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O profissional autônomo também pode solicitar financiamento de imóvel e automóvel, contudo, é preciso reunir documentos para comprovar renda.
O financiamento funciona a partir de um contrato para obter crédito, isso é, o consumidor, que pode ser pessoa física ou jurídica, solicita uma determinada quantia para uma instituição financeira. Essa, por sua vez, ao conceder o valor, estipula um prazo para pagamento, que contará com o acréscimo de juros.
Na prática, o financiamento é utilizado para a aquisição de bens, como imóveis e automóveis, e o prazo de pagamento é de médio ou longo prazo, já que o valor costuma ser elevado. Além disso, em alguns casos, o bem financiado é utilizado como garantia de pagamento da dívida.
Logo, em caso de inadimplência, o imóvel ou automóvel financiado pode ser leiloado, e o valor recebido pela instituição que concedeu o crédito é usado para quitar a dívida do consumidor.
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Todos os profissionais autônomos podem realizar financiamentos, seja de imóveis ou automóveis, os mais populares no Brasil. Há algum tempo atrás, contudo, o acesso a esse tipo de crédito era menos facilitado, já que a comprovação de renda era feita a partir de holerites e da carteira de trabalho, documentos que o autônomo não consegue apresentar, já que não possui vínculo empregatício.
Entretanto, atualmente, as instituições aceitam outros tipos de documentos como forma de comprovar renda, logo, o processo se tornou mais acessível aos autônomos, que podem apresentar o Recibo de Pagamento Autônomo (RPA), extratos bancários e a Decore, por exemplo.
Apesar disso, cabe destacar que alguns critérios continuam existindo para a concessão de crédito em financiamentos, são eles:
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De acordo com a B3, o primeiro semestre de 2021 contabilizou 2,9 milhões de vendas financiadas de veículos. O número representa aumento de 26%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Essa modalidade de financiamento é utilizada para adquirir carro, moto ou outros tipos de veículos.
Portanto, ao conceder o crédito, a instituição financeira repassa o valor para a loja ou concessionária que vendeu o bem, ou seja, quita a dívida do cliente. O pagamento por parte do consumidor, por sua vez, é feito para a instituição de forma parcelada. As prestações são compostas pelo valor emprestado, os juros pré-estabelecidos em contrato, impostos com o IOF e possíveis tarifas de operação.
O financiamento de automóvel para autônomo é o mesmo oferecido aos demais consumidores, no entanto, é importante lembrar que é feita uma análise de crédito, conforme citado inicialmente, logo, é levado em consideração o perfil do cliente para estipular o prazo de pagamento e a taxa de juros.
Dessa forma, como dito, o autônomo consegue financiar um automóvel, inclusive, é possível contar com um dos 2 principais tipos de financiamento: o CDC e o consórcio.
Financiamento CDC para autônomo: o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é considerado um dos mais populares no mercado, e se caracteriza por permitir que a solicitação do crédito seja feita diretamente entre o banco e o cliente. Isso significa que a instituição concede o valor para o cliente, que por sua vez, aplica para financiar o bem que deseja.
Diferente dos financiamentos de automóveis que utilizam a alienação fiduciária, no CDC o veículo fica no nome do comprador. Essa circunstância, contudo, pode gerar taxas de juros mais altas, já que o risco de inadimplência também aumenta.
Consórcio: o consórcio é organizado por uma administradora de consórcios, e nele o consumidor faz parte de um grupo formado por outros compradores. Então, diferente do CDC, em que o bem é adquirido após a concessão do crédito, no consórcio as prestações são pagas, mas o bem só é adquirido após o cliente ser contemplado no sorteio, que acontece todos os meses.
Na prática, o consórcio funciona como uma conta poupança conjunta, em que diversas pessoas interessadas pagam as prestações mensalmente, e o valor é utilizado para adquirir o bem do sorteado.
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O financiamento de imóvel segue a mesma lógica do financiamento de automóvel, neste caso, a concessão do crédito é utilizada para adquirir uma casa, terreno ou apartamento. O valor adquirido, por sua vez, é utilizado pelo banco ou financeira para quitar o imóvel, enquanto o consumidor paga a quantia tomada à empresa de forma parcelada.
O prazo para pagamento varia de acordo com as instituições e o valor tomado, no entanto, há financiamentos que podem ser pagos em até 30 anos, com taxas de juros que levam em consideração, ainda, o perfil do cliente.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, o mês de junho de 2021 bateu recorde no crédito imobiliário, com aumento de 112,2% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Neste percentual incluem, também, os financiamentos de imóveis para autônomos, já que como explicado, a categoria também tem acesso à modalidade.
Atualmente, há basicamente dois tipos de financiamentos principais para a aquisição de imóveis: O SFH e o SFI.
Sistema Financeiro de Habitação: O SFH é um programa do governo federal e, por isso, regulado pelo poder público. A proposta é oferecer um crédito com pagamento a longo prazo e juros baixos, como acontece no programa Minha Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida, e que pode ser utilizado não somente para compra, mas também para reforma ou construção de um imóvel.
Além disso, o SFH permite utilizar o valor do FGTS como entrada ou para liquidar o saldo devedor do financiamento, desde que se encaixe nos critérios estabelecidos pela Caixa Econômica Federal, principal intermediadora.
Sistema de Financiamento Imobiliário: O SFI é outra opção de financiamento para os profissionais autônomos, que engloba os demais financiamentos que não estão no SFH e atende os consumidores que não se encaixam nos requisitos da opção anterior.
Outra diferença é que os recursos do Sistema Financeiro de Habitação utilizam os recursos oriundos do FGTS e caderneta de poupança, enquanto no Sistema de Financiamento Imobiliário os recursos vêm de investidores do setor imobiliário, como bancos e financeiras.
Por isso, a solicitação do SFI é feita diretamente com bancos e instituições autorizadas pelo Banco Central. O processo conta com análise de crédito, do imóvel e assinatura do contrato.
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Por fim, vale ressaltar que é de suma importância que o profissional autônomo reúna todos os documentos que possui para comprovar a renda, já que é a partir dessas informações que o banco ou financeira realiza uma análise acerca da probabilidade do autônomo arcar com a dívida, bem como define o valor e as condições de pagamento.
Os documentos utilizados para comprovar renda, por sua vez, variam de acordo com a atuação do profissional. Sendo assim, os mais comuns são:
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