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O financiamento de carros elétricos funciona de forma semelhante à operação de crédito voltada aos veículos convencionais, entretanto, ainda não são todas as instituições que oferecem a modalidade.
De acordo com a Associação Brasileira de Veículo Elétrico, o primeiro quadrimestre de 2022 registrou aumento de 78% nas vendas de carros elétricos no Brasil, chegando a quase 13 mil veículos comercializados. O automóvel, vale lembrar, possui dois principais modelos: o híbrido e o 100% elétrico.
O primeiro roda com dois motores, sendo um a bateria e outro à combustão. O segundo, como o próprio nome indica, possui somente a bateria e, por isso, é chamado de 100% elétrico.
Os veículos totalmente elétricos, no entanto, custam três ou quatro vezes mais do que os convencionais, enquanto os híbridos são, em média, 30% mais caros, quando comparados aos convencionais. Neste cenário, é comum que cada vez mais os interessados nesse tipo de automóvel recorram às modalidades de crédito disponíveis no mercado, como é o caso do financiamento.
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Sim, atualmente existem instituições financeiras que oferecem financiamentos voltados, especificamente, para a obtenção de carros elétricos. As condições variam de acordo com a política de crédito de cada banco, entretanto, há situações em que é possível financiar até 100% do valor do automóvel, com parcelamento que inicia em 2 meses e pode chegar até 60 meses.
O financiamento de carros elétricos funciona de forma similar ao financiamento de veículos tradicionais, portanto, a instituição financeira concede uma determinada quantia de crédito, que por sua vez, deverá ser utilizada pelo cliente para a aquisição do veículo em questão. Em seguida, o cliente realiza o pagamento à credora através de parcelas, que contam com a incidência de juros previamente acordados.
O financiamento de carros elétricos pode ser feito através do contrato de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) ou leasing. A diferença entre eles é que no CDC apesar do consumidor obtém a posse do bem, não poderá vendê-lo antes de quitar todas as prestações. Já no leasing o veículo fica em nome da instituição financeira até que haja o término do pagamento das parcelas.
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No momento de solicitação do financiamento de carros elétricos, as instituições costumam exigir a apresentação de documentos comprobatórios comuns, como:
A partir daí, é feita a análise de crédito, que definirá se haverá a concessão e, se sim, qual será o valor, prazo de pagamento e taxa de juros. Além disso, em alguns casos, a instituição pode solicitar documentos complementares.
A taxa de juros é definida pela instituição financeira após análise de crédito e perfil do solicitante, desde que respeitando o percentual mínimo e máximo da política de crédito interna e das regras estabelecidas pelo Banco Central do Brasil. Sendo assim, com base nas instituições que oferecem a modalidade de crédito, a taxa de juros média do financiamento de carros elétricos pode variar entre 0,85% e 1% ao mês.
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Conforme mencionado inicialmente, o financiamento de carros elétricos ocorre de forma similar aos veículos convencionais, portanto, conta com quatro principais etapas: solicitação, análise de crédito, formalização de contrato e liberação do dinheiro, conforme explicamos a seguir.
Após escolher o veículo que deseja financiar, o consumidor pode conversar com a loja parceira e informar que deseja realizar o financiamento com determinada instituição financeira ou, ainda, entrar em contato diretamente com a instituição, junto à documentação sobre o veículo e loja que fará a venda.
Após a realização do pedido e envio dos documentos pessoais, a instituição fará a análise de crédito, que visa entender o perfil de consumo e pagamento do solicitante, bem como verificar o risco de inadimplência do mesmo. Em seguida, se decidir conceder o crédito, será feita a proposta de financiamento.
Se o consumidor concordar com o valor concedido, a taxa de juros e o prazo de pagamento, é só assinar o documento para formalização do contrato. Vale lembrar, inclusive, que no contrato de financiamento devem constar todos os detalhes sobre a operação, como a quantia liberada, quantidade de parcelas, percentual de juros e valor final da operação.
Por fim, após a formalização do contrato, o dinheiro será liberado para a loja que realizou a venda ao consumidor. Este, por sua vez, deverá ficar atento ao período para início de pagamento das parcelas e já poderá utilizar o veículo normalmente.
O financiamento de carros elétricos é uma modalidade relativamente nova no mercado de crédito, por isso, ainda não é oferecida por todas as instituições financeiras. A seguir, listamos três bancos e suas respectivas condições.
O Santander oferece o Financiamento para Veículos Elétricos e Híbridos, abrangendo carros e motos. De acordo com a instituição, a taxa de juros começa em 0,77% ao mês, e o parcelamento vai de 24 a 60 meses. Ou seja, o cliente tem de 2 a 5 anos para quitar o financiamento.
Além disso, no site do Santander há o informe de que ao simular o financiamento de carros elétricos, é possível obter redução de até 15% na taxa de juros, se aplicado o cupom disponibilizado pela instituição no momento da simulação.
O Banco do Brasil conta com o Crédito Mobilidade, que permite ao consumidor solicitar financiamento para aquisição de veículos e motos elétricos. Nessa opção de crédito é possível financiar até 100% do valor do bem, com taxas de juros a partir de 1,09% ao mês. Além disso, de acordo com a instituição, o parcelamento começa em 2 meses e pode chegar a 60 meses, com possibilidade de início de pagamento das parcelas após 180 dias.
Há, também, a BV Financeira, que também oferece o financiamento de carros e motos elétricos. A instituição informa que possui taxa de juros a partir de 0,69% ao mês, podendo chegar a 2%, dependendo do perfil do cliente que solicita o crédito. O prazo de pagamento, assim como as demais, pode chegar a 60 meses e é comum que seja exigido um valor de entrada.
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O financiamento e aquisição de um carro elétrico demanda investimento, já que, como citado, se trata de um bem caro, quando comparado aos modelos tradicionais disponíveis no mercado.
Contudo, especialistas indicam que o automóvel pode gerar economia em outros aspectos, como na diminuição ou extinção do uso de combustíveis e a isenção de pagamento do Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), que atualmente não é cobrado em estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e possui isenção parcial no Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas e Mato Grosso do Sul.
Portanto, cabe a cada consumidor analisar as prioridades a médio e longo prazo, e realizar um balanço financeiro.
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