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Entenda como funciona o método 50-30-20 de organização de orçamento

Entenda como funciona o método 50-30-20 de organização de orçamento

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O método 50-30-20 visa organizar a renda líquida do consumidor em categorias que abrangem despesas essenciais, supérfluas e a criação de uma reserva de emergência.

De acordo com um levantamento da Serasa, em janeiro de 2023 havia um pouco mais de 70 milhões de pessoas inadimplentes no Brasil. Ainda conforme a pesquisa, o número representa aumento de 600 mil pessoas, quando comparado ao mês anterior.

Já um outro levantamento, dessa vez feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), mostrou que 48% dos consumidores entrevistados não controlam o seu orçamento.

Pensando nisso, explicamos a seguir o método 50-30-20, que se corretamente adotado, pode contribuir positivamente no controle das finanças pessoais.

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O que é o método 50-30-20?

Criado pela senadora norte-americana Elizabeth Warren e por sua filha Amelia Warren Tyagi, o método 50-30-20 é uma forma de dividir a renda líquida mensal em três frações: 50%, 30% e 20%, como o próprio nome indica, levando em consideração as despesas fixas, variáveis e a criação de uma reserva de emergência.

O intuito é contribuir para melhor organização dos gastos e estimular o hábito de poupar dinheiro.

Como funciona o método 50-30-20?

Como mencionado, o método 50-30-20 consiste na divisão do rendimento líquido, isso é, do valor final recebido por uma pessoa, após contribuições, incidências de impostos e outros descontos que são aplicados nos benefícios ou salários. Então, o fracionamento é feito da seguinte forma.

50% para despesas fixas

São consideradas despesas fixas todas as contas consideradas essenciais para o dia a dia, como:

  • alimentação;
  • saúde, por exemplo, farmácia, plano de saúde e dentista;
  • contas de consumo, como água, luz, internet e gás;
  • aluguel e/ou condomínio;
  • transporte;
  • parcelas de empréstimos ou financiamento.

Portanto, as despesas fixas são as necessidades intrínsecas e que farão parte do orçamento por serem essenciais. Entretanto, de acordo com o método 50-30-20, esse tipo de despesa não deve comprometer mais do que a metade do rendimento mensal.

Dessa forma, a recomendação é fazer uma lista e somar todos os gastos considerados fixos, se a somatória ultrapassar os 50% da renda, a recomendação é avaliar a possibilidade de diminuição ou corte.

30% para despesas variáveis

A segunda fração se trata dos 30% destinados às despesas variáveis, que são os gastos considerados supérfluos. Vale destacar que o intuito não é o corte radical de produtos e ações que geram prazer ao consumidor, mas uma análise sobre os exageros.

Dessa forma, os itens que não entraram na lista de despesas essenciais, podem ser classificados como variáveis, por exemplo:

  • assinaturas de streaming;
  • festivais;
  • refeições fora de casa ou pedidos de delivery;
  • serviços de salão de beleza;
  • viagens;
  • compras online e afins.

Desse modo, se as despesas com esses tipos de serviços ou produtos ultrapassarem 30% da renda líquida mensal, também é o momento de reajustar os custos. Para facilitar, pode ser uma boa opção criar uma lista de prioridades, logo, cada mês o consumidor pode definir em qual item ou serviço destinará parte do dinheiro naquele momento, evitando extrapolar o limite e, consequentemente, diminuindo os riscos de inadimplência futura.

20% para reserva de emergência e projetos

Por fim, a terceira fração se refere aos 20% que devem ser destinados à reserva de emergência e realização de projetos futuros. Com isso, se em algum momento for necessário ter em mãos uma determinada quantia, não é preciso pedir dinheiro emprestado ou usar o cheque especial.

A quantia destinada à reserva de emergência pode ser utilizada, ainda, em diversas situações, como:

  • aquisição de bens;
  • estudos;
  • complemento para aposentadoria;
  • investimento em um negócio;
  • quitação de uma dívida,como financiamento, se a operação for vantajosa.

Inclusive, se ao iniciar o método 50-30-20 o consumidor possuir alguma dívida vigente, é recomendável que utilize os 20% para quitá-la. Após o pagamento completo, é o momento de investir a quantia em renda fixa ou guardá-la em uma conta poupança.

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Como criar a reserva de emergência?

A quantia destinada à reserva de emergência pode ser guardada em conta poupança ou corrente comum, desde que não haja movimentações, a fim de evitar o saque ou pagamento de serviços e produtos com o dinheiro. Além disso, a poupança, atualmente, é considerada uma modalidade pouco vantajosa, já que a taxa de rentabilidade é baixa, quando comparada às demais modalidades.

Sendo assim, há outras opções que agregam melhor retorno, como é o caso do investimento em renda fixa, por exemplo, o Tesouro Direto e o CDB. Esses são produtos financeiros com baixo risco, portanto, trazem mais segurança a quem investe, isso é, menos risco de perda.

Quem optar pelo investimento em renda fixa deve somente se atentar ao chamado “período de carência”, que se trata de um prazo mínimo no qual o dinheiro precisa ser deixado rendendo. Com isso, se o titular precisar sacá-lo antes da data estipulada, terá que arcar com um percentual que será cobrado sobre o valor total, e costuma variar de instituição para instituição.

Como usar o método 50-30-20 no dia a dia?

Para colocar em prática o método 50-30-20 é preciso organização e foco, além disso, separamos algumas dicas que podem ajudar, principalmente no período inicial.

Considere o rendimento total líquido

A primeira coisa a ser feita é compreender qual é o rendimento total líquido, então, em seguida, é o momento de separar os percentuais para cada tipo de despesa. Quem possui renda variável, como acontece aos autônomos, o ideal é fazer uma média do valor recebido nos últimos 12 meses e, assim, considerar essa quantia como provável rendimento líquido mensal.

Defina quais despesas são essenciais

Definir quais despesas são consideradas essenciais é de suma importância, e essa é uma tarefa individual. Isso porque, uma pessoa que trabalha em modelo home office, por exemplo, terá a internet como uma despesa essencial, já que é a partir dela que se tem a renda. Por outro lado, quem trabalha de forma presencial, deve considerar os custos com transporte, caso a empresa não arque com o valor.

Por isso, se houver dúvida no momento de definir quais despesas são consideradas essenciais ou supérfluas, é válido questionar se o corte pode impactar negativamente em outros fatores da vida, como moradia, trabalho, saúde e alimentação.

Faça listas

A criação de uma ou mais listas pode contribuir para que se tenha uma visão ampla sobre as despesas e desejos. Um tipo de lista que pode ser útil é a que traz itens e serviços desejados, mas que são considerados supérfluos, apresentados em ordem de prioridade. Assim, torna-se menos complexo destinar uma parte dos 30% sem comprometer o limite.

Adapte à realidade

É comum que, logo no início, não seja possível seguir à risca os percentuais exatos. Sendo assim, a dica é adaptar as frações à própria realidade e, à medida em que as despesas se organizarem junto à vida financeira, adequá-las ao método 50-30-20. Com isso, a proposta se torna realista e cabível de ser aplicada.

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