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Quem deseja comprar apartamento sem entrada, pode optar pelo consórcio de imóveis, que é isento de juros e possui pagamento estendido.
De acordo com o Índice FinanZero de Empréstimo, no último trimestre de 2023, pouco mais de 32% dos entrevistados tinham como objetivo trocar ou comprar uma casa/apartamento. Entretanto, ainda conforme o levantamento, 79,2% alegavam que a falta de recursos financeiros era o principal impeditivo para a realização deste desejo.
É importante destacar, aliás, que a falta de recursos aumenta a busca pela possibilidade de comprar apartamento ou casa sem entrada, já que neste contexto o consumidor deverá arcar apenas com as prestações, sem precisar desembolsar uma quantia inicial para iniciar a operação.
Lei do Consórcio: tudo que você precisa saber
Sim, quem busca comprar apartamento sem entrada, pode contar com o consórcio. Na prática, a modalidade funciona como um autofinanciamento coletivo, pois a administradora responsável reúne diversos consumidores com interesse no mesmo segmento, que por sua vez, formam um grupo de consórcio. Então, os participantes efetuam pagamentos mensais, e o dinheiro é destinado a um fundo comum, que posteriormente é utilizado para conceder as cartas de crédito.
Sendo assim, o consórcio não se trata de um empréstimo, porque são os próprios consorciados que custeiam a concessão do crédito para os participantes do grupo. Contudo, é também por esse motivo que o consumidor não tem acesso imediato ao bem, apenas após ser contemplado.
A seguir, explicamos como comprar apartamento sem entrada através do consórcio de imóveis.
Pesquisar sobre a reputação das administradoras que oferecem o consórcio de imóveis é essencial, para isso, o interessado pode utilizar o site do Procon, para verificar se há processos registrados contra a empresa, e também o ReclameAqui, que é uma plataforma para registro de reclamações de clientes, assim, é possível identificar quais os principais problemas relacionados a prestação de serviços da administradora, bem como os meios empregados pela mesma para resolver cada caso.
Encontradas as administradoras com boa reputação e autorização do Banco Central do Brasil para atuar, é o momento de entrar em contato e solicitar uma simulação. Essa ação nada mais é do que informar à empresa o bem e o valor desejados, junto à capacidade de pagamento, por exemplo, qual é o valor máximo que pode ser pago mensalmente. Com essas informações, a administradora efetua os cálculos e apresenta uma ou mais ofertas de consórcio ao solicitante.
Aqui na FinanZero, inclusive, é possível consultar diversas empresas com apenas um cadastro, já que contamos com dezenas de parceiras. É só preencher o formulário com os dados mencionados e aguardar, que em minutos são disponibilizadas até 10 ofertas pré-aprovadas, é só escolher a que melhor se adequa ao orçamento e necessidades.
Escolhida a administradora e oferta que melhor atende às demandas, o consumidor dará início ao processo de adesão. Para isso, é necessário adquirir a chamada “cota” de consórcio, que funciona como uma fatia do grupo, e que permite ao interessado fazer parte das assembleias. Portanto, após a formalização do contrato, inicia-se o pagamento das mensalidades, que ocorre via boleto bancário físico e/ou digital.
A quantia, conforme já explicado, é direcionada ao fundo comum, contribuindo juntamente com os demais pagamentos dos participantes do grupo, e que posteriormente constitui a carta de crédito contemplada.
A contemplação é o nome dado ao momento em que um ou mais consorciados recebem a carta de crédito e podem, então, adquirir o apartamento ou outro bem desejado. Para ser contemplado, existem duas possibilidades: aguardar ser sorteado, isso é, participar de todos os sorteios realizados nas assembleias, ou ofertar um lance. Neste caso, após a realização dos sorteios, se ainda houver recursos suficientes no fundo comum, a administradora permite que os participantes ofertem lances.
Nessa modalidade de contemplação, o consorciado que tiver o lance aceito deverá pagar de uma só vez pelo valor oferecido e, com isso, estará adiantando parte do saldo devedor, pois a quantia é abatida da dívida. Há o lance fixo e lance embutido, e cada administradora estabelece quais são as regras para a prática.
É válido destacar que somente os consorciados com pagamentos em dia podem participar dos sorteios e ofertar lances.
Como funciona um lance de consórcio?
Quando o consorciado é contemplado, seja por sorteio ou lance, mas ainda possui parcelas a serem pagas, é comum que a administradora exija o oferecimento de alguma garantia, que tende a ser o próprio bem adquirido com a carta de crédito. Essa prática é chamada de alienação fiduciária, e existe para evitar a inadimplência, pois se o consumidor deixar de pagar, a empresa pode obter a posse direta do bem e leiloá-lo.
Ainda que o consumidor tenha apresentado diversos documentos pessoais no momento de formalizar o contrato, após a contemplação as administradoras os solicitam novamente, pois devem ser atualizados. Então, o contemplado deverá ter em mãos:
A partir daí, é feita a análise de crédito, que visa identificar se o contemplado possui restrição, isso é, se está com o nome sujo. Se for constatado que sim, a carta de crédito é bloqueada e destinada a um fundo de investimento, onde ficará rendendo até que o CPF do consorciado seja regularizado. Se não houver pendências, por outro lado, a carta é liberada.
Por fim, após a liberação da carta de crédito, o consumidor poderá apresentá-la à empresa ou pessoa física que efetuará a venda do apartamento. É importante ter em mente que a administradora não libera o dinheiro, mas o documento que corresponde à quantia obtida. Então, após concluir o processo de compra e venda e haver a emissão da nota fiscal, a administradora realiza o pagamento ao vendedor.
Como utilizar o consórcio para comprar uma frota de carros?
Além de não exigir o pagamento de entrada, que tende a facilitar o acesso à aquisição de imóveis por quem não possui recursos financeiros para arcar com este custo inicial, o consórcio também possui outras vantagens, como mostramos abaixo.
O consorciado que trabalha com vínculo empregatício em contratação CLT, pode usar o saldo disponível na conta FGTS para pagar o lance ofertado, complementar a carta de crédito, caso o valor não seja suficiente e liquidar ou amortizar o saldo devedor.
Por não se tratar de um empréstimo, o consórcio de imóveis não tem juros, contudo, conta com a taxa de administração, que é a remuneração da administradora pelo serviço prestado. Entretanto, ainda assim, o valor final a ser pago tende a ser menor, quando comparado ao financiamento imobiliário, por exemplo, logo, é vantajoso porque gera menos custos ao consumidor.
É comum que o consorciado consiga a carta de crédito de valor integral ao bem desejado, isso significa que o valor obtido é alto, logo, o prazo de pagamento é calculado de forma que caiba no orçamento do mesmo. Sendo assim, quanto maior o valor solicitado, maior costuma ser a possibilidade de parcelamento.
A carta de crédito é reajustada periodicamente, conforme o Índice de Reajuste do segmento, que no caso do consórcio de imóveis é o Índice Nacional da Construção Civil. Dessa forma, o índice mensura o valor dos itens considerados básicos para a estrutura, instalação, acabamentos e mão de obra de construções habitacionais. Conforme há alterações na média de valores, a carta de crédito é reajustada, a fim de manter o valor de compra do consorciado, logo, ao ser contemplado, poderá comprar o imóvel desejado.
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