Como comprar ônibus: descubra aqui!
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Para quem deseja comprar ônibus, há diversas modalidades de crédito disponíveis no mercado.
De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), em agosto de 2023 foi registrado aumento em diversos indicadores de consórcios no país, com destaque para a quantidade de participantes ativos, que atingiu 9,94 milhões de pessoas. Destes, 754 mil faziam parte do consórcio de veículos pesados, que permite ao consumidor comprar ônibus, caminhão e outros tipos de automóveis do segmento.
CDC, consórcio ou leasing: qual é a melhor opção?
Como comprar ônibus?
O consumidor, seja pessoa física ou jurídica, que deseja adquirir um ônibus, mas não possui recursos para pagamento à vista, pode contar com algumas modalidades de crédito, que permitem a quitação a médio ou longo prazo, conforme mostramos a seguir.
Finame
O Finame é promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e voltado a pessoas físicas e jurídicas do segmento de transporte rodoviário de cargas. O produto financeiro possibilita a compra de ônibus, caminhões, máquinas e outros equipamentos, desde que tenham, no mínimo, 60% de fabricação nacional.
O Finame conta com três opções de taxas de juros, são elas:
Finame Selic: em que a taxa de juros é pós-fixada e atrelada à taxa Selic, ou seja, se houver variações, os juros também variam. Nessa opção, o consumidor pode financiar até 100% do valor do bem, com prazo de pagamento em até 60 meses.
Taxa fixa do BNDES: também denominada como TBF, é uma opção de taxa de juros pré-fixada, isso é, com percentual estabelecido em contrato. Essa modalidade do Finame também possibilita financiar até 100% do preço do ônibus, com pagamento em 84 meses. Entretanto, está disponível somente para clientes com faturamento anual de até R$300 milhões.
Taxa de Longo Prazo: por fim, a terceira opção é a TLP, que consiste em um custo pós-fixado e baseado no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE. O prazo de pagamento varia de acordo com o perfil da empresa e valor do crédito, que sofre variações. Sendo assim, empresas com faturamento anual de até R$300 milhões podem financiar 100% do ônibus, enquanto as empresas com faturamento anual inferior a R$300 milhões terão acesso a crédito no valor correspondente a até 60% do bem.
Crédito Direto ao Consumidor
Também conhecido como CDC, o Crédito Direto ao Consumidor é um dos financiamentos mais populares, e que pode ser solicitado por pessoa física ou jurídica. A modalidade é oferecida por instituições financeiras públicas e privadas, que consideram o perfil do interessado para estabelecer a taxa de juros, prazo de pagamento e valor do crédito.
No CDC o dinheiro pode ser liberado diretamente ao consumidor ou à própria empresa que venderá o bem, a depender da política de crédito estabelecida. O parcelamento pode ser em até 60 meses, contudo, a taxa de juros é considerada mais alta, se comparada ao Finame.
Consórcio de pesados
O consórcio de pesados, por sua vez, é um tipo de autofinanciamento, pois a administradora responsável reúne pessoas interessadas em adquirir um bem do mesmo segmento e, a partir daí, cria o chamado “grupo de consórcio”. Os participantes, então, efetuam depósitos mensais a um fundo comum, e o recurso é usado para contemplá-los com a carta de crédito, documento que possibilita ao consumidor comprar o bem desejado.
O prazo de pagamento do consórcio de pesados pode chegar a 120 meses e os consorciados têm a oportunidade de conseguir até 100% da quantia necessária. Além disso, a modalidade não conta com taxa de juros, o que tende a diminuir o valor final da dívida.
Leasing Operacional
O leasing operacional funciona a partir do aluguel de um ônibus por um período pré-determinado em contrato. Dessa forma, o locatário usufrui do veículo, enquanto paga pela taxa mensal de uso. Ao final do contrato, o consumidor poderá optar por devolver o ônibus à locadora, renovar o contrato ou adquirir o bem. Se decidir comprá-lo, a principal vantagem é que o processo é menos burocrático, se comparado aos financiamentos convencionais.
As regras sobre prazo, valores e taxas ou encargos são determinadas pelas empresas e devem ser apresentadas em contrato.
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Quais os documentos solicitados para comprar um ônibus?
Depende, os documentos solicitados a pessoas físicas e jurídicas que pretendem comprar um ônibus são diferentes, já que se tratam de perfis distintos. Além disso, cada modalidade de crédito pode exigir um tipo de item. Desse modo, quem é pessoa física deverá apresentar, de forma geral:
- ficha cadastral de pessoa física preenchida e assinada pelo solicitante e o avalista;
- documento de identificação com foto, como RG ou CNH;
- CPF;
- comprovante de endereço;
- proposta de financiamento, se optar pela modalidade;
- proposta de compra e venda do veículo, se optar pelo consórcio;
- cópia do Documento Único de Trânsito (DUT);
- comprovante de renda.
Mas se for pessoa jurídica, os documentos comumente exigidos, são:
- fichas cadastrais preenchidas e assinadas pelos sócios e avalistas;
- CPF dos sócios;
- documento de identificação com foto de todos os sócios, como RG ou CNH;
- comprovante de endereço dos sócios e avalistas;
- balanço dos três últimos anos, se for empresa de Lucro Real;
- o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, se for empresa de Lucro Simples;
- proposta de financiamento, para a modalidade em questão, ou de compra e venda entregue pela empresa que venderá o bem, se for consórcio;
- cópia do Documento Único de Trânsito (DUT);
- cartão CNPJ e Contrato Social;
- cópia do Imposto de Renda Pessoa Física de todos os sócios e avalistas;
- relatório de faturamento.
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5 dicas para quem deseja comprar um ônibus
Para quem deseja comprar um ônibus, separamos 5 dicas, que podem ajudar na organização orçamentária e nas etapas necessárias.
1. Determine as necessidades
Antes de comprar o ônibus, é importante ter em mente alguns fatores, e o primeiro deles é o tipo de uso, portanto, se será para transporte de passageiros, turismo, fretamento ou uso pessoal, por exemplo. Em seguida, escolher o tamanho do automóvel, com base na capacidade de passageiros ou carga que pretende transportar.
Feito isso, cabe avaliar se é vantajoso adquirir um veículo novo ou usado, para isso, vale considerar que o ônibus usado será mais acessível no aspecto financeiro, entretanto, pode exigir manutenções adicionais e cuidado na inspeção. Determinar as necessidades é essencial para diminuir as chances de erro na compra.
2. Estabeleça o orçamento
A partir da definição do tipo, tamanho e estado do ônibus que será adquirido, é o momento de estabelecer o orçamento, que inclusive deve ser realista, tendo em vista os recursos disponíveis. Sendo assim, considere o custo com a compra, seja à vista ou parcelada, além dos gastos contínuos, como manutenção, combustível, seguro e documentação.
Estabelecer o orçamento de maneira concreta realista contribui para evitar o endividamento e, até mesmo, a perda do bem, caso seja feito o contrato de alienação fiduciária.
3. Faça a pesquisa de mercado
A pesquisa de mercado existe para que o consumidor consiga se informar sobre os produtos ou serviços que têm interesse, logo, a recomendação é buscar por avaliações, comentários e demais experiências de outros compradores junto ao ônibus que deseja. O intuito é avaliar se o automóvel atende às necessidades identificadas inicialmente, como capacidade, consumo de combustível, manutenção e condições de conservação, se for usado e/ou de fabricação antiga.
Também é importante comparar os preços e consultar a reputação dos fabricantes e revendedores.
4. Escolha a modalidade de crédito de acordo com seu perfil
Para quem possui pressa e não dispõe de recursos para arcar com a entrada, o consórcio de ônibus pode ser uma boa opção, já que as administradoras liberam crédito de até 100% do preço do bem e não é exigido nenhum pagamento inicial para começar a participar de um grupo.
Entretanto, a modalidade pode ser demorada, logo, o financiamento, seja o Crédito Direto ao Consumidor ou o Finame, pode ser viável, se o consumidor possuir condições de pagar a entrada, já que é comum para pessoas físicas e pequenas empresas que o crédito concedido não cubra o valor integral do bem.
Ou seja, o consumidor deve avaliar o orçamento e os recursos disponíveis, bem como considerar que essa é uma dívida de médio a longo prazo, portanto, de alta responsabilidade.
5. Realize inspeção e testes
Por fim, a última recomendação é voltada, principalmente, para quem busca por ônibus usado. Se possível, contrate um mecânico de confiança e efetue uma inspeção detalhada, junto a um teste de condução. A prática é essencial para garantir que o veículo esteja em boas condições de funcionamento e que não apresentará problemas posteriores.
Também é importante verificar se a documentação está regular, como a transferência de propriedade, e se o bem não está alienado a alguma operação de crédito ou outro tipo de dívida.
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