Consórcio de carro elétrico: como fazer?
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Com o consórcio de carro elétrico, o consumidor pode conseguir o valor integral do bem.
De acordo com levantamento da Neocharge, que utilizou os dados da Secretaria Nacional de Trânsito, há mais de 137 mil veículos elétricos no Brasil, e a estimativa é que até 2040 haja 11 milhões em todo o país. Contudo, apesar do crescente interesse, um dos impeditivos apontados por consumidores é o preço do automóvel. Em 2023, por exemplo, o modelo mais barato comercializado custa a partir de R$120 mil.
Nestes casos, é comum que os consumidores recorram às modalidades de crédito, como é o caso do financiamento de veículo elétrico e, também, o consórcio de carro elétrico, que explicamos como funciona neste texto.
Documentação para consórcio: confira a lista completa
O que é e como funciona o consórcio de carro elétrico?
O consórcio de carro elétrico faz parte do segmento de veículos leves, desse modo, pessoas com um objetivo comum se reúnem através de um grupo de consórcio e, mensalmente, efetuam pagamentos, que são destinados a um fundo comum. Então, são organizadas assembleias mensais, e o grupo participa de sorteios para recebimento da carta de crédito, que é constituída dos recursos pagos por estes. É importante ressaltar que todo o processo deve ser organizado por uma administradora com autorização para prestar esse tipo de serviço.
Qual é a diferença entre financiamento e consórcio de carro elétrico?
A principal diferença entre o financiamento e o consórcio de carro elétrico é que, na primeira modalidade, o consumidor tem acesso ao bem logo após a formalização do contrato, porque o crédito é liberado imediatamente, e somente após ter acesso ao dinheiro, o cliente inicia o pagamento das prestações. No consórcio, contudo, não é possível saber quando a carta de crédito será liberada, sendo assim, o consorciado inicia o pagamento das parcelas antes de adquirir o bem, já que como explicado, são essas quantias que financiam o crédito.
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Quais os documentos para fazer um consórcio de carro elétrico?
No momento da aquisição da cota, o consumidor deve apresentar somente um documento de identificação com foto, como RG ou CNH, CPF e comprovante de renda. Entretanto após ser contemplado, a administradora solicitar documentos complementares, são eles:
- comprovante de residência;
- comprovante de estado civil, portanto, certidão de nascimento para quem é solteiro, e certidão de casamento ou união estável para quem possui cônjuge;
- comprovante de rendimento, que pode ser holerite, extrato bancário, demonstrativo de pagamento, Recibo de Pagamento Autônomo e afins, desde que tenham sido emitidos nos últimos três meses, pelo menos;
- proposta de venda da concessionária ou outra empresa que efetuará a operação.
No momento da aquisição da cota, o consumidor deve apresentar somente um documento de identificação com foto, como RG ou CNH, CPF e comprovante de renda. Entretanto após ser contemplado, a administradora solicitar documentos complementares, são eles:
- comprovante de residência;
- comprovante de estado civil, portanto, certidão de nascimento para quem é solteiro, e certidão de casamento ou união estável para quem possui cônjuge;
- comprovante de rendimento, que pode ser holerite, extrato bancário, demonstrativo de pagamento, Recibo de Pagamento Autônomo e afins, desde que tenham sido emitidos nos últimos três meses, pelo menos;
- proposta de venda da concessionária ou outra empresa que efetuará a operação.
Qual é a taxa de juros do consórcio?
O consórcio se destaca por se tratar de uma modalidade que não possui juros. Isso acontece porque, na prática, não é um empréstimo, mas um autofinanciamento coletivo, já que todos os participantes efetuam pagamentos mensais, e os recursos acumulados são usados para contemplar os consorciados com a carta de crédito. Entretanto, é importante ter em mente que, apesar de ser isento de juros, o consórcio possui outros encargos, como a taxa administrativa, que funciona como uma remuneração à administradora, contribuição para o fundo reserva e seguro.
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Como fazer o consórcio de carro elétrico?
Quem deseja fazer um consórcio de carro elétrico, contará com algumas etapas até o momento da contemplação da carta de crédito e aquisição do bem, que detalhamos a seguir.
Escolha a administradora
A primeira etapa, e bastante importante, é escolher a administradora. Dessa forma, o consumidor deve pesquisar sobre as empresas que oferecem o serviço, a fim de identificar se são confiáveis e prestam serviço de qualidade. Para isso, vale a pena pesquisar o CNPJ da mesma no site do Banco Central do Brasil, e verificar o perfil no ReclameAqui e redes sociais, pois dessa maneira é possível compreender quais são os principais problemas no serviço prestado pela administradora e a resolução.
Adquira uma cota
Escolhida a administradora, faça uma comparação das ofertas apresentadas e analise qual melhor se encaixa em seu perfil e orçamento. Essa etapa é relevante para evitar atrasos posteriores e, até mesmo, a inadimplência. Feita a escolha, é só entregar os documentos solicitados e assinar o contrato, para então começar a pagar as prestações e passar a participar das assembleias.
Participe das assembleias
As assembleias são ocasiões, normalmente mensais, em que são feitos os sorteios das cartas de crédito. É também neste momento em que os consorciados não contemplados podem ofertar lances, com o intuito de antecipar o recebimento da carta. É importante ter em mente que, os participantes que não estiverem em dia com o pagamento das parcelas, não poderão participar do sorteio e/ou ofertar lances.
Adquira o carro elétrico
Por fim, após ser contemplado, o consumidor tem acesso à carta de crédito, que é um documento com o valor solicitado inicialmente e, em alguns casos, reajustado, de modo que seja possível adquirir o bem desejado. A administradora solicitará documentos complementares para a realização da análise de crédito, nessa etapa, é importante ter em mente que o consorciado não pode estar negativado, pois se estiver com o nome sujo, a carta é bloqueada e somente será liberada após a regularização do CPF.
Por outro lado, se não houver qualquer impedimento, a carta de crédito é liberada e basta que o consumidor a apresente à empresa que oferta o bem.
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Vale a pena fazer um consórcio de carro elétrico?
Toda operação de crédito possui fatores positivos e negativos, e o mesmo acontece com o consórcio de carro elétrico. Desse modo, citamos a seguir os principais pontos que devem ser observados pelo consumidor, para que o mesmo avalie se a operação é viável para o seu perfil e necessidades.
Custo total da dívida
O consórcio não possui incidência de juros, porque conforme explicado, não se trata de um empréstimo. Com isso, o Custo Efetivo Total da operação tende a ser menor, se comparado aos empréstimos convencionais ou o financiamento, ainda que haja outros encargos, como taxa administrativa e fundo de reserva. Portanto, essa é uma das principais vantagens da modalidade: o baixo custo final da dívida.
Demora na obtenção
Quando o consorciado não possui recursos financeiros suficientes para ofertar um lance, é necessário aguardar ser sorteado. Neste contexto, a obtenção da carta de crédito e aquisição do veículo pode demorar mais do que o desejado. Logo, a modalidade é recomendada para quem não tem pressa em comprar o carro elétrico e pode aguardar ser sorteado, que é um processo que pode levar meses ou anos, a depender do tempo de contrato.
Não precisa pagar entrada
Diferente do financiamento, no consórcio de carro elétrico não é preciso pagar a entrada, que normalmente varia entre 10% e 20% do valor total do crédito. Essa característica facilita o acesso à modalidade por consumidores que não possuem recursos no momento da contratação. Além disso, por não exigir o pagamento da entrada, o consorciado pode conseguir o valor integral do bem.
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