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Como funciona o consórcio de bens duráveis?

Como funciona o consórcio de bens duráveis?

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O consórcio de bens duráveis permite a utilização da carta de crédito para a compra de diversos tipos de bens, como veículos, imóveis, eletrodomésticos e maquinários.

De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC), o volume de créditos concedidos via consórcio aumentou quase 30% entre janeiro e setembro de 2023, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, chegando a R$65 bilhões. Entre os segmentos, os que possuem mais participantes ativos, são: consórcio de veículos, consórcio de motocicletas e o consórcio de imóveis, que em setembro contavam com 4,41 milhões, 2,72 milhões e 1,61 milhão de consorciados, respectivamente.

Esses segmentos de consórcio, inclusive, fazem parte do chamado consórcio de bens duráveis, que explicamos como funciona a seguir.

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O que é e como funciona o consórcio de bens duráveis?

O consórcio de bens duráveis funciona como um autofinanciamento coletivo, portanto, consumidores interessados em adquirir um bem que se enquadre neste aspecto se reúnem e efetuam depósitos mensais a um fundo comum. Com os recursos acumulados, são realizadas as contemplações da carta de crédito, ou seja, o dinheiro pago por cada participante é utilizado para que os mesmos adquiram o bem desejado.

Todo este processo, contudo, é gerido por uma administradora de consórcios, que deve estar regulamentada e com aval para prestar esse tipo de serviço. A empresa em questão, então, organiza as assembleias mensais, que é o momento em que é feito o sorteio para contemplação da carta de crédito de um ou mais consorciados. Se houver recursos suficientes no fundo comum, também é aberto espaço para a oferta de lances, que se for aceita, permite ao consorciado antecipar o acesso à carta de crédito.

O que é possível adquirir no consórcio de bens duráveis?

Como o próprio nome sugere, o consórcio de bens duráveis permite a aquisição de itens considerados de média a longa duração, isso é, que têm uma vida útil prolongada, seja dos mais variados segmentos e tipos, como:

  • automóveis leves e motocicletas;
  • casas e apartamentos;
  • bicicletas elétricas;
  • acessórios para games;
  • eletrodomésticos;
  • equipamentos industriais;
  • veículos pesados, como tratores, ônibus e caminhões;
  • móveis planejados;
  • placas solares e afins.

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Qual é o valor da carta de crédito no consórcio de bens duráveis?

Depende, o valor da carta de crédito muda conforme o custo do bem adquirido. Sendo assim, a carta pode começar em R$10 mil e chegar a R$300 mil, por exemplo. Isso porque, um eletrodoméstico terá um preço diferente e, possivelmente, menor, se comparado a um maquinário industrial ou trator. Ao demonstrar interesse em adquirir uma cota e informar o valor da carta de crédito desejada, a administradora fará o remanejamento do consumidor para um grupo com outros consorciados que tenham um perfil de consumo similar.

Quando o item pode ser adquirido no consórcio de bens duráveis?

Bem como acontece em qualquer segmento de consórcio, o item poderá ser adquirido somente após o participante ser contemplado através da assembleia ordinária. Essas assembleias, conforme já explicado, acontecem, de modo geral, mensalmente. Nela, um participante costuma ser sorteado. Se ainda houver recursos suficientes, também é possível contemplar um segundo consorciado mediante a oferta de lance.

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Como antecipar a contemplação?

Para quem não deseja esperar ser sorteado, há a possibilidade de ofertar um lance, que nada mais é do que o pagamento antecipado de uma determinada quantidade de prestações. Os participantes podem fazer lances fixos ou livres, a depender da regra estabelecida em contrato junto à administradora.

Lance fixo

No lance fixo, a administradora define uma quantidade máxima específica de prestações que os participantes podem ofertar. Portanto, se o número estipulado for 20, qualquer participante que oferecer um lance de 20 prestações, concorrerá à contemplação. Se mais de um consorciado oferecer o lance máximo, que neste caso são as 20 parcelas, o contemplado será escolhido mediante sorteio entre os empatados.

Lance livre

Já no lance, como o termo indica, os consorciados podem oferecer qualquer valor e/ou quantidade de prestações, pois não há uma quantidade fixa estabelecida pela administradora. Logo, o participante que oferecer a quantia mais alta, será contemplado. Se houver empate, será realizado o sorteio entre os participantes que ofereceram o maior valor.

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Como comprar usando a carta de crédito contemplada?

Em qualquer tipo de consórcio, a carta de crédito se trata apenas de um documento que concede ao participante o direito à compra do bem desejado. Desse modo, com o documento em mãos, é possível procurar pelo produto desejado e, inclusive, negociar o valor, pois a empresa que o venderá receberá a quantia à vista. É importante destacar que o consumidor não recebe o dinheiro em mãos, na prática, o mesmo realiza a busca, negociação e escolha do produto junto à empresa, mas quem efetua o pagamento é a administradora, pois esta possui os recursos e é responsável pela transação.

Qual é o perfil ideal para o consórcio de bens duráveis?

Não é possível afirmar que exista um perfil ideal para o consórcio de bens duráveis, pois a modalidade conta com diversas características, que devem ser consideradas pelos interessados. Sendo assim, o primeiro e mais importante fator é que não há uma data específica para recebimento da carta de crédito, caso o consumidor dependa dos sorteios. A única certeza é de que a contemplação acontecerá até o final do consórcio.

Consequentemente, essa é uma modalidade indicada para quem não tem urgência em obter o bem, visto que o contrato de consórcio pode demorar meses ou, até mesmo, anos, a depender do valor da carta de crédito e a quantidade de parcelas.

Por outro lado, o consórcio de bens duráveis é uma alternativa para quem não pode arcar com o pagamento da entrada exigido nos financiamentos. Além disso, a modalidade é isenta de juros, o que tende a diminuir o valor final da dívida.

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Qual é a diferença entre o consórcio de bens duráveis e os demais segmentos?

A principal diferença entre o consórcio de bens duráveis e os demais segmentos de consórcio é o tipo de produto que pode ser adquirido com a carta de crédito. Ou seja, enquanto no primeiro, o de bens duráveis, há uma ampla gama de bens que podem ser comprados pelo consorciado, que vão desde veículos, imóveis, eletrodomésticos e equipamentos agrícolas, na segunda opção, há a segmentação. 

Portanto, quem optar pelo consórcio de imóvel, deverá comprar uma casa, apartamento, terreno ou algum outro tipo de imóvel com a carta de crédito. O mesmo ocorre com o consumidor que adquirir uma cota do consórcio de veículos leves, a quantia somente poderá ser usada para a compra de um automóvel. 

No mais, não há diferenças relevantes, pois todo o procedimento de aquisição de cota, contemplação e compra ocorrem da mesma maneira. 

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Quais os documentos necessários para fazer um consórcio de bens duráveis?

O consórcio não é considerado uma modalidade complexa, não à toa, a documentação exigida costuma ser simples, composta por:

  • documento de identificação com foto, como RG e CNH;
  • CPF;
  • comprovante de residência;
  • comprovante de renda;
  • orçamento realizado pela empresa que venderá o bem.

Dicas para escolher a administradora certa para o seu consórcio de bens duráveis

Atualmente há diversas administradoras que oferecem o consórcio de bens duráveis, entretanto, é essencial pesquisar sobre a reputação, políticas de crédito, taxas e outros detalhes acerca da empresa. A seguir, listamos alguns fatores que podem contribuir.

Autorização para prestar serviços: todas as administradoras devem ser autorizadas pelo Banco Central do Brasil para operar consórcios no país. Dessa forma, verifique, através do CNPJ da empresa, se a mesma possui a autorização necessária e se está regulamentada.

Reputação: além de estar autorizada a prestar serviços, também é importante avaliar a reputação da administradora. Portanto, visite o perfil da empresa no ReclameAqui, pois a plataforma apresenta todas as reclamações registradas por clientes, além de mostrar a taxa de resposta e resolução do caso. Analisar os comentários de clientes nas redes sociais e Google também podem oferecer boas compreensões sobre o serviço prestado.

Taxas e custos: apesar de não ter juros, as parcelas do consórcio contam com a taxa de administração, que funciona como a remuneração das administradoras. Essa quantia varia entre 10% e 25% do valor total da carta de crédito. Dessa maneira, cabe comparar as taxas e possíveis custos cobrados entre diferentes administradoras, a fim de identificar qual é a melhor opção no quesito custo-benefício.

Histórico de contemplação: a frequência com que a administradora realiza contemplações demonstra a confiabilidade da mesma. Desse modo, busque saber se são feitas contemplações regularmente e como são organizadas as assembleias.

Transparência: a administradora deve ser transparente em relação às políticas de crédito, taxas, encargos, termos e penalidades praticados. Essas informações, aliás, devem estar detalhadas em contrato, caso contrário, se houver omissão, a empresa pode agir de má-fé posteriormente.

Flexibilidade: por fim, a última dica para escolher uma administradora é considerar a flexibilidade contratual. Portanto, verifique se há opções flexíveis de pagamento ou a possibilidade de mudanças no plano de consórcio, por exemplo. Isso pode ser útil se a situação financeira mudar ao longo da vigência do contrato, alterando também a capacidade orçamentária e outros detalhes.

Tem mais alguma dúvida sobre o assunto? Deixa nos comentários. E para ficar por dentro desse e outros temas, não deixe de acompanhar a FinanZero por aqui e nas redes sociais: @finanzero no Instagram, /FinanZero no Facebook e @finanzero no Twitter.

Perguntas frequentes sobre a FinanZero

Meu pedido de empréstimo não foi aprovado. O que houve?

Normalmente, os pedidos de empréstimo pessoal são reprovados um dos três motivos que serão explicados a seguir:

1) Análise de crédito: a análise é feita pelas instituições financeiras para determinarem as taxas de juros, valor que será emprestado, o tempo para quitar o empréstimo e entre outras questões que são relevantes para a aprovação do crédito desejado. Do ponto de vista dessas instituições, o cálculo das taxas de juros varia de acordo com o risco x retorno dos clientes a quem atenderão.

Para mensurar esse risco x retorno dos perfis, alguns dados são mensurados como:

  • Idade;
  • Gênero;
  • Nível de instrução;
  • Profissão;
  • Quantidade de dependentes;
  • Renda;
  • Histórico de residência;
  • Bens imóveis;
  • Quantidade de veículos, quitados ou não;
  • Cartões de crédito;
  • Histórico de pagamento;

Por meio da análise desses dados as instituições calculam o risco de inadimplência dos clientes, e com base nesse risco as condições do empréstimo são definidas. Cada instituição possui um método de avaliação das questões mencionadas.

2) Score: o score é uma pontuação de crédito que pode variar de 0 a 1000 e é calculado pelas empresas de proteção ao crédito. Ao analisar o score do cliente, a instituição financeira deseja saber qual o risco de inadimplência apresentado, ou seja, quais são as chances do cliente não conseguir pagar a dívida gerada.
Todo o histórico de pagamento é analisado pela instituição financeira e a pontuação se dá da seguinte forma:

  1. Até 300 pontos, alto risco de inadimplência;
  2. De 300 a 700 pontos, médio risco de inadimplência;
  3. Acima de 700 pontos, baixo risco de inadimplência;

3) Outras linhas de crédito: ter um financiamento no nome ou outra linha de crédito já contratada, de modo que mais um empréstimo comprometa mais de 30% da sua renda pode ser um fator que leva à reprovação.

Para mais informações, confira o post do blog “Por que meu empréstimo não foi aprovado?“.

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