É possível fazer um financiamento sem entrada?
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Quem deseja fazer um financiamento sem entrada deve se atentar ao histórico de pagamento, score e comprovação de renda.
O financiamento é uma modalidade de crédito bastante conhecida entre os brasileiros. Nele, a instituição financeira concede uma determinada quantia, que deve ser usada especificamente para a aquisição de um bem indicado pelo cliente, como veículo ou imóvel. O consumidor, por sua vez, usa o recurso para pagar à vista pela compra do bem, enquanto devolve a quantia à credora de forma parcelada e com acréscimo de juros.
Uma das principais características do financiamento é a possibilidade de obter quantias elevadas, contudo, diversas instituições exigem o pagamento da entrada. Neste texto, explicamos se é possível fazer um financiamento sem entrada e outros detalhes sobre o tema.
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É possível fazer um financiamento sem entrada?
Além de ser uma modalidade com possibilidade de obtenção de valores elevados, outra característica comum do financiamento é a exigência do pagamento de entrada, que varia entre 15% e 20% do valor necessário para a aquisição. Isso significa que, se o cliente deseja financiar um carro de R$100 mil, por exemplo, a instituição poderá cobrar entre R$15 mil e R$20 mil de entrada, e conceder o crédito do valor restante.
Contudo, a obrigatoriedade de pagar a entrada tende a diminuir as chances de um grupo de pessoas acessar o financiamento, já que há aqueles que não possuem recursos financeiros para arcar com essa quantia de uma só vez. Diante desse contexto, algumas instituições têm disponibilizado o financiamento sem entrada, portanto, a credora libera o financiamento de 100% do valor do bem desejado pelo cliente, e este devolve o dinheiro em parcelas que podem ultrapassar 72 meses.
Sendo assim, sim, é possível fazer um financiamento sem entrada, apesar de ainda não ser uma prática comum.
Qualquer pessoa pode fazer um financiamento sem entrada?
Oferecer financiamento sem entrada é visto pelas instituições financeiras como uma exposição maior ao risco, porque se houver inadimplência por parte do cliente, o prejuízo é mais elevado. Desse modo, para conseguir aprovação, é essencial que o solicitante tenha um bom histórico de consumo e pagamento, isso é, que tenha construído um relacionamento sólido e positivo com a instituição em questão e/ou em outras em que possui vínculo.
Na prática, se trata de consumir serviços financeiros, como ter cartão de crédito e/ou débito, bem como manter os pagamentos em dia, seja da fatura do cartão, das contas de consumo ou de mensalidades, já que qualquer boleto vinculado ao CPF, quando pago fora do prazo, impacta negativamente na construção do histórico de pagamento e, consequentemente, no score.
O score, inclusive, é uma pontuação de crédito que vai de 0 a 1.000, e indica o risco de inadimplência do consumidor. Portanto, quanto maior a pontuação, maior a chance de conseguir aprovação no financiamento sem entrada. Outro ponto importante é ter renda mensal suficiente para pagar as prestações, isso porque, por se tratar do valor integral do bem, as parcelas tendem a ser mais caras, mesmo que o prazo de pagamento seja mais longo.
Todas essas informações, aliás, são observadas na análise de crédito. Logo, para ser aprovado no financiamento sem entrada, o consumidor deve se atentar a:
- manter um bom histórico de consumo e pagamento;
- comprovar renda mensal de acordo com o valor das prestações;
- ter um bom score de crédito.
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Quais as vantagens e desvantagens do financiamento sem entrada?
Qualquer operação financeira conta com vantagens e desvantagens, e no financiamento sem entrada não seria diferente. A seguir, listamos pontos de atenção ao consumidor.
Mais rapidez na aquisição
Ao fazer um financiamento sem o pagamento de entrada, o consumidor aumenta as chances de ter acesso ao bem mais rapidamente, já que não é preciso aguardar a junção da quantia necessária, que a depender do caso, pode representar uma quantia consideravelmente elevada.
Taxas de juros e valor final da dívida mais altos
Ainda que o score do solicitante esteja elevado e o mesmo possua um bom histórico de pagamento, a instituição financeira pode considerar o financiamento sem entrada como uma operação de baixo a médio risco. Logo, é comum que a taxa de juros seja mais alta, acarretando num Custo Efetivo Total (CET) maior. Ou seja, o valor final da dívida, após a incidência dos encargos, será maior, se comparado ao financiamento com entrada.
Parcelas mais caras
Paralelamente ao aumento da taxa de juros e do valor final da dívida, há, também, as parcelas que tendem a ficar mais caras, pois o valor total do bem é financiado. Tendo em vista esses pontos, cabe ao consumidor avaliar cuidadosamente as condições do financiamento e, se possível, optar por parcelas mais altas e menor prazo de pagamento, a fim de diminuir o valor total de juros incididos, desde que as prestações caibam no orçamento.
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Existe outra forma de adquirir um bem sem pagar entrada?
Além do financiamento sem entrada, o consumidor que deseja comprar um carro ou imóvel pode contar com o Crédito Direto ao Consumidor ou o consórcio, já que são modalidades de crédito em que não há a necessidade de arcar com valores iniciais para obter a concessão do dinheiro.
Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é uma modalidade de empréstimo que pode ser concedida por bancos e cooperativas, e o dinheiro deve ser usado especificamente para o fim indicado em contrato. Quem pretende adquirir um veículo com o dinheiro, por exemplo, terá um contrato de alienação fiduciária, em que o bem adquirido é um usado como garantia e, em caso de inadimplência, pode ser tomado pela credora para quitar o saldo devedor.
No CDC o consumidor também passa por análise de crédito, contudo, a taxa de juros não tende a ser elevada devido ao não pagamento de um determinado percentual de entrada, já que a modalidade não exige essa ação. O prazo de pagamento e os juros variam conforme o valor solicitado e o perfil do consumidor.
Consórcio
O consórcio, por sua vez, é um crédito que funciona como um autofinanciamento coletivo, em que a administradora organiza grupos com consumidores interessados em adquirir bens do mesmo segmento, por exemplo, veículos ou imóveis. Então, os participantes efetuam pagamentos mensais, que são as parcelas, e o dinheiro é destinado ao fundo comum e, posteriormente, utilizado para conceder as cartas de crédito.
Existem diversos segmentos de consórcio, por isso, a modalidade pode ser usada para comprar imóveis, veículos, eletrodomésticos, móveis e, até mesmo, contratar serviços. Além disso, não há a incidência de juros, porque não se trata de um empréstimo, são os próprios consorciados que arcam com a carta de crédito.
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