Leilão de carros recuperados de financeira: vale a pena?
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O leilão de carros recuperados de financeira permite ao consumidor adquirir desde motocicletas e veículos leves, até automóveis pesados e marítimos.
De acordo com levantamento do Superbid Marketplace, o leilão de veículos cresceu 24% no primeiro trimestre de 2019, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Ainda conforme a pesquisa, 91,5% dos compradores são pessoas físicas, enquanto os 8,5% se tratam de empresas que adquirem automóveis para renovar a frota, revender ou aproveitar peças.
A seguir, explicamos como funciona o leilão de carros recuperados de financeira, quando a opção vale a pena e algumas dicas para os consumidores.
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Como funciona o leilão de carros recuperados de financeira?
O leilão de carros recuperados de financeira acontece porque, de modo geral, os consumidores adquiriram o bem em si ou solicitaram algum tipo de serviço de crédito mediante a alienação fiduciária, em que o automóvel foi dado como garantia de pagamento. Então, ao não conseguir arcar com as parcelas da operação, o veículo é tomado pela instituição credora e colocado a leilão, com o intuito de recuperar o valor emprestado.
Em seguida, os interessados em adquirir o veículo devem participar dos leilões, oferecendo lances em um curto período de tempo. Na prática, quem oferecer o valor mais alto e não receber contraproposta, leva o carro. Vale destacar que, cada empresa responsável pelo leilão de carros recuperados pode estabelecer regras específicas, mas a lógica, de modo geral, tende a ser a mencionada.
Qualquer veículo pode ser vendido em leilão?
Sim, qualquer tipo de veículo pode ser encontrado no leilão de carros recuperados, portanto, há desde motocicletas e veículos leves, como automóveis pesados e marítimos. Isso é, o consumidor pode adquirir motos, carros leves, vans, caminhões, lanchas, barcos e jet skis, por exemplo.
Em alguns casos, os leilões podem ser categorizados, dessa forma, um tipo de leilão é voltado, especificamente, a veículos leves, enquanto outro é direcionado a interessados em comprar um veículo marítimo ou pesado.
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Como é feito o pagamento no leilão de carros recuperados?
Depende, conforme já mencionado, cada empresa pode aplicar regras específicas para os leilões. Sendo assim, há as que atuam somente com pagamento à vista, que pode ser em dinheiro ou cartão e deve ser realizado em até cinco ou sete dias após o lance ser aceito.
Por outro lado, há as que permitem o pagamento a prazo, com parcelamento em boleto e, até mesmo, a possibilidade de solicitar um financiamento de veículo, facilitando o pagamento e permitindo a quitação a médio ou longo prazo.
É importante destacar que após ter o lance aceito, o consumidor deverá arcar não somente com o valor do veículo escolhido, mas também com a comissão do leiloeiro responsável, que costuma ser de 5% sobre o valor da venda, além de algum outro custo que possa envolver a operação, como a transferência de nome do proprietário.
Portanto, antes de participar de um leilão de carros recuperados, é importante pesquisar sobre a empresa e quais os meios de pagamento e taxas cobradas. Assim, evita-se surpresas.
Vale a pena comprar um carro em leilão de recuperados de financeira?
Quem tem o intuito de adquirir um carro no leilão deve considerar que, como qualquer operação ou aquisição, há pontos positivos e negativos, que precisam ser avaliados e comparados, de acordo com a própria realidade. A seguir, listamos as principais vantagens, são elas:
Preços acessíveis: por se tratarem de automóveis recuperados pelas instituições, geralmente são vendidos a preços mais baixos, quando comparados aos que estão à venda em concessionárias, mesmo os usados.
Variedade: os leilões de carros recuperados oferecem uma ampla variedade de modelos e tipos de veículos que atendam às necessidades e preferências pessoais de cada consumidor. Inclusive, para quem se interessa por opções consideradas raras ou “antigas”, a opção pode ser vantajosa.
Estado de conservação: há grande possibilidade de encontrar veículos em bom estado de conservação, pois não são todos os carros recuperados por financeiras que apresentam danos graves ou problemas mecânicos significativos. Ainda assim, o consumidor não deve descartar a contratação de um mecânico de confiança, que avalie o veículo como um todo.
Por outro lado, há, também, algumas desvantagens no leilão de carros recuperados, são elas:
Competição: apesar do intuito do leilão ser, principalmente, adquirir um veículo por um valor menor do praticado no mercado, há situações em que a oferta de lances se torna acirrada, podendo ocasionar no aumento do preço do automóvel de forma que a participação no leilão é inviabilizada.
Falta de informações: é bastante comum que o consumidor encontre dificuldade em obter informações detalhadas sobre o histórico de veículo, como a apresentação de problemas mecânicos, ocorrência de acidentes e, até mesmo, registros na documentação legal, como ocorre quando há roubos e/ou propriedades ambíguas.
Não há garantia: os veículos adquiridos mediante leilão, normalmente, não contam com garantia do fabricante ou revendedor. Sendo assim, em caso de problemas posteriores, o novo proprietário terá que arcar com os custos e responsabilização, não à toa é de suma importância avaliar criteriosamente o bem antes de adquiri-lo.
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5 dicas para comprar em leilão de carros recuperados
Por fim, para quem pretende participar de um leilão de carros recuperados e adquirir um automóvel, separamos 5 dicas para ajudar no processo de decisão, que deve ser pensado cuidadosamente, a fim de mitigar possíveis problemas.
Pesquise antecipadamente
Realizar uma pesquisa prévia sobre os modelos e marcas que estão sendo leiloados contribui para que, no momento do lance, o consumidor tenha consciência sobre o valor de mercado do automóvel e, também, as principais características do mesmo, sejam positivas e/ou negativas. Além disso, vale a pena pesquisar sobre a empresa que realiza o leilão e a reputação do leiloeiro, para evitar surpresas desagradáveis.
Leia o edital
O edital é um documento elaborado para registrar oficialmente a oportunidade de compra do automóvel, bem como validar as informações referentes ao bem que será leiloado. Com isso, os possíveis arrematantes comparecem ao local já com os dados em mãos. É também através do edital que são esclarecidas as condições de pagamento, prazos para quitação e possíveis taxas ou encargos embutidos, inclusive a comissão do leiloeiro.
Estabeleça um teto de gastos
É sabido que o momento em que os interessados estão ofertando lances pode se estender e, como mencionado, ultrapassar valores considerados viáveis. Portanto, vale a pena que o consumidor estipule um limite de gastos e o siga, ainda que o veículo desejado ultrapasse o valor e o mesmo se sinta tentado a ofertar uma quantia maior. O intuito é evitar comprometer mais do que o possível do orçamento e cair na inadimplência posteriormente.
Faça vistoria
Se possível, contrate um mecânico de confiança e solicite uma vistoria no veículo desejado antes do leilão, para atestar o estado de conservação do veículo, desde a parte estética e de funilaria, até mesmo problemas técnicos internos, que podem gerar custos e manutenção a curto prazo.
Verifique se possui restrição de venda
Há situações em que o veículo é considerado como “salvado” pelas seguradoras, isso significa que o mesmo possui um histórico de danos e/ou acidentes graves, que depreciaram seu valor e geram preocupação quanto à segurança e confiabilidade do bem. Como consequência, o novo proprietário pode lidar com dificuldade para revender o automóvel, isso quando já não há a restrição de venda, que impede por completo a operação de repasse.
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