6 dicas para quem deseja sair do aluguel
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Separamos seis dicas para ajudar quem deseja sair do aluguel e adquirir o imóvel próprio.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a população brasileira está cada vez mais morando de aluguel. O levantamento mostrou que em 2016, o percentual de domicílios alugados no país era de 18,5%, mas em 2022 alcançou 21,1%, totalizando quase 16 milhões de residências.
Apesar disso, um outro estudo realizado em 2022, desta vez pelo Censo Quinto Andar de Moradia e o Datafolha, mostrou que o interesse pela aquisição de imóvel próprio por jovens entre 21 e 24 anos tem aumentado, e alcançou 91% naquele período.
Nos últimos três anos, no entanto, a aquisição de imóveis através de financiamentos tem demonstrado queda, devido ao aumento do percentual da taxa de juros. Por isso, separamos 6 dicas para quem deseja começar a se preparar.
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Quais as vantagens de sair do aluguel?
A aquisição de um imóvel próprio pode parecer complexa para parte dos consumidores, já que quem não possui recurso suficiente para comprá-lo à vista, deverá arcar com uma dívida de médio ou longo prazo, através de uma das modalidades de crédito disponíveis no mercado. Entretanto, é válido considerar que existem vantagens para quem opta por este caminho:
- construção de patrimônio financeiro, já que o imóvel pode ser vendido ou locado posteriormente;
- autonomia para mudanças estruturais no bem;
- segurança financeira e estabilidade familiar, principalmente a quem possui filhos.
6 dicas para quem deseja sair do aluguel
Conforme mencionado inicialmente, separamos 6 dicas para quem deseja sair do aluguel e adquirir a casa ou apartamento próprio, dá uma olhada.
1. Identifique renda e gastos
O primeiro passo é identificar os rendimentos mensais da família, se tratar de mais de uma pessoa, ou do próprio interessado, se o intuito é morar sozinho ou somente ele possuir renda. Nesse momento, considere o rendimento líquido, isso é, quanto efetivamente entra na conta após os descontos, como Imposto de Renda, INSS, pensão alimentícia e afins.
Sendo assim, a recomendação é criar uma planilha ou algum outro formato de documento e, nele, anotar todos os gastos fixos, como contas de consumo, aluguel, internet, mercado, mensalidades e afins. Em seguida, é preciso incluir os gastos variáveis, que são as despesas consideradas supérfluas, como streaming, festas, deliverys e outros. Após somados, subtraia do rendimento líquido mensal.
Com essas informações, é possível constatar a quantia livre mensal, que por sua vez, poderá ser utilizada para pagar prestações ou ser investida, para que posteriormente o bem seja comprado à vista.
2. Pesquise imóveis
Inicie a pesquisa dos imóveis disponíveis na região que deseja morar e inclua filtros, como:
- tamanho do imóvel;
- preço máximo disposto a pagar;
- se prefere casa ou apartamento;
- se tem preferência por imóvel novo ou já utilizado.
Nessa etapa, também é válido considerar se há fácil acesso aos locais que frequenta, como trabalho, escolas, estabelecimentos de saúde e lazer. Além disso, possuir transporte público, mercados e outros comércios próximos à residência contribuem positivamente no dia a dia, além de influenciar na valorização do imóvel a médio prazo. Com isso, se posteriormente surgir a oportunidade de alugá-lo, a procura e a possibilidade de fechar negócio aumentam.
Ainda durante a pesquisa, se preferir adquirir um apartamento, avalie o valor do condomínio, fundo de reserva e quais as estruturas de lazer e esporte que o local oferece. Por outro lado, se a preferência for casa, verifique o valor do IPTU e se há regras que permitam isenção.
A pesquisa por imóveis é de suma importância para a etapa seguinte: o planejamento financeiro, pois a partir daí, é possível ter a média dos gastos aproximados com a aquisição do bem.
3. Faça um planejamento financeiro
A terceira dica é essencial para qualquer pessoa que pretende realizar algum tipo de investimento elevado, como no caso da aquisição de imóvel ou automóvel, seja o pagamento à vista ou a prazo. Portanto, fazer o planejamento financeiro envolve, além de compreender quais são os rendimentos mensais, os gastos fixos e variáveis e a média de valores dos imóveis, identificar quais despesas podem ser reduzidas ou, até mesmo, extintas.
Isso porque, quanto mais o consumidor conseguir economizar, desde que de forma saudável, mais recursos terá à disposição para investir no imóvel. Para isso, identifique quais valores gastos com produtos e serviços podem ser substituídos por opções econômicas ou cortados, ainda que temporariamente.
A principal vantagem de aumentar os recursos financeiros disponíveis para a aquisição, é a possibilidade de oferecer maior valor de entrada, se optar pelo financiamento, diminuindo a taxa de juros e o tempo de dívida. Além disso, é importante ter em mente que a compra do imóvel envolve outros custos, como escritura, registro e Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
O consumidor que optar por comprar uma casa já pronta e que teve moradores anteriores pode, ainda, lidar com gastos referentes à manutenção, reformas e outros reparos. Logo, possuir um planejamento financeiro permite que haja dinheiro para arcar com custos extras ou inesperados.
Uma possibilidade de se organizar financeiramente é através da definição de metas mensais, em que o interessado se compromete a guardar determinada quantia todos os meses. O dinheiro, inclusive, pode ser investido em produtos financeiros de renda fixa, já que são opções de maior estabilidade, mas que ainda assim geram retorno.
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4. Analise as modalidades de crédito disponíveis
Após tomar conhecimento dos valores médios dos imóveis e realizar o planejamento financeiro, é preciso analisar as modalidades de crédito disponíveis, caso não seja possível pagar à vista. Dessa forma, há, atualmente, duas principais modalidades de crédito para sair do aluguel: o financiamento e o consórcio.
Financiamento
O financiamento imobiliário se trata da concessão de crédito para a aquisição de um imóvel, que pode ser desde casa, apartamento ou terreno. Comumente as instituições financeiras exigem o pagamento de uma determinada quantia de entrada, que pode variar entre 10% e 30% do valor total do imóvel, e o restante é parcelado. Então, ao adquirir o bem, a instituição efetua o pagamento à vista à construtora ou antigo proprietário do imóvel, enquanto o consumidor paga de forma parcelada à instituição.
Há, de modo geral, dois tipos de financiamentos, o primeiro é o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), um programa do governo federal que permite financiar imóveis de até R$1,5 milhão e conta com prazo de pagamento entre 120 e 420 meses. O Minha Casa Minha Vida, aliás, faz parte do SFH e pode ser usado por diversos perfis de consumidores.
A outra opção de financiamento é o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que é oferecido por instituições financeiras e bancos privados, além disso, é voltado para quem pretende financiar um imóvel com valor acima de R$1,5 milhão. O prazo de pagamento também pode chegar a 420 meses, mas a taxa de juros tende a ser mais alta, quando comparada ao SFH.
Consórcio
Para quem não tem recursos suficientes para pagar pela entrada no financiamento e não tem pressa em obter o imóvel, o consórcio pode ser uma alternativa viável. A modalidade funciona como um autofinanciamento coletivo, ou seja, a administradora responsável pela organização reúne consumidores interessados em adquirir um bem. Então, todos os participantes realizam pagamentos mensais, que constituirão o fundo comum. Esse dinheiro é utilizado para a concessão da carta de crédito, que permite ao consorciado realizar a compra do imóvel e sair do aluguel.
Este processo de concessão da carta de crédito se chama contemplação, e acontece mensalmente, através das assembleias, que também são geridas pelas administradoras. A principal vantagem do consórcio é que não há a incidência de taxas de juros, portanto, o custo total do final da operação é mais baixo, se comparado ao financiamento.
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5. Verifique a confiabilidade da empresa ou proprietário
Antes de fechar o contrato com qualquer administradora, construtora, instituição financeira ou, até mesmo, diretamente com o atual proprietário do imóvel desejado, é necessário pesquisar sobre a confiabilidade da pessoa física ou jurídica em questão. O intuito é garantir de que se trata de uma operação segura, para isso:
- pesquise pelo CPF da pessoa e se há algum processo em trâmite ou já finalizado. Se tratar de empresa, verifique se o CNPJ informado está ativo e se há registro válido para funcionamento;
- visite os perfis em redes sociais e no ReclameAqui da empresa, a fim de entender se há reclamações sobre o serviço prestado e qual é o nível de resolução dos casos.
6. Considere adquirir um imóvel na planta
Por fim, considere adquirir um apartamento ou casa ainda na planta, pois ainda que o processo de construção e liberação das chaves demore um pouco mais, a aquisição neste contexto tende a oferecer melhores condições de pagamento e flexibilidade na negociação junto à construtora. Com isso, o valor do bem e o custo total da operação também costumam ser menores.
Outro fator vantajoso é que, ao se mudar para um imóvel novo, há alto potencial de valorização e os custos com reparos e reformas serão a médio prazo, já que o bem não terá tido nenhum outro morador anteriormente e possuirá estruturas recentes.
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Vale a pena adquirir imóvel em leilão?
Sim, adquirir um imóvel através de leilão pode ser vantajoso para quem deseja sair do aluguel, principalmente, no quesito financeiro, já que os preços praticados costumam ser abaixo da média de mercado. Além disso, o consumidor pode financiar o bem, da mesma forma que faria com um imóvel novo.
Entretanto, esse tipo de aquisição, assim como em qualquer outra modalidade, exige atenção. Sendo assim, é necessário realizar uma análise detalhada do edital, documento divulgado pela instituição responsável pelo leilão, que contém todas as características do imóvel, bem como eventuais pendências e outras burocracias que deverão ser resolvidas pelo novo proprietário.
Além disso, recomenda-se uma visita ao imóvel antes do leilão, para averiguar as reais condições do bem e, também, se há alguém morando nele. Se houver, é importante levar em consideração que a desapropriação deste levará um período, já que se trata de uma ação judicial.
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