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O correspondente bancário realiza a mediação entre cliente e instituição financeira.
O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal criada em 1964, e que rege o Sistema Financeiro Nacional (SFN). Dessa forma, o órgão é responsável por regulamentar diversas instituições financeiras e as ramificações da área. Dentre elas, inclusive, está o correspondente bancário, que faz a mediação entre bancos e clientes que desejam solicitar algum serviço financeiro.
A seguir, explicamos alguns detalhes sobre o assunto.
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O Banco Central explica que o correspondente bancário é uma “empresa contratada por instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central para a prestação de serviços de atendimento aos clientes e usuários dessas instituições.” Na prática, o correspondente pode ser uma firma, pessoa jurídica ou algum outro tipo de instituição que faça a mediação entre o cliente e o banco.
Para isso, o correspondente bancário deve estar devidamente regulado pelo Banco Central e possuir convênios ou “parcerias” com os bancos em questão, para que possa oferecer o serviço. Além disso, todo correspondente pode prestar serviço para mais de um banco ou entidade financeira ao mesmo tempo, ou seja, não é exigido exclusividade.
A FinanZero, por exemplo, é uma correspondente bancária voltada a empréstimo, com mais de 70 instituições parceiras. Desse modo, o objetivo da empresa é desburocratizar o acesso a diversas modalidades de crédito através do buscador. Com ele, basta que o cliente informe o valor desejado, em quantas parcelas pretende pagar e alguns dados para a pré-análise. A partir daí, são disponibilizadas até 10 propostas de empréstimo pré-aprovadas.
Conforme já explicado, o correspondente bancário media a relação entre cliente e instituição financeira, facilitando o acesso do primeiro aos produtos e serviços oferecidos pelo segundo. De modo geral, os principais serviços oferecidos pelos correspondentes são:
Além disso, o perfil de consumidor pode ser amplo, abrangendo desde trabalhadores assalariados, estudantes e microempreendedores, ou restrito, isso é, direcionado para um grupo específico. Também há correspondentes bancários que atuam com pessoas físicas, jurídicas ou ambos.
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De acordo com o Bacen, para se tornar correspondente bancário, o primeiro passo é ter um CNPJ, já que não é permitido a uma pessoa física atuar como correspondente. Em seguida, é o momento de emitir a certificação financeira através de uma instituição credenciada, como a Febraban ou Abecip. Será preciso, então, realizar uma prova para obter o aval. Em alguns casos, podem ser solicitados outros certificados, também, por isso, é importante ter atenção a todas as etapas.
Tendo a permissão para atuação, o correspondente bancário deve realizar parcerias, também chamada de convênio, para que possa oferecer e mediar a relação entre cliente e banco e, com isso, gerar seu próprio lucro.
Apesar do correspondente bancário atuar na mediação entre cliente e instituição financeira, não é permitido que o mesmo:
Sim, o correspondente bancário é confiável, desde que possua a regulamentação e certificação correta, portanto, deve estar em atuação de forma legal e com aval do Banco Central do Brasil. Atualmente, contudo, há diversas pessoas que se passam por correspondentes bancários para aplicar golpes financeiros e obter dinheiro de forma ilegal.
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De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), mais de 8 milhões de pessoas foram vítimas de algum golpe financeiro em 2022. Por isso, no momento de contratar algum serviço, é de extrema importância que o consumidor tenha atenção aos detalhes e verifique todas as informações do contrato e o correspondente bancário. A seguir, separamos algumas dicas.
Conforme mencionado, para que o correspondente bancário atue de forma lícita, é preciso ter o registro e autorização do Banco Central. Portanto, ao ter interesse em fechar negócio com a empresa, pesquise pelo CNPJ da mesma no site do BC, se não encontrar nenhuma informação, a recomendação é encerrar o contato e denunciá-la.
Localize as redes sociais oficiais da empresa e verifique se há comentários sobre a prestação de serviços e avaliações dos clientes anteriores. Outra forma de consultar a reputação do correspondente bancário é através do ReclameAqui, pois além de ter a atribuição de nota, há a possibilidade de acompanhar a resolução de cada caso.
Ao acessar o site do correspondente bancário, observe se há o certificado de segurança, que costuma aparecer ao lado da URL ou, em alguns casos, ao clicar nos círculos que ficam localizados ao lado da URL. Portanto, deve constar o termo “seguro” ou a frase “A conexão é segura”.
Também vale verificar se o e-mail utilizado pela empresa para comunicação é personalizado ou de domínio público, como Gmail, Hotmail ou Yahoo. Se for este o cenário, ou seja, o domínio do e-mail não for personalizado, mas público, pode se tratar de fraude.
Após aceitar a proposta e receber o contrato para formalização, leia-o com atenção antes de assinar, inclusive, se possível, peça auxílio de um profissional. É importante ter em mente que no documento devem constar todos os detalhes da operação, como valor final, juros, prazo de pagamento e nome das empresas envolvidas.
Há situações em que o contrato pode, ainda, vir com o nome de uma ou mais empresas diferentes, já que alguns correspondentes bancários possuem mais de um banco parceiro envolvido na operação. Então, se isso ocorrer, pesquise sobre todas as empresas envolvidas.
Em hipótese alguma realize qualquer tipo de pagamento adiantado, pois nenhum correspondente bancário ou instituição financeira que concede o crédito têm autorização para solicitar o valor. A prática de cobrança antecipada, aliás, é considerada crime pelo Banco Central.
Ainda assim, essa é uma das principais características de empresas fraudulentas.
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