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Conforme divulgou o presidente do Banco Central, o Real Digital contará com um projeto piloto antes do lançamento oficial.
De acordo com o Banco Central, somente 3% do dinheiro disponível no Brasil para operações está na forma de papel, isso é, de forma física. Ainda conforme divulgou o BC, as transações realizadas através de dispositivos móveis, como celulares e tablets, cresceram 35% entre os anos de 2019 e 2020.
Neste cenário, foi anunciado em 2020 que seria lançado o Real Digital, um tipo de moeda alternativa, mas com o mesmo valor do real e emitido pelo Banco Central. Essas moedas, inclusive, já têm sido desenvolvidas por diversos países, como é o caso dos Estados Unidos, China, Japão e Bahamas.
Quais são os benefícios do Real Digital?
O Real Digital será uma moeda digital alternativa, também conhecida como CDBC (Central Bank Digital Currency), mas que terá o mesmo valor do dinheiro tradicional em circulação no país. Além disso, a emissão será de responsabilidade do próprio Banco Central, que por sua vez, criará uma carteira virtual em conjunto a um agente autorizado, logo, a distribuição será feita por bancos, instituições financeiras e demais participantes do sistema de pagamentos.
Apesar de ser comparada a criptomoedas, é importante ressaltar, como citado, que o Real Digital será emitido e gerido pelo Banco Central, portanto, não funcionará como o Bitcoin, por exemplo, que possui gestão descentralizada e privada.
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Como mencionado, o Real Digital será um tipo de moeda digital emitida pelo Banco Central e terá o mesmo valor do real. Isso acontece porque a referência será o Sistema de Transferência de Reservas (STR), que por sua vez, é considerado essencial para o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que é onde ocorre a liquidação final de todas as obrigações financeiras do Brasil e, consequentemente, utiliza como parâmetro o Real.
A moeda virtual poderá ser usada para pagamentos online, transações, investimentos e compras, entretanto, não poderá ser convertido em cédulas. Sendo assim, para utilizá-lo, o usuário receberá códigos gerados pelo Banco Central indicando os valores disponíveis.
Conforme explica o Banco Central, a expectativa é de que o Real Digital seja lançado até 2024. No entanto, um projeto-piloto está definido para o quarto trimestre de 2022, de acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Apesar disso, em sua primeira fase de testes a moeda virtual não estará disponível para toda a população.
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O Bitcoin faz parte das criptomoedas, que são emitidas e distribuídas de maneira descentralizadas e com regras de autogestão definidas pela própria rede de usuários. Com isso, não há intermediação e regulação de uma instituição centralizadora. O Real Digital, por outro lado, será lançado a partir de uma política implementada por uma autoridade monetária nacional, assim, as regras são estipuladas pelo Banco Central e a operação é possível somente por agentes autorizados.
Outra diferença entre as criptomoedas de modo geral e o Real Digital é quanto ao uso da quantia, já que na primeira opção o recurso é utilizado como um ativo financeiro e, por isso, tem como principal característica o investimento. Já o Real Digital, apesar de possibilitar o uso para investimentos, também permitirá que seja usado para o pagamento de contas, transferência de dinheiro e demais transações.
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