Auxílio emergencial de mil dólares existe?
Índice de conteúdo
Jair Bolsonaro disse que as parcelas do auxílio emergencial somam US$1 mil, mas a verdade é que o valor fica fica R$1.200 abaixo disso e a população não reage bem
Na última terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e disse que o Brasil já pagou cerca de mil dólares a 65 milhões de beneficiários do auxílio emergencial, fator que chocou a população.
O assunto se tornou um dos mais comentados no Twitter instantaneamente na tarde de terça-feira. Muitos internautas chamam o presidente de mentiroso, e outros adjetivos ofensivos enquanto outros o defendem veementemente.
Fala do presidente
“[Nosso governo] concedeu auxílio emergencial em parcelas que somam aproximadamente mil dólares para 65 milhões de pessoas”, disse Bolsonaro.
Pagamento real do auxílio emergencial
No total, o auxílio emergencial vai pagar aos beneficiários cinco parcelas de R$600 e quatro de R$300. Juntas, elas somam um total de apenas R$4.200. Levando em conta a cotação atual, mil doláres equivalem a mais de R$5.400, o que significa que o arredondamento do presidente ignorou cerca de R$1.200, ou duas parcelas de R$600 do auxílio emergencial.
Veja também – Auxílio emergencial: Caixa realiza novos pagamentos nesta semana
Quem vai receber as parcelas de 300 reais?
Vale lembrar que além disso, nem todos os beneficiários receberão as nove parcelas , que devem ser pagas até dezembro – e não já foram concedidas, como informou o presidente.
O texto referente as três parcelas de R$ 300 prevê que para receber as parcelas com o valor diminuído pela metade. Dessa forma, os beneficiários aprovados irão passar por uma reavaliação. Isso vai acontecer tanto no início dos pagamentos quanto no decorrer das parcelas, isto é, os brasileiros serão reavaliados pelo menos uma vez no mês.
Quem não vai receber as parcelas extras do auxílio emergencial?
A Medida Provisória fez uma série de ajustes e restrições no pagamento do auxílio emergencial. Sendo assim, a MP estabelece que alguns grupos não irão receber as parcelas estipuladas no valor de R$ 300, que são:
- Beneficiários que conseguiram emprego formal após o recebimento das parcelas do auxílio emergencial;
- Pessoas que receberam o benefício previdenciário, seguro-desemprego ou programa de transferência de renda federal após o recebimento do auxílio – exceto Bolsa Família;
- Tem renda mensal acima de meio salário mínimo (R$ 522,5);
- Tem renda mensal total acima de três salários mínimos (R$ 3.135)
- Mora no exterior;
- Recebeu em 2019 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70
- Tinha em 31 de dezembro de 2019 a posse ou propriedade de bens ou direitos no valor total superior a R$ 300 mil reais;
- No ano de 2019 recebeu rendimentos isentos não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte cuja soma seja superior a R$ 40 mil;
- Tenha sido declarado como dependente no Imposto de Renda de alguém que se enquadre nos itens 6, 7 ou 8;
- Esteja preso em regime fechado;
- Tenha menos de 18 anos – exceto em casos de mães adolescentes,
- Possua indicativo de óbito nas bases do governo federal.
- Além disso, o texto continua limitando a quantidade de beneficiários – dois por família. E a mulher, mãe e chefe de família, pode receber duas cotas por mês, isto é, R$ 600.
Defesa de Bolsonaro
Por outro lado, alguns grupos receberam um benefício maior, como mães chefes de família , cuja parcela foi de R$1.200. Com isso, os apoiadores tentaram justificassem a fala de Jair Bolsonaro.
Confira algumas das reações à fala de Bolsonaro no Twitter:
Ficou com mais alguma dúvida sobre o Auxílio emergencial de mil dólares existe?? Deixe nos comentários e não se esqueça de seguir a FinanZero nas redes sociais: @finanzero no Instagram, /FinanZero no Facebook e @finanzero no Twitter.
0 respostas para “Auxílio emergencial de mil dólares existe?”:
- Não existe nenhum comentário nesse post ainda. Seja o primeiro!
Deixe um comentário
Navegue por:
Benefícios do GovernoCréditoDestaquesFinanças PessoaisImpostosMercadoNegócios