O que muda com o Open Banking?
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Open Banking: qual o significado, como funciona, quais os benefícios e participantes, quando começa e o que muda com a sua chegada
Segundo dados do Banco Central, no final de 2020, cinco bancos brasileiros detinham cerca de 81,8% do mercado de crédito. O dado nos mostra uma concentração relacionada aos serviços financeiros que são oferecidos pelos bancos a população brasileira. O open Banking teve o inicio de sua implementação no Brasil no começo do ano de 2021 e tem como princípio a liberdade de escolha dos consumidores em relação aos serviços financeiros.
Dessa forma, o sistema tende a mudar o relacionamento entre os bancos e os seus consumidores e a mudança pode gerar grandes duvidas na população. Por isso, abaixo estão citadas as principais questões sobre o assunto indicando quais serão as mudanças previstas com a implementação cada vez mais próxima da sua fase de maior alteração no sistema conhecido.
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O que significa Open banking?
Open banking significa “Banco aberto” e tem relação com as informações armazenadas nos bancos sobre os seus clientes. Todo o histórico financeiro de uma pessoa fica guardado no banco que ela utiliza, então estão disponíveis nas instituições financeiras informações como:
- Contas pagas;
- Empréstimos;
- Salários depositados;
- Gastos;
- Parcelas que foram feitas;
Essas informações são de propriedade do banco e são relevantes nas ofertas de produtos ou serviços financeiros, a partir da implementação do sistema Open Banking elas passam a ser do próprio individuo. Essa mudança teve seu inicio em países como Reino Unido, Austrália e Índia. Além disso, outros países estão pensando em maneiras de implementar o sistema financeiro como Estados Unidos, Canadá e Rússia.
Como funciona o Open Banking?
Basicamente, o novo sistema financeiro habilitará ao cliente a escolha do compartilhamento de seus dados com a instituição financeira que desejar. Dessa forma, o cidadão que possuem conta em um banco mas deseja verificar opções de empréstimo ou outro serviço com outra instituição pode solicitar que todo seu histórico seja enviado de um banco para o outro, para que analise de condições seja feita.
Essa possibilidade garante ao cliente a liberdade de escolha e decisão, democratizando os serviços financeiros, já que pode conferir as condições oferecidas a ele de forma completa ao informar todas as suas informações financeiras e não iniciar um relacionamento do zero. Além disso, com as informações completas do cliente o banco consegue oferecer as condições que melhor atendem a sua realidade.
Para que as informações sejam liberadas a instituição financeira precisa da autorização do solicitante utilizando métodos já conhecidos como senha, biometria ou reconhecimento facial, o que garante que a ação terá a mesma seguridade de outros serviços oferecidos.
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O que são as APIs do Open Banking?
A API é um termo em inglês e tem como tradução “Interface de Programação de Aplicativos”, o recurso será utilizado pelo Open Banking e por seus participantes para que as informações possam ser compartilhadas de forma ágil e segura. Com a API as instituições enviam e recebem os dados de forma padronizada, ou seja, todas recebem da mesma forma.
Por isso, o sistema garante que as informações estarão seguras e pela padronização serão compartilhadas de forma rápida. Além disso, os processos que acontecem dentro do recurso serão analisados e supervisionados pelo Banco Central, o que garante ainda mais a seguridade das ações.
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Quais os benefícios do Open Banking?
Existem modelos do sistema espalhados pelo mundo, que trabalham alguns aspectos diferentes. Mas, alguns benefícios são encontrados em todos, como:
Mais competição entre os bancos
Hoje o Brasil enfrenta uma alta concentração bancária e isso faz com que os bancos tenham menos competição entre si. Com a implementação do sistema de Open Banking os consumidores terão mais opções pela liberdade de surgimento de novos serviços e isso fará os bancos tradicionais pensarem em formas de conquistar o cliente oferecendo as melhores propostas e experiências de consumo.
Liberdade
Os clientes poderão ter mais liberdade em relação aos seus dados e a migrações financeiras já que as informações armazenadas do cliente não será mais de domínio de um único banco. Dessa forma, a burocracia em relação a mudanças será menor, garantindo mais liberdade e autonomia para o indivíduo.
Melhores condições
Com as informações pessoais e o histórico dos clientes, as instituições conseguem oferecer serviços e produtos personalizados, levando em consideração os dados apresentados. Dessa forma o cliente consegue melhores condições diferente das que são oferecidas sem a implementação do sistema.
Quando começa o Open Banking?
O sistema tem a sua implementação gradual no ano de 2021, iniciando no mês de fevereiro, por meio de fases. Em cada fase foram aplicadas questões diferentes e elas serão explicadas abaixo.
Fase 1
A primeira fase teve seu iniciou no dia 01 de fevereiro e contou com a solicitação de informações referentes as instituições participantes. Dessa forma, foram informadas questões sobre os bancos e os produtos e serviços que são oferecidos, com todas as características relevantes. Nesse momento não teve o acesso aos dados de nenhum cliente.
Fase 2
A segunda fase se inicia no dia 13 de agosto e conta com a possibilidade de compartilhamento de dados com a autorização do cliente. A partir da data comentada poderão ser passadas de uma instituição a outra as seguintes informações:
- Nome completo;
- Telefone;
- CPF ou CNPJ;
- Endereço;
- Dados de transações relacionados aos serviços oferecidos pela conta;
Fase 3
A terceira fase, com data prevista para o dia 30 de agosto, conta com a possibilidade de compartilhamento de transações de pagamento entre os bancos participantes e propostas de operações de crédito que poderão ser feitas aos clientes.
Fase 4
A última fase de implantação acontece no dia 15 de dezembro e a partir dela será possível o compartilhamento de dados relacionados aos produtos e serviços, como operações de câmbio e investimentos.
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Quem participa do Open Banking?
A participação no Open Banking será possível para todas as instituições financeiras que funcionam sob regulamentações oficiais do Banco Central. Instituições com as classificações S1 ( que possuem porte igual ou maior do que 10% do PIB ou realizem atividade internacional relevante) e S2 ( com porte entre 1% e 10% do PIB) terão a obrigatoriedade de participarem do novo sistema. Então alguns bancos com participação confirmada são:
- Banco do Brasil;
- Bradesco;
- Caixa Econômica;
- Itaú;
- Santander;
- BNDES;
As instituições que não possuem as classificações comentadas poderão escolher a adesão ou não ao Open Banking. Contudo, para que um banco receba os dados do cliente de outro banco, ambos precisam necessariamente fazer parte do novo sistema financeiro.
O que vai mudar com o Open Banking?
O sistema financeiro Open Banking muda a forma como o cliente se relaciona com as instituições financeiras. Isso porque o conjunto de mudanças dá ao cidadão a liberdade de optar pelo banco que lhe oferece as melhores condições no serviço ou produto que deseja, democratizando os serviços financeiros. No compartilhamento de dados, as instituições financeiras conseguem oferecer serviços mais personalizados, ao mesmo tempo que o cliente pode verificar cada serviço disponível a ele.
Com isso, os bancos precisarão se adequarem as necessidades do cliente e oferecerem as melhores oportunidades e experiências, já que a concorrência será maior do que a encontrada antes da implementação. O novo sistema abre espaço para que novos produtos sejam lançados, assim como novas oportunidades de negócio, que serão equilibrados pelo Open Banking.
Como o Open Banking vai mudar rapidamente nossa visão a respeito dos bancos?
Com as novas regras que serão impostas o cidadão muda sua visão sobre os bancos a partir do momento que possui total liberdade e autonomia para buscas as melhores ofertas relacionadas ao que deseja. Com o aumento da concorrência, a relação entre as instituições financeiras e os seus clientes tende a mudar e a ser mais favorável ao consumidor que terá melhores ofertas e experiências ao contratar o serviço de determinada instituição.
Além disso, o cliente tem mais acesso aos seus dados o que gera maior transparência e entendimento em relação as possibilidades que o cidadão possui quando tiver a necessidade de contratar algum serviço. Segundo dados de uma pesquisa realizada pela TecBan 40% dos entrevistados gostariam de compartilhar seus dados financeiros com instituições que não são utilizadas por eles.
O que vai mudar nos bancos a partir de julho?
A segunda fase do Open Banking teve sua data adiada para agosto, a data de inicio foi marcada para julho mas na quarta (14) foi alterada a pedidos de instituições que ainda estavam na fase de teste e não estariam prontas na data prevista. A nova data para a segunda fase está marcada para o dia 13 de agosto.
A partir de agosto, a mudança que será observada nos bancos será a de possibilidade de compartilhamento de dados dos clientes. Com a nova fase do sistema os clientes poderão autorizar que seus dados pessoas sobre serviços e produtos sejam compartilhados com outras instituições para alguma finalidade.
O compartilhamento de dados entre instituições garante ao cliente a possibilidade de comparar oportunidades e optar pela oferece as melhores condições levando em consideração a sua realidade financeira.
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