Auxílio emergencial: verdades e fake news
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Com a ascensão de fake news nas mídias digitais, muitas informações geram dúvidas aos leitores; veja o que é verdade sobre o auxílio emergencial
As controvérsias do auxílio emergencial são inúmeras, e alguns aspectos auxiliam a confusão de informações sobre o benefício. Veja abaixo as principais causas que geram dúvidas à população brasileira:
Manutenção do auxílio emergencial
Dentro do governo, quem gerencia o coronavoucher é o Ministério da Cidadania. E sob o guarda-chuva da Pasta fica a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev). O banco articula somente a liberação do dinheiro, enquanto a Dataprev faz a seleção de quem pode receber o benefício.
Projetos de Lei de ampliação
Além disso, tramitam na Câmara e no Senado desde março as propostas que os parlamentares fazem para ampliar quem recebe o benefício. Contudo, até que estas propostas sejam sancionadas pelo Presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), as ideias ficam somente no papel.
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O Ministro da Economia Paulo Guedes é um dos principais idealizadores do auxílio, e suas falas também causam grande repercussão no noticiário político. Entretanto, mesmo as suas ideias sobre o auxílio emergencial só saem do papel após sanção por Bolsonaro.
Fake News
Por fim, o último fator que auxilia na confusão de informações sobre o auxílio emergencial é a disseminação de correntes em redes sociais. Dentro das quais estão inseridas as fake news, que são notícias falsas sobre o benefício.
É verdade que o auxílio emergencial vai ser prorrogado?
O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na última quarta-feira (3) que a prorrogação do auxílio emergencial é “quase certa”. Ou seja, apesar de existirem fortes indícios de aprovação do prolongamento do benefício, a ideia permanece no papel.
Parlamentares discutem as diretrizes desta extensão, mas o projeto ainda não foi votado nem na Câmara nem no Senado Federal. Bolsonaro já chegou a dizer que podem existir uma 4ª e uma 5ª parcelas, com valores gradativamente menores entre “R$ 300 ou R$ 200” respectivamente.
Já Guedes afirmou que estas parcelas adicionais poderão assumir o valor de R$ 200.
Veja também – Quarta parcela do auxílio emergencial: como vai funcionar?
É verdade que o auxílio emergencial foi cancelado?
Para algumas pessoas sim. Muitos beneficiários que chegaram a receber a 1ª parcela do auxílio emergencial estão contestando o cancelamento do benefício a partir da 2ª parcela, que não chegaram a receber. Contudo, este cancelamento não foi massivo, e ocorreu somente para alguns perfis que se cadastraram.
Devido às inúmeras críticas feitas ao sistema de análise dos pedidos, e também por conta dos erros de aprovação que foram encontrados, a Dataprev têm sido mais cautelosa ao analisar os solicitantes. Inconsistências que liberaram a 1ª parcela indevidamente estão sendo revistas.
Inclusive, esta melhora na análise dos dados poderá travar a 3ª parcela do benefício para muitos brasileiros. Mas o solicitante pode contestar em caso de cancelamento do coronavoucher, caso cumpra os requisitos e tenha direito ao benefício.
Veja também – A 2ª parcela do auxílio emergencial foi cancelada, e agora?
O Ministro Bruno Dantas do Tribunal de Contas da União alega que a investigação sobre a liberação do auxílio levantou a hipótese do benefício ter sido pago erroneamente a mais de 6 milhões de brasileiros.
Além disso, já foi confirmado pelo Ministério da Defesa que 73 mil militares das Forças Armadas, dentre anistiados, pensionistas, temporários, ativos e inativos, receberam o coronavoucher sem ter direito. O programa “Fantástico” da Rede Globo também apurou que 27 mil foragidos da Justiça também receberam o benefício.
E, por fim, mais recentemente o “Valor Econômico” identificou que um terço dos pertencentes às classes A e B fizeram o pedido pelo auxílio emergencial, e deste total 69% foram aprovados.
Veja também – Como fazer a devolução do auxílio emergencial?
É verdade que vai precisar devolver o auxílio emergencial em 2021?
As pessoas que receberam o auxílio emergencial erroneamente terão que devolver as parcelas recebidas ao governo. Veja quem precisará devolver o benefício:
- Militares das Forças Armadas;
- Pessoas cujos rendimentos em 2020 superem R$ 28.559,70;
- E outras pessoas cujos dados não cumpram os critérios de recebimento e tiveram o benefício pago de forma indevida;
Especula-se que o desconto para as pessoas com rendimentos superiores a R$ 28.559,70 será feito diretamente na declaração do Imposto de Renda. Outras formas de devolução ainda serão anunciadas pelo governo.
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