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Definir os objetivos, estimar os gastos e realizar algum tipo de investimento são essenciais no planejamento da aposentadoria.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, em 2022 havia 21,8 milhões de aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O benefício é de, em média, R$2.303,80 aos trabalhadores do setor privado que se aposentam por tempo de contribuição.
O teto da aposentadoria do INSS para esse grupo de trabalhadores é de R$7.507,49 ao mês, conforme aponta o Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento. Com isso, é comum que as pessoas se preocupem com os valores que serão recebidos no futuro, já que a estimativa é de que os rendimentos diminuam após o trabalhador se afastar do mercado de trabalho.
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Pensando nisso, separamos algumas dicas para contribuir no planejamento da aposentadoria de trabalhadores, seja do setor privado ou público, ou ainda os que atuam de forma autônoma.
A primeira etapa é definir os objetivos, portanto, estipular com qual idade deseja se aposentar e quanto pretende receber mensalmente, com o intuito de ter uma vida financeira estabilizada. É importante considerar nessas projeções a inflação no país, ou seja, quanto valerá R$6 mil em 2040? De modo geral, a probabilidade é de que o poder de compra com essa quantia será menor, quando comparado a 2023, por exemplo.
É válido ter em mente, ainda, se há o propósito de ter um imóvel ou se pretende residir em uma casa ou apartamento locado. A lógica de aquisição também deve se aplicar a veículos, isso é, há a expectativa de adquirir ou possuir um bem como esse?
Tendo em vista a pretensão de idade e valores, é o momento de estimar os gastos do presente e futuro. Quando se trata do presente, vale a pena avaliar quais são as despesas fixas e variáveis atuais e, em contrapartida, qual é o rendimento mensal familiar.
Em seguida, retorne à estimativa de gastos mencionada no tópico anterior, então: será preciso pagar aluguel? Haverá gastos com veículo? Deseja ter um plano de saúde? Com essas respostas, já é possível estimar parte das despesas fixas do futuro e a possibilidade de renda livre, que terão como base o valor atual.
Ao colocar os gastos e rendimentos projetados, torna-se menos complexo compreender os custos e, consequentemente, os ganhos necessários.
A contribuição para a Previdência Social é essencial para quem deseja se aposentar pelo INSS. Quem atua no setor privado em regime de contratação CLT já conta com o desconto em folha automaticamente, logo, já contribui de acordo com o salário. Entretanto, profissionais que atuam de forma autônoma não têm a contribuição automática, dessa forma, a recomendação é efetuar o pagamento como contribuinte individual.
A aposentadoria através do INSS é um direito de todas as pessoas que contribuem por, pelo menos, 15 anos, quando se trata do trabalhador urbano, e 7 ou 5 anos para mulheres e homens, respectivamente, que atuam na área rural. Além disso, a Previdência também estipula a idade mínima para recebimento do benefício, que aumentou desde a reforma da previdência.
Diante disso, a dica é buscar por uma ou mais modalidades de investimentos a médio e longo prazo, que possam complementar a renda futuramente. Entre as opções, está a previdência privada, nas modalidades do Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) ou Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), além dos investimentos em renda fixa, como Tesouro Direto, LCI, LCA, CRI e CRA.
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Para quem pretende investir com foco na aposentadoria, além da Previdência Privada, a melhor opção podem ser os investimentos em renda fixa, porque são produtos financeiros com características previsíveis, já que é possível saber de início o possível retorno financeiro, pois a taxa ou índice aplicados e o prazo de aplicação são estabelecidos já no momento da compra dos títulos. Desse modo, a renda fixa traz mais segurança para o investidor.
A Previdência Privada, também chamada de Previdência Complementar, é uma forma de investimento a longo prazo. Na prática, a pessoa realiza pagamentos mensais e por um período pré-determinado, então, após concluído esse prazo, o investidor tem acesso à quantia depositada, conhecida como renda passiva, que contará com o acréscimo de juros pré-estabelecidos no momento do contrato inicial. Portanto, é um investimento em que acumula-se patrimônio ao longo do tempo, que será devolvido posteriormente.
Na Previdência Privada, há duas modalidades: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), o primeiro é considerado uma previdência complementar de fato, enquanto o segundo é visto como um seguro pessoal. Em ambos os casos, no entanto, a seguradora é responsável por aplicar os valores recebidos dos clientes em diversos tipos de investimentos.
Com isso, a principal diferença entre as modalidades é a forma de tributação, porque o PGBL permite que seja feita a dedução de até 12% sobre a base de cálculo do Imposto de Renda, por esse motivo é indicado para quem entrega a declaração no modelo completo. Já no VGBL, a incidência de imposto ocorre no momento do resgate do dinheiro e somente sobre o valor que rendeu, e não sobre a quantia investida num total. Além disso, não é possível deduzi-lo no Imposto de Renda, logo, pode ser interessante para quem declara no modelo simplificado.
A Letra de Crédito Imobiliária (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) funcionam como um empréstimo, sendo assim, com o dinheiro dos títulos emitidos, o setor imobiliário e do agronegócio têm suas atividades financiadas, como pagamento de dívidas e tomada de crédito. A LCI e LCA contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito e são isentas de Imposto de Renda, por outro lado, oferecem baixa rentabilidade.
As siglas CRI e CRA se referem a Certificado de Recebíveis Imobiliários e Certificado de Recebíveis do Agronegócio, respectivamente. Estes produtos financeiros são emitidos por empresas securitizadoras e funciona da seguinte forma: uma determinada empresa do ramo imobiliário ou do agronegócio possui uma quantia a receber do consumidor, mas este quitará a dívida de forma parcelada.
Entretanto, a empresa precisa do dinheiro a curto prazo ou de forma imediata, então, contrata uma securitizadora, que será responsável por transformar a dívida em títulos de crédito e repassá-los aos investidores. Com isso, a empresa recebe o dinheiro antecipadamente, enquanto quem comprou um CRI ou CRA, por sua vez, receberá a quantia posteriormente, com acréscimo de juros.
O CRI e CRA são isentos de Imposto de Renda.
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