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Quem está em dúvida entre comprar terreno ou casa pronta deve considerar diversos fatores, como prazo para mudança, disponibilidade de crédito no mercado e custos.
De acordo com levantamento feito pelo QuintoAndar, 39% dos brasileiros pretendiam adquirir um imóvel ao longo do ano de 2023. Destes, 52% planejam comprar um imóvel novo, 36% um imóvel já usado e 12% desejam adquirir um bem ainda na planta. Seja qual for a opção escolhida, comprar terreno ou casa pronta possui vantagens e desvantagens que devem ser consideradas pelo consumidor, conforme explicamos neste texto.
Há diversas modalidades de crédito para quem deseja comprar terreno ou casa pronta, sendo assim, cabe ao consumidor avaliar qual melhor se encaixa em seu perfil.
No financiamento imobiliário, a instituição financeira concede o crédito previamente solicitado pelo consumidor e que é aprovado mediante análise de crédito. O cliente, então, devolve a quantia de forma parcelada e com acréscimo de juros. Uma das características do financiamento é que, normalmente, é preciso pagar a entrada, que varia entre 10% e 20% do preço do imóvel, o que pode dificultar o acesso à modalidade por alguns interessados que não possuem a quantia em mãos.
Dentre o financiamento imobiliário, existem duas principais opções: o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), cada um com suas características específicas. O primeiro, o SFH, é vinculado ao governo federal e abrange, também, o programa Minha Casa Minha Vida. Nele, é disponibilizado crédito para a compra de imóveis de até R$1,5 milhão, com prazo de pagamento entre 120 e 420 meses, e taxa de juros de, no máximo, 12% ao ano.
Já o SFI é vinculado às instituições financeiras privadas e voltado, principalmente, para quem pretende comprar imóveis de valores elevados, que ultrapassam R$1,5 milhão. A taxa de juros começa em 12% e pode chegar a 16% ao ano, com prazo de pagamento de até 420 meses.
O consórcio de imóveis funciona como uma conta poupança ou autofinanciamento coletivos, nele, diversos consumidores com o intuito de adquirir um imóvel formam um grupo de consórcio, que é gerido por uma administradora. Então, os participantes realizam depósitos mensais, que são referentes à prestação do crédito solicitado, e o recurso é usado para conceder a carta de crédito aos consorciados, que é sorteada mensalmente em assembleia. Também é possível antecipar a contemplação da carta de crédito por meio da oferta de lances, em que o consorciado paga parte das prestações futuras de uma só vez.
É importante ressaltar que a carta de crédito deve ser usada para a finalidade indicada em contrato, que neste caso é a compra de um imóvel, seja apartamento, terreno ou casa pronta. Algumas administradoras contam, também, com opções para reformas e construções, mas é preciso alinhar antecipadamente e verificar a possibilidade.
Consórcio ou poupança: qual a melhor opção?
Bem como acontece numa operação de crédito, a decisão entre comprar terreno ou casa pronta também possui aspectos que devem ser avaliados pelo interessado, considerando a realidade financeira e as demandas, como prazo para mudança e exigências estruturais.
Diferente do que acontece quando se compra uma casa pronta, adquirir um terreno e efetuar a construção permite idealizar o imóvel e personalizá-lo da forma que o proprietário considera melhor, portanto, se prefere uma casa térrea ou sobrado, dimensões de janelas e portas, acabamentos, divisão dos espaços e entre e outros.
O prazo para mudança numa casa pronta, se comparado ao terreno que será construído, é consideravelmente menor. Isso porque, apesar da documentação envolvida num imóvel já construído ser mais burocrática, após a conclusão das análises e transferências, o novo proprietário já poderá iniciar a mudança, enquanto no terreno será preciso efetuar toda a construção, que inclusive somente poderá começar após a finalização da etapa de documentos.
Logo, para quem tem pressa em se mudar, a casa pronta pode ser uma opção viável, pois construções podem ultrapassar o prazo estipulado por inúmeros motivos, como imprevistos climáticos ou no próprio espaço, problemas com materiais e afins.
O mercado oferece poucas opções de crédito, como financiamento e consórcio, para quem deseja comprar terreno, diferente do que ocorre com os imóveis já prontos para morar ou apartamentos na planta. Neste caso, há diversas instituições financeiras que oferecem propostas para perfis variados de consumidores. Dessa forma, o interessado precisa analisar qual será a melhor forma de pagamento e quais são as opções disponíveis no mercado, sempre comparando as taxas e prazos de pagamento entre terreno e casa pronta.
A aquisição de um terreno tende a ser mais barata, se comparada à compra de casas ou apartamentos prontos, o que pode ser interessante para não comprometer as finanças. Além disso, no âmbito de valorização, se comparado ao valor pago e a possibilidade de revenda, o terreno tende a ser mais vantajoso. Entretanto, o proprietário precisa incluir nos custos a construção do imóvel no terreno adquirido, e não somente o valor pago pelo mesmo.
Por fim, o último aspecto que vale a pena ser observado é a comodidade. Portanto, para quem não possui tempo e/ou habilidade para solucionar eventuais problemas que costumam surgir durante a construção, comprar uma casa pronta pode ser a melhor opção, porque após a etapa de documentação, o imóvel poderá ser usufruído, caso não haja necessidade de reformas complexas.
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