Estou endividado: e agora, o que fazer?
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O ano de 2020 iniciou com dados negativos referentes à inadimplência. De acordo uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil em conjunto com a CNDL, os brasileiros tiveram um janeiro com mais inadimplência na comparação com o mesmo período de 2019. A alta, inexpressiva, foi de 1,38%.
Contudo, em março, o governo já prevê redução do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. O corte anunciado no último dia 11 foi de 2,4% para 2,1%. Mas em comparação com outras previsões, o governo brasileiro parece otimista. Os bancos norte-americanos e o próprio mercado financeiro brasileiro (por meio do Boletim Focus) já reduziram ainda mais as previsões:
- Boletim Focus: redução de 2,17% para 1,99%
- Bank of America Merrill Lynch: de 2,2% para 1,9%
- JP Morgan: de 1,9% para 1,8%
Dependendo dos rumos do coronavírus, somado ao já alto desemprego brasileiro que registrou 11% no quarto trimestre de 2019, existem chances do Brasil enfrentar uma crise financeira ainda em 2020. Pensando nisso, a FinanZero listou um passo-a-passo de como o brasileiro endividado deve lidar com seu problema, e como sair do vermelho. Confira abaixo:
Como se livrar das dívidas
Papel: anote e faça o planejamento financeiro
O primeiro passo para qualquer pessoa, não apenas para o brasileiro endividado, mas qualquer um que queira manter o controle sobre as próprias finanças, é anotar todo o seu balanço financeiro:
- Quanto se gasta;
- Com o que se gasta;
- Quando se gasta;
- Com quem se gasta;
Empresas estão acostumadas a realizarem balanços, pois elas devem prestar contas para seus proprietários e/ou acionistas. Um bom conselho é que o brasileiro endividado prestes contas a si mesmo para começar a sair das dívidas.
Gastos cotidianos “baratos”: mude de hábitos
Alguns gastos diários passam despercebido, e no fim do mês acabam pesando no orçamento. Os principais são com:
- Alimentação: o café na padaria, o salgado ou lanche de fast-food, o almoço quando se podia levar marmita ao trabalho, etc.
- Transporte privado: pedir o Uber, 99 ou mesmo táxi, etc.
- Itens na promoção: a roupa, o eletrodoméstico, o eletrônico, etc.
O problema destes gastos é que eles enganam em um primeiro momento: parecem baratos. Mas, no fim do mês, acabam pesando pois se somam. Quem cultiva esse tipo de gasto torna-se “viciado” nos mesmos. Controlar os impulsos compensa e pode ajudar o endividado a sair do vermelho.
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Limite do cartão de crédito: não utilize
Um aliado para endividar-se é o cartão de crédito. Se usado com moderação, ele pode ser a ferramenta certa para ajudar a concretizar planos, como uma viagem ou investir no próprio negócio. Contudo, na maioria das vezes, ele é utilizado com propósitos menos rentáveis.
Pensar nos gastos como investimentos é um bom conselho para sair das dívidas. Afinal, se você compra uma viagem têm a satisfação de agregar mais conhecimento com pessoas que conhecerá, dos lugares que visitará ou do descanso. Se você investir no próprio negócio, possivelmente poderá lucrar no futuro.
Entretanto, se você aproveitar uma promoção, o investimento só será real se você realmente precisar do item a ser comprado. Um bom critério para saber quando aproveitar uma promoção ou comprar um item desejado é perguntar-se:
- Preciso deste item?
- É uma necessidade primária (comida ou para a saúde)?
- É um item que farei uso constantemente?
- Quando será a primeira vez que vou usufruir deste item?
Se o objetivo é se livrar das dívidas, é importante que o consumidor tenha mais consciência de suas compras (investimentos!).
Veja também: Qual o melhor cartão de crédito sem anuidade em 2020?
Diversas contas bancárias e cartões de crédito: cancele
Um trampolim para endividar-se é ter diversas contas bancárias e cartões de crédito. Até mesmo para fazer o planejamento financeiro fica mais complicado, pois a pessoa tem de se lembrar de todas estes gastos. E nesta lista entram os cartões de lojas também! Pois, nada mais são do que um cartão de crédito da própria loja.
Com a diversidade de bancos e fintechs, com diversos produtos com taxas diferentes, pode valer a pena manter até duas contas bancárias:
- uma para de fato fazer transações bancárias pagando o mínimo ou nada em Transferências Eletrônicas Disponíveis (TEDs) e Documentos de Ordem de Crédito (DOCs);
- outra para um cartão de crédito com taxa de juros do rotativo menor do que a ofertada pelo cartão de crédito da conta principal (caso de fato os juros do plástico da sua conta sejam maiores do que de outra instituição financeira);
Empréstimo: faça se necessário em prol do nome limpo
Muitas pessoas não conhecem a diferença entre estar endividado e inadimplente. Veja abaixo:
- Endividado: condição daquele que possui dívidas. Por exemplo, a fatura mensal do cartão de crédito é uma dívida.
- Inadimplente: condição daquele que pratica inadimplência. Por exemplo, quando você não paga a fatura do cartão de crédito torna-se inadimplência.
Quando uma pessoa fica inadimplente, seu nome pode ficar sujo a partir de 90 dias após o vencimento da conta. Mas este prazo também depende da política (paciência) da empresa ou credor.
Com o nome sujo, torna-se mais difícil de conseguir uma linha de crédito para quitar as dívidas. Por isso, assim que o cidadão perceber que não há como quitar as suas dívidas, deve atentar-se a não deixar seu nome sujo. E se for necessário, pedir um empréstimo.
Veja abaixo os principais tipos de empréstimo do mercado:
- Pessoal: produto emergencial, conta com taxas de juros um pouco mais altas que os demais. O pagamento das parcelas é mensal, conforme o período estabelecido entre o cliente e a instituição financeira.
- Consignado: este produto é cobrado automaticamente na folha de pagamento do cliente. Conta com juros um pouco mais baixos que do empréstimo pessoal.
- Com garantia: deixando um imóvel ou veículo como garantia, é possível encontrar as taxas mais baixas do mercado de empréstimos. Contudo, este produto é mais voltado para quem procura grandes quantias de dinheiro.
Veja também: Como fazer empréstimo pessoal online?
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