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O consórcio de carros usados pode ser vantajoso para quem tem o hábito de trocar o carro com frequência ou não deseja realizar uma dívida longa.
De acordo com uma pesquisa feita no primeiro semestre de 2022 pelo Auto Papo Uol e a Opinion Box, 4 em cada 10 entrevistados pretendiam adquirir um veículo em 2023. Dentre os interessados, se destacam pessoas com mais de 50 anos de idade, que representavam 38% do total.
No momento de aquisição, contudo, quem não possui a quantia suficiente para pagar à vista, pode optar pelo financiamento, que comumente exige um percentual de entrada e financia o restante, ou pelo consórcio, que funciona a partir da carta de crédito.
Financiamento ou consórcio: qual escolher na hora de comprar seu veículo?
O consórcio de carros usados funciona da mesma maneira que a modalidade voltada para a aquisição de carros novos. Sendo assim, a administradora reúne um grupo de pessoas que, mensalmente, realizam o pagamento das parcelas e mantêm uma “poupança conjunta”. Então, todos os meses são feitos sorteios e uma pessoa do grupo é contemplada com a carta de crédito, que nada mais é do que o dinheiro total necessário para aquisição do bem desejado.
Cada pessoa paga um valor específico, que varia de acordo com a quantia solicitada e o número de parcelas. Além disso, mesmo após ser contemplado, o consumidor deve continuar pagando as parcelas à administradora, até que a dívida seja integralmente quitada.
A principal diferença entre o consórcio e o financiamento é que no primeiro o consumidor não sabe quando será contemplado com a carta de crédito através do sorteio, logo, não é possível estipular a data de compra. No financiamento, contudo, o solicitante retira o veículo logo após formalizar o contrato, no entanto, há a cobrança de juros e, na maioria dos casos, também é exigido um valor de entrada, já que o financiamento tende a cobrir até 90% do valor do bem.
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O consórcio de carros usados segue a mesma lógica das demais modalidades de consórcio, dessa forma, conta com quatro principais etapas, como mostramos a seguir.
Adesão ao consórcio: o consumidor pode aderir ao consórcio mediante a compra da cota de um participante, substituindo um cotista que desistiu ou através da inserção em um grupo que ainda há cotas disponíveis. Em seguida, é o momento de ler o contrato e, se concordar, realizar a formalização.
Pagamento das parcelas: após assinar o contrato, se inicia o pagamento das parcelas, também conhecidas como cotas. A participação nos sorteios e consequente liberação da carta de crédito só ocorrem se todas as parcelas estiverem em dia.
Participação em assembleias: mensalmente são feitas as assembleias, e é neste momento em que são realizados os sorteios e lances da carta de crédito. Ao ser contemplado, o consorciado recebe a liberação da quantia, para que adquira o bem desejado.
Aquisição do veículo: com a liberação da carta de crédito, o consumidor tem acesso à quantia solicitada para comprar o bem desejado. No entanto, se ainda não tiver quitado todas as parcelas, deverá continuar pagando.
Vale ressaltar que o dinheiro obtido no consórcio de carros usados deve ser usado especificamente para esse fim, pois a modalidade não permite livre utilização após a contemplação.
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Optar pelo consórcio para a aquisição de carros usados possui pontos vantajosos e desvantajosos. A seguir, mostramos cada um deles.
O preço médio de um veículo no Brasil aumentou 85% nos últimos cinco anos, portanto, comprar um carro usado pode significar economia, já que, em alguns casos, com o valor de um automóvel novo simples, é possível adquirir um seminovo mais completo e potente. Sendo assim, para quem não dispõe de uma quantia elevada ou não deseja realizar uma dívida longa, essa pode ser uma vantagem.
Para as pessoas que têm o hábito de trocar de carro com frequência, a aquisição de um veículo usado pode se demonstrar mais vantajosa, pois o veículo sofre maior desvalorização nos primeiros anos de uso. Logo, esse perfil de consumidor tende a perder mais dinheiro com a desvalorização do bem, quando comparado aquele que pretende ficar por mais de três anos com o veículo.
O veículo usado naturalmente já contará com características resultantes do uso e, em alguns casos, até mesmo algum defeito. Por isso, cabe ao consumidor ter atenção e realizar uma análise minuciosa no automóvel, para que haja uma real compreensão e relação de custo-benefício.
Quando o consumidor adere ao consórcio, seja de qualquer natureza, como de veículos usados ou novos, de serviços ou imobiliário, o mesmo assina um contrato em que, se desistir da carta de crédito, deverá pagar uma multa, que estará prevista no documento. Além disso, se outra pessoa do grupo desistir do plano, pode haver reajuste nas parcelas, tornando-as mais caras.
Financiamento ou consórcio: qual escolher na hora de comprar seu veículo?
Antes de assinar o contrato e aderir a um consórcio, é de suma importância que o consumidor analise alguns pontos, para evitar problemas futuros e, até mesmo, ser vítima de algum golpe.
Todas as administradoras que organizam consórcio, assim como as instituições que oferecem empréstimos, devem ter o registro para atuar na área. Desse modo, para verificar a seriedade da empresa que oferece o serviço, é possível utilizar o site do Banco Central do Brasil e da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Em ambos os casos, é só inserir o CNPJ da empresa.
Além de consultar o registro, também vale analisar as avaliações de outros clientes nas redes sociais da mesma e no ReclameAqui.
O consórcio não conta com a incidência de taxa de juros, contudo, possui a cobrança da taxa de administração da empresa que gere a operação. Essa taxa, por sua vez, pode passar por reajustes anuais, aumentando o valor das parcelas, portanto, é importante verificar quais são as regras.
Além disso, há a taxa de reajuste, que tem o intuito de garantir que o consumidor não perderá o poder de compra ao longo do pagamento da dívida. Ou seja, a taxa de reajuste considera, normalmente, o índice de inflação do país e, a partir daí, reajusta o valor da carta de crédito, para que ao ser contemplado, o cliente ainda consiga adquirir o bem desejado.
Esse reajuste, contudo, também impacta no valor final da operação e, consequentemente, aumentará a parcela. Logo, cabe avaliar quais são os critérios e como é feito o cálculo pela administradora, para evitar surpresas desagradáveis.
Essa é a principal dica para quem deseja adquirir uma cota em um consórcio. Antes de assinar o contrato, é necessário ler todos os termos e condições com atenção e certificar-se de que estão de acordo com o que foi falado durante a negociação. Com isso, no contrato deve constar:
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