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Há, atualmente, diversos tipos de golpes com cartão de crédito, por isso, explicamos quais os principais e como se prevenir.
De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 22% dos entrevistados sofreram algum tipo de fraude no período de 12 meses. Deste total, 8% alegou se tratar de um golpe com cartão de crédito ou débito, através da clonagem.
O cartão de crédito, vale lembrar, é um dos principais métodos de pagamento dos brasileiros, que em sua maioria possuem três ou mais cartões ativos. Diante disso, é cada vez mais comum que pessoas mal intencionadas apliquem golpes em consumidores, a fim de obter dinheiro de forma irregular ou roubar dados pessoais.
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Veja a seguir alguns dos principais tipos de golpes com cartão de crédito e entenda como funciona cada um deles.
Há situações em que fraudadores oferecem produtos ou serviços através das redes sociais ou por e-mail e, para vendê-los, direcionam o consumidor a um site falso. Na página, a vítima insere os dados do cartão de crédito e, além de ser cobrado por um item que não receberá, pode ter os dados roubados e, até mesmo, o cartão clonado.
No golpe do motoboy, a vítima recebe uma ligação em nome do banco em que possui cartão, e é informada de que foram registradas compras suspeitas no cartão de crédito. Em alguns casos, inclusive, o consumidor é orientado a entrar em contato com a central de atendimento, mas o fraudador consegue manter a linha presa, logo, ao ligar à instituição, é utilizada uma URA falsa, para gerar a sensação ao consumidor de que este está realmente em contato com o banco.
A partir daí, são solicitados dados pessoais, código de verificação e a senha, que devem ser digitados no telefone. Feito este procedimento, a vítima é avisada de que um motoboy fará a retirada do cartão em questão, que por sua vez, deve ser quebrado, com exceção do chip. Com o cartão e os dados pessoais fornecidos pelo titular, os golpistas conseguem realizar diversas compras.
Como o próprio nome sugere, neste tipo de golpe o cartão de crédito é trocado. Para isso, o vendedor ou atendente simula ter passado o cartão na maquininha e observa a senha digitada pelo cliente. Em seguida, o mesmo alega que a transação não foi efetuada e pede o cartão para passá-lo novamente.
É neste momento, então, que o golpista troca o cartão da vítima, devolvendo um outro com características similares. Depois, com o cartão e senha em mãos, é possível efetuar compras em estabelecimentos físicos.
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Há duas situações comuns neste tipo de golpe com cartão de crédito: a primeira é quando o fraudador alega que o visor da maquininha não está funcionando e, por isso, o valor não poderá ser visto pelo cliente, que deverá conferir diretamente no aplicativo da instituição. Uma segunda prática é a instalação de um programa que adultera o visor da maquininha, ou seja, o consumidor vê um valor, quando na verdade, a quantia paga é outra.
Em ambos os casos, o cliente paga um valor superior ao devido e ao que acredita estar pagando.
O consumidor realiza um pedido através de aplicativos de delivery, no qual também já efetua o pagamento. Então, ao receber a compra, o cliente é avisado pelo entregador de que precisa pagar um valor extra ou, até mesmo, que o item não está pago. Com isso, ao inserir o cartão de crédito na maquininha, a vítima pode ter o cartão clonado.
Além disso, também é comum que seja aplicado o golpe do visor, mencionado no tópico anterior.
Ao efetuar uma compra, a vítima digita a senha e confirma o pagamento, mas o golpista alega que a maquininha apresentou erro, portanto, a transação não foi concluída. Para que não haja indícios, é usada uma maquininha diferente na segunda tentativa, assim, a administradora do cartão não identifica a duplicidade e ambas as transações são aprovadas.
Com o intuito de incentivar o usuário a clicar em um link malicioso, o fraudador dispara um e-mail ou SMS com a mensagem de que o titular do cartão possui algum benefício para ser resgatado ou precisa confirmar dados cadastrais para continuar usando o cartão. Desse modo, ao clicar no link enviado, a vítima é direcionada a um site falso que pode roubar dados e permitir a clonagem do cartão de crédito.
Com as informações adquiridas, inclusive, é possível, também, realizar operações financeiras no nome do consumidor, como solicitar empréstimos, outros cartões e abrir contas bancárias.
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Se notar que caiu em algum golpe do cartão de crédito, o consumidor deve entrar em contato com a central de atendimento oficial da instituição financeira imediatamente e solicitar o bloqueio, ou realizar o procedimento diretamente pelo aplicativo. Depois, é necessário abrir um boletim de ocorrência e, com o documento em mãos, verificar a possibilidade de cancelar qualquer operação que tenha sido feita pelo fraudador.
De modo geral, sim, é possível cancelar a compra feita no cartão de crédito pelo golpista. Para isso, contudo, é comum que a instituição emissora solicite a apresentação do boletim de ocorrência e, em alguns casos, que o titular apresente provas de que foi vítima de um golpe, logo, não é o responsável pelas transações em questão.
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Para ajudar o consumidor a se proteger dos diversos tipos de golpes do cartão de crédito, separamos a seguir 5 dicas.
O cartão de crédito virtual é ideal para quem realiza compras online, pois é possível criar uma nova numeração a cada compra, evitando que fraudadores utilizem os dados inseridos no site para clonagem. O cartão virtual também pode ser usado em compras físicas, através de maquininhas, e diminuem os riscos de obtenção de informações pessoais ou troca de cartões.
Outro ponto é evitar o compartilhamento dos dados do cartão de crédito via WhatsApp ou outros aplicativos de conversas, como ocorre quando o titular empresta o item a um terceiro e, por isso, envia fotos ou mensagens de texto com as informações.
Ao realizar o pagamento de um produto ou serviço, não permita que outra pessoa manuseie o cartão, bem como não a deixe se distanciar com o item, é importante sempre mantê-lo em vista. Além disso, se possível, cole um adesivo ou o personalize, assim, é possível identificá-lo facilmente em situações consideradas de risco.
Se a maquininha aparenta ter algum problema, como visor trincado, com baixa visibilidade ou, até mesmo, desligado, solicite a troca por outro dispositivo e não digite a senha. Isso porque, são nestes momentos que podem ser aplicados golpes referentes à adulteração da maquininha e mudança de valor da compra.
Como é feito o pagamento do cartão de crédito Consignado?
Se encontrar promoções de produtos ou serviços, não realize a compra antes de conferir a reputação da empresa. Portanto, verifique se o CNPJ existe e está ativo, quais são as reclamações registradas por outros clientes e qual é a taxa de resolução da empresa. Para isso, é possível utilizar o ReclameAqui e também visitar o perfil nas redes sociais.
Se tratar de uma empresa já conhecida, verifique se o link do site está escrito corretamente, porque existem pessoas que criam falsos sites, com grafia e nomes similares a marcas conhecidas, para vender produtos ou serviços que não existem.
Quando o aplicativo da instituição financeira é instalado no celular, o usuário tem a opção de personalizar as notificações que receberá. Portanto, ative as que alertam para novas transações realizadas com o cartão de crédito, desse modo, é possível saber imediatamente se algum pagamento foi feito com o cartão, diminuindo o prejuízo e riscos de compras duplicadas.
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