IGP-M cai 0,67% em agosto, diz FGV. Mas o que isso significa?
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O IGP-M é o indicador da inflação/deflação aplicado aos aluguéis e imóveis
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,67% em agosto deste ano, conforme publicação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) desta quinta-feira (29). Tal percentual é menor ao apurado em julho, quando a taxa foi de 0,40%. Assim, o indicador obteve deflação no mês.
Com este resultado, o IGP-M acumula alta (inflação) de 4,09% no ano e de 4,95% nos últimos 12 meses. Em agosto de 2018, o índice havia subido 0,70% no mês e acumulava alta de 8,89% em 12 meses.
Mas o que é IGP-M?
O IGP-M é um dos indicadores da inflação/deflação do Brasil, que utiliza a contagem do dia 21 até o dia 20 do próximo mês. É calculado pela FGV e é composto por outros três índices:
- o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
- o Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
- e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
Apesar de ser um dos indicadores da inflação/deflação do Brasil, é importante ressaltar que o IGP-M NÃO é a inflação oficial do País. Pois este papel quem cumpre é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Qual a aplicação do IGP-M?
O IGP-M é utilizado como indexador de contratos, principalmente nas áreas de:
- Imóveis: aluguéis comerciais e residenciais.
- Educação: mensalidades de escolas e universidades.
- Energia: impostos.
- Outros: algumas empresas de saúde também utilizam o IGP-M.
Confira mais clicando aqui – Boletim Focus reduz projeção do PIB brasileiro em 2019 para 0,80%
Inflação em agosto
Confira abaixo o desempenho dos índices que compõem o IGP-M
para o mês de agosto:
- IPA: queda de 1,14%
- IPC: alta de 0,23%
- INCC: alta de 0,34%
IPA
Dentro do IPA do IGP-M, há o índice do grupo Matérias-Primas Brutas, que variou de 2,34% em julho para -2,30% em agosto. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens:
- minério de ferro (11,34% para -7,47%);
- milho (em grão) (3,28% para -2,82%);
- e suínos (7,49% para -9,68%).
Em sentido oposto, destacam-se os itens:
- soja em grão (-1,36% para 1,80%);
- leite in natura (-6,91% para -0,43%);
- e aves (-2,24% para 3,23%).
IPC
Quatro das oito classes de despesa componentes do IPC do IGP-M registraram avanço em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (-0,60% para 0,03%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou -2,36% para -0,43%.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos:
- Habitação (0,55% para 0,87%);
- Vestuário (-0,28% para -0,01%);
- e Comunicação (0,03% para 0,25%).
As principais influências para a aceleração dos grupos partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (2,53% para 4,11%), acessórios do vestuário (-0,46% para 1,04%) e tarifa de telefone residencial (0,00% para 1,03%).
Em contrapartida, os seguintes grupos apresentaram decréscimo em suas taxas de variação:
- Educação, Leitura e Recreação (0,39% para -0,35%);
- Alimentação (0,22% para -0,04%);
- Despesas Diversas (0,25% para 0,04%);
- e Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,29%)
Nestas classes de despesa, os maiores recuos foram observados para os seguintes itens: passagem aérea (7,06% para -10,61%), hortaliças e legumes (1,60% para -6,77%), alimentos para animais domésticos (1,42% para -0,47%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,47% para 0,16%).
INCC
Os três grupos componentes do INCC do IGP-M registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto:
- Materiais e Equipamentos (0,04% para 0,22%);
- Serviços (0,20% para 0,29%)
- e Mão de Obra (1,63% para 0,44%).
Para conferir na íntegra a publicação da FGV referente ao IGP-M de agosto de de 2019, clique aqui.
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