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Como escolher qual dívida devo pagar antes?

Como escolher qual dívida devo pagar antes?

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Para quem está no sufoco, aqui vai uma ajudinha para descobrir qual dívida é melhor pagar primeiro.

Quando nos perdemos nas contas e as finanças vão por água abaixo, pode ser difícil determinar qual dívida priorizar. É melhor juntar dinheiro para a dívida mais cara ou ir pagando as mais baratas?

Devo me livrar dos juros altos ou fugir de punições severas, como a perda de bens ou interrupção de serviços? Resumindo: como escolher qual dívida devo pagar antes?

Para chegar a uma resposta, não adianta recorrer ao uni-duni-tê ou ao minha-mãe-mandou. Outra técnica furada é cair na tentação de se livrar logo do credor mais insistente e pensar “vou pagar essa dívida primeiro apenas para ficar sem dor de cabeça”.

Em vez disso, especialistas recomendam colocar tudo no papel e analisar conta por conta para não se endividar ainda mais. A seguir, explicamos direitinho alguns fatores que você deve considerar.

Veja também – Como saber se meu nome está sujo?

Encare de frente o tamanho da sua dívida e entenda como deve pagá-la

É muito arriscado fazer escolhas sem conhecer bem as opções. Por isso, o primeiro passo para escolher qual dívida pagar primeiro é colocar tudo no papel. E quando falamos tudo, queremos dizer tudo mesmo! Isto é, além de listar todas as contas mensais e as em atras;

É fundamental buscar e registrar informações como o valor total da dívida e o Custo Efetivo Total (CET) de cada uma. Só assim você terá um panorama geral e conseguirá avaliar os critérios que a gente destaca abaixo.

Veja também – Como fazer o planejamento de um empréstimo

Custo Efetivo Total: é fundamental na hora da avaliação

Um erro muito frequente ao escolher qual dívida pagar primeiro é olhar somente para os valores. Isso, porque um dos principais agravantes do endividamento é o chamado CETou.

Em outras palavras, a somatória de todas as taxas e encargos a serem pagos. Lembre-se de que eles são capazes de alterar e muito o valor devido de um mês para outro. Quer um exemplo?

Digamos que você esteja com duas dívidas: uma no valor de R$ 2.000, e outra no valor de R$ 1.600. Sobre a primeira, incide um CET de 3,5% ao mês, enquanto, já sobre a segunda, a taxa é de 18% ao mês.

Isso significa que, passados 30 dias, o valor da primeira dívida terá subido para R$ 2.070, enquanto a segunda será de R$ 1.888. Ou seja, um aumento de R$ 70 contra R$ 288 da dívida com maior CET. Isso é um fator importante a se pesar antes de pensar em como pagar as dívidas.

O cálculo para chegar ao CET pode parecer complicado à primeira vista. A boa notícia é que as empresas são obrigadas a informar este percentual. Sendo assim, caso ele não tenha ficado claro no contrato do serviço, entre em contato com a central de atendimento correspondente para buscar essa informação.

Embora as taxas variem de acordo com a instituição, já adiantamos que dois dos CETs mais caros do mercado são dos juros rotativos e do cheque especial.

Reflita sobre o que você tem a perder com os atrasos

Conhecer e comparar as taxas de juros é uma etapa fundamental do processo de escolha de qual dívida é melhor pagar primeiro. No entanto, essa análise nunca deve ser feita de forma isolada, sem antes estudar o impacto de cada conta atrasada. Nesse sentido, um exemplo clássico é o das contas referentes a serviços básicos e moradia.

Em São Paulo, a Comgás cobra uma multa de 2% do valor da conta em caso de atraso, além de juros de 1% ao mês (ou 0,33% ao dia). Essas taxas são bem menores do que os juros do cheque especial, por exemplo.

Porém, com 15 dias de atraso, a empresa já pode cortar o gás encanado. A mesma lógica é válida para atrasos nas contas de água, luz, internet, celular que você usa para trabalhar, etc.

Outro exemplo de dívidas que devem ser priorizadas são aquelas que colocam em risco algum bem, como ocorre nos casos de refinanciamento de veículo ou de imóvel.

Embora bancos e financeiras tenham muito mais interesse em receber o dinheiro, após um atraso de 3 meses do pagamento, eles podem dar início ao processo de leilão do bem a fim de quitar a dívida.

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Tente renegociar antes de pensar em qual dívida deve pagar!

Por mais que a cobrança de juros seja aparentemente vantajosa para as empresas. O mais importante para elas é não levar calote. Sendo assim, ainda mais quando as contas já estão atrasadas há algum tempo. É comum que elas aceitem propostas para o pagamento.

Portanto, não tenha medo de ser cara de pau! Entre em contato com seus credores para negociar juros mais baixos. Ou mesmo para receber um bom desconto no pagamento à vista! Assim, as dívidas que você tem a pagar podem ser facilitadas.

No caso de uma renegociação que envolva novas taxas de juros e parcelamento, fique atento e não deixe de perguntar tim-tim por tim-tim sobre o CET. Do contrário, a longo prazo, você pode acabar trocando seis por meia dúzia!

Considere pegar um empréstimo para quitar as dívidas

Depois de fazer uma avaliação e de obter uma noção real das suas dívidas. É hora de descobrir o que pode ser feito para quitar cada uma delas.
Adotar medidas como economizar ou buscar uma renda extra pode ajudar bastante.

Porém, elas nem sempre são o suficiente para arcar com juros altos, como os do cheque especial. Nesse caso, uma saída é conseguir um empréstimo com juros mais baixos. Se possível, que dê para pagar todas as contas de uma vez.

Dessa forma, além de gastar menos, você ainda consegue limpar seu nome e concentrar o pagamento em uma única parcela fixa. O que é uma boa notícia para quem quer organizar as finanças.

Mas, atenção! O empréstimo só vale a pena se tiver um CET menor que o das dívidas atuais. E se você tiver certeza de que poderá pagar as parcelas em dia todo mês. Portanto, antes de fechar um contrato, o ideal é analisar o maior número possível de propostas e fazer um planejamento detalhado.

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