Índice de conteúdo
O consórcio para lipoaspiração está disponível no segmento de serviços, e tende a ser disponibilizado por diversas administradoras.
De acordo com a pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, o Brasil realizou mais de 1,3 milhão de cirurgias plásticas em 2020, ocupando o segundo lugar entre os países que mais fazem procedimentos, atrás dos Estados Unidos. Ainda conforme os dados divulgados, a mais procurada no período foi a lipoaspiração, seguida pela prótese mamária.
A lipoaspiração, contudo, pode custar a partir de R$5 mil e ultrapassar os R$30 mil, por isso, é um procedimento que, com frequências, os interessados recorrem ao crédito para conseguir realizá-la.
Conheça todas as regras de consórcio antes de fazer o seu
Sim, quem deseja fazer uma lipoaspiração pode optar pelo consórcio de serviços, uma modalidade de autofinanciamento em que consumidores interessados em contratar algum tipo de serviço, como estético, de saúde, estudantil e afins, constituem um grupo e passam a contribuir mensalmente para o fundo comum. A partir da quantia depositada pelos participantes, é feita a contemplação da carta de crédito, que é a quantia solicitada pelo consorciado para a contratação do serviço em questão.
Todo este procedimento, vale ressaltar, é gerido por uma administradora, que deve possuir autorização legal do Banco Central do Brasil para atuar. A administradora é responsável por formar o grupo de consorciados, organizar as assembleias, gerir as contemplações e conceder as cartas de crédito, bem como outras ações vinculadas à operação.
Depende, o que determina o tempo de duração do contrato, é o valor da carta solicitada. Portanto, quanto maior for a quantia, mais longa tende a ser a operação. De modo geral, o consórcio para lipoaspiração pode chegar a 30 meses, porque a carta de crédito varia entre R$10 e R$30 mil.
É importante ter em mente que a contemplação pode ocorrer no início, meio ou final do contrato, se o consorciado optar por aguardar ser sorteado. Entretanto, isso não altera a duração do contrato, porque o pagamento das prestações deve continuar mesmo após a liberação da carta. Por outro lado, se optar pela oferta de lance e o valor oferecido for o suficiente para quitar o saldo devedor, o contrato será encerrado logo após o pagamento.
É possível fazer empréstimo pelo Bolsa Família
Cada administradora possui regras específicas, no entanto, após a contemplação via sorteio ou oferta de lance, a carta costuma ser liberada entre 7 e 60 dias, sendo este o prazo máximo. Então, depois de liberada, o consorciado deverá usá-la em até 90 ou 180 dias. Esses detalhes devem estar especificados em contrato, portanto, é essencial analisar cada cláusula detalhadamente.
O consórcio não é considerado uma operação burocrática, porque não exige a apresentação de documentos complexos. Majoritariamente, os itens solicitados, são:
Índice de Reajuste de Consórcio: Entenda como funciona e suas Implicações
O consórcio para lipoaspiração conta com cinco principais etapas, conforme explicamos a seguir.
A primeira etapa é pesquisar sobre as administradoras que oferecem o consórcio para lipoaspiração e verificar a reputação destas. Para isso, a recomendação é utilizar o ReclameAqui, site do Procon e buscar pelo CNPJ da empresa no site do Banco Central. Após definir com qual empresa fechar, é o momento de adquirir uma cota.
O interessado pode adquirir a cota em um grupo em formação, portanto, que ainda está sendo formado, ou em um grupo já em andamento, quando um participante desiste ou falece e, consequentemente, é liberada uma vaga. A principal diferença entre cada opção é que na primeira, o grupo em formação, ainda não foram feitas contemplações e o prazo de pagamento será mais longo.
Por outro lado, no grupo em andamento, a depender do tempo que está ativo, diversos consorciados já terão sido contemplados, diminuindo o tempo de espera para liberação da carta de crédito mas, também, para pagamento. Portanto, essa opção é interessante para quem não busca parcelamento estendido e possui recursos para arcar com prestações mais altas.
A formalização do contrato somente deve acontecer depois que o consumidor ler atentamente o contrato e se houver compreendido e estiver de acordo com todas as cláusulas. O objetivo é evitar surpresas ou custos desagradáveis futuramente.
Formalizado o contrato, o novo consorciado deve pagar, mensalmente, as parcelas do consórcio para lipoaspiração. Importante dizer que a inadimplência restringe a participação do cliente nos sorteios e o bloqueia de ofertar lances. Essas parcelas, inclusive, são constituídas por:
Fundo comum: valor referente à carta de crédito que é pago de forma parcelada.
Taxa administrativa: percentual que varia entre 10% e 20% do valor da carta de crédito, e funciona como remuneração à administradora.
Seguro: contratação destinada à cobertura de eventuais problemas que possam ocorrer entre os participantes do grupo, como falecimento ou invalidez, que resultaria na não possibilidade de arcar com as parcelas.
Fundo de reserva: por fim, há o fundo de reserva, que é recolhido e mantido em uma conta à parte, com o intuito de cobrir eventuais emergências judiciais ou inadimplência de participantes e garantir que haja recursos suficientes para a contemplação das cartas de crédito. O fundo de reserva, se não utilizado integralmente ao longo do contrato, é devolvido aos participantes de forma proporcional ao recolhimento de cada um.
Como saber se um grupo de consórcio é bom?
Mensalmente são organizadas as assembleias, momento em que ocorre a contemplação da carta de crédito. Então, a administradora sorteia um ou mais participantes, a depender dos recursos disponíveis, para receber a carta. É comum, também, que após os sorteios seja aberto espaço para a oferta de lances, que pode ser fixo ou livre. O lance, de modo geral, é a antecipação do pagamento de parte ou da totalidade do saldo devedor, com isso, o consorciado antecipa a contemplação, já que não é preciso aguardar ser sorteado.
Ao ser contemplado, seja via sorteio ou lance, é o momento de entregar a documentação mencionada no tópico anterior. A partir daí, a administradora fará a análise de crédito, que visa identificar se o consorciado possui algum tipo de restrição em seu CPF, ou seja, se está com o nome sujo. Se for constatado que há inadimplência vinculada ao participante, ainda que seja de outra operação sem relação com o consórcio, a carta de crédito será bloqueada e ficará rendendo em um fundo de investimento.
Então, o consumidor deverá regularizar o seu CPF para, em seguida, ter acesso à carta. A análise pode demorar de 2 a 4 dias após o recebimento dos documentos, e a administradora pode delimitar um prazo para regularização da dívida. Se não for encontrada nenhuma pendência, a carta será disponibilizada dentro do período estabelecido em contrato.
Por fim, depois de ter a carta liberada, o consorciado deve comparecer à empresa que realizará o procedimento, efetuar o agendamento e informar à administradora, pois a quantia não é liberada diretamente ao consumidor, mas repassada à empresa que prestará o serviço. Se o procedimento custar menos do que a quantia liberada na carta, o contemplado pode utilizar o restante para quitar as demais parcelas.
Tem mais alguma dúvida sobre o assunto? Deixa nos comentários que a gente te ajuda. Acompanhe a FinanZero também nas redes sociais: @finanzero no Instagram, /FinanZero no Facebook e @finanzero no Twitter.
Navegue por:
Benefícios do GovernoCréditoDestaquesFinanças PessoaisImpostosMercadoNegócios