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Para refinanciar o carro é preciso comprovar renda e ter um veículo em seu nome, que tenha sido fabricado há até 10 anos.
De acordo com os dados divulgados em maio de 2022 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), há, no Brasil, cerca de 945 mil motoristas de aplicativos e taxistas. O rendimento médio desse grupo de trabalhadores, no entanto, registrou queda entre 2016 e 2022, já que atualmente, ainda conforme o Ipea, o valor mensal recebido gira em torno de R$1,9 mil, enquanto seis anos antes a média era de R$2,7 mil.
Em situações como essa, inclusive, é comum que diversos trabalhadores recorram às modalidades de empréstimo disponíveis no mercado para quitar dívidas, reformar a casa ou investir em um negócio próprio, conforme aponta o Índice FinanZero de Empréstimo (IFE). O refinanciamento de veículo, por exemplo, é uma opção que permite ao consumidor utilizar o dinheiro para diversas finalidades e obter taxas de juros menores.
É possível refinanciar um carro que está financiado?
Também conhecido como empréstimo com garantia de veículo, o refinanciamento permite ao consumidor utilizar o próprio veículo como garantia de pagamento das parcelas do empréstimo tomado. Isso porque, o contrato estabelecido é regido pela alienação fiduciária, logo, em caso de inadimplência, a instituição financeira pode obter a posse do bem, a fim de leiloá-lo e quitar a quantia restante.
Apesar disso, durante a vigência do contrato, o proprietário pode continuar utilizando o bem normalmente, só não é permitido, contudo, vendê-lo. Caso seja necessário, será preciso entrar em contato com a instituição credora para reaver o contrato e oferecer outro bem como garantia ou quitar a dívida.
No refinanciamento de carro é possível utilizar a quantia da forma que o solicitante preferir, além disso, por contar com um bem como garantia, as instituições tendem a oferecer taxas de juros melhores e maior prazo de pagamento.
Sim, quem é motorista de aplicativo, inclusive a Uber, pode refinanciar o carro. Para isso, basta que se enquadre nos critérios estabelecidos pelas própria instituições, são eles:
Vale ressaltar que essas são as regras consideradas comuns, portanto, cada instituição pode estipular seus próprios critérios.
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Depende, para definir o valor que será concedido, a instituição financeira realiza uma análise de crédito, que visa compreender o perfil de consumo e pagamento do solicitante, bem como o risco de inadimplência do mesmo. Além disso, também é feita a análise do veículo, para verificar o estado de conservação e o valor de mercado, conforme a tabela Fipe. De todo modo, a concessão de crédito pode chegar até 90% do preço do veículo.
Assim como o valor que será concedido é definido somente após a análise de crédito e do veículo, as condições de pagamento também serão proposta pela instituição financeira depois desse procedimento. No entanto, há instituições financeiras, inclusive parceiras da FinanZero, que oferecem a modalidade com taxas de juros a partir de 0,99% ao mês. O prazo de pagamento, por sua vez, pode chegar a 48 meses, a depender do valor do crédito.
No momento de solicitar o refinanciamento de veículo, as instituições solicitam documentos referentes à vida financeira do consumidor e, também, ao veículo. Portanto, os itens comumente exigidos são:
Cabe destacar que o comprovante de renda é considerado um dos documentos mais importantes, já que é a partir dele que a instituição financeira avalia a capacidade do consumidor de arcar com as parcelas e, a partir daí, define quanto será concedido e quais serão as condições de pagamento.
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As instituições financeiras costumam aceitar diversas categorias de veículos, portanto, além dos carros comuns, podem ser usados:
O solicitante deve se atentar, somente, ao tempo de fabricação do veículo. Isso porque, de modo geral, são aceitos automóveis com até 10 anos de fabricação. Há casos em que as instituições permitem a utilização de veículos com até 15 anos de fabricação, mas não costuma ser comum.
O refinanciamento de carro conta com algumas etapas até a liberação do dinheiro, por isso, é indicado para quem não precisa da quantia de forma urgente. O processo, então, conta com as seguintes etapas:
Análise de crédito: presente em qualquer modalidade de empréstimo, conforme já mencionado, é o momento em que a instituição financeira avalia o perfil do solicitante, portanto, verifica o histórico de pagamento e consumo, e tenta identificar qual é o risco de inadimplência do mesmo.
Análise jurídica: a etapa seguinte consiste numa análise dos documentos do veículo, portanto, é verificado se há alguma pendência ou operação financeira já vinculada ao bem. Também é observada a veracidade das informações prestadas pelo proprietário.
Vistoria do veículo: paralelamente à análise jurídica, é feita a vistoria do carro, em que um profissional avalia o estado de conservação do bem, tempo de uso e o valor do veículo perante o mercado, de acordo com a tabela FIPE.
Formalização do contrato: então, por fim, após a aprovação em todas as etapas, é liberado o documento de formalização da operação, que deve ser assinado pelo solicitante e a instituição credora. Feito isso, o dinheiro é depositado na conta do consumidor dentro do prazo estipulado em contrato.
Aqui na FinaZero, por exemplo, as instituições parceiras liberam o dinheiro em até 48 horas úteis, após a formalização do contrato.
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Depende, para quem precisa de uma quantia alta, o refinanciamento pode ser uma boa opção, já que conta com taxas de juros mais baixas, quando comparado a modalidades como o empréstimo pessoal, e prazo de pagamento estendido. Além disso, por incluir um bem como garantia, o valor disponibilizado tende a ser maior.
Contudo, para quem trabalha como motorista e, consequentemente, tem o veículo como fonte de renda, é preciso atenção e organização financeira, para evitar a inadimplência e a perda do bem.
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