa ou clicar em links suspeitos que podem dar acesso remoto ao dispositivo e, com isso, os golpistas conseguem acessar contatos, contas bancárias, aplicativos com documentos de identificação e afins.
Por fim, outra prática fraudulenta comum é o envio de mensagens informando o usuário de que foi liberado uma determinada quantia de crédito, que pode ser tanto cheque especial, quando se trata de conta corrente ou poupança, quanto limite de saque, quando o cliente possui cartão de crédito.
Neste caso, a vítima é induzida a entrar em contato com uma falsa central de atendimento e, durante a ligação, os golpistas apresentam condições de pagamento atrativas. Ao aceitar a proposta, surge a argumentação de que a liberação do crédito está condicionada ao pagamento de uma taxa, que tem diversos nomes, como taxa de liberação, taxa de avalista e taxa por score baixo, por exemplo. Após efetuar o pagamento, os golpistas deixam de responder às ligações e mensagens.
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Tendo em vista quais são os principais tipos de golpes em aplicativos de pagamento, separamos quatro dicas para ajudar os usuários a se protegerem dessas práticas.
Induzir as vítimas a clicarem em links maliciosos, como mostrado, é o principal tipo de golpe. Isso porque, os fraudadores podem incluir diversos softwares, que geram variados resultados, como invasão de dispositivos, transmissão de vírus e/ou vazamento de dados. Portanto, é essencial que, antes de clicar em qualquer link, o usuário avalie se o remetente se trata de um canal oficial da instituição financeira e se a informação apresentada na mensagem é verdadeira, ou se visa somente convencê-lo a clicar.
Ao receber mensagens, seja qual for o canal, sobre atualização de aplicativo, liberação de funcionalidades, compras aprovadas ou em análise, crédito disponibilizado e afins, a recomendação é entrar em contato com a central de atendimento oficial da instituição financeira, e não no número indicado na mensagem. A partir daí, é possível certificar-se da veracidade das informações e, se for do interesse, dar prosseguimento na operação.
Se receber uma ligação ou mensagem no WhatsApp, que solicita dados pessoais, como nome completo, CPF e telefone, além de dados bancários, como número da conta ou do cartão de crédito, código verificador e/ou senha, não disponibilize. Essas informações são consideradas sigilosas e nenhuma instituição financeira pode exigir que os clientes a forneçam.
As instituições financeiras não podem cobrar de seus clientes pela resolução de um caso, por exemplo, para estornar uma suposta compra realizada no cartão de crédito. Da mesma forma, a concessão de empréstimos não está condicionada ao pagamento de nenhum tipo de taxa, essa prática, inclusive, é considerada crime pelo Banco Central do Brasil, pois nenhuma instituição pode cobrar valores antecipados.
Sendo assim, se o usuário receber pedidos de pagamento, a recomendação é encerrar o contato imediatamente e realizar uma denúncia.
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