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Quem deseja fazer um empréstimo para investir deve comparar os custos da operação com o retorno previsto, além de analisar os riscos de perda.
De acordo com o Índice FinanZero de Empréstimo (IFE), dentre os pedidos de crédito pessoal em outubro de 2023, pouco mais de 11% eram para realizar investimentos. Além disso, o IFE mostrou, ainda, que 61% dos entrevistados pretendiam solicitar um empréstimo no último trimestre do ano, sendo que destes, 22,1% tinham o intuito de usar o dinheiro para realizar investimentos.
Pedir empréstimo para investir, contudo, é uma operação que demanda atenção, pois conta com aspectos positivos e negativos.
Quais são os custos do empréstimo com garantia?
Como mencionado inicialmente, solicitar um empréstimo para investir o dinheiro, seja em renda fixa ou variável, pode ser vantajoso em determinados cenários. Contudo, o consumidor deve ter atenção a alguns fatores, como listamos a seguir, como taxa de retorno comparada à taxa de juros da operação de crédito.
Ao obter um empréstimo, o solicitante aumenta os recursos disponíveis para investimento e, consequentemente, tem maior chance de diversificar os produtos financeiros, bem como de aumentar o retorno. Sendo assim, para investidores com bom conhecimento do mercado, o empréstimo para investir pode ser interessante.
É comum que, em dados momentos, determinados produtos financeiros apresentem alto potencial de rentabilidade, contudo, se o investidor não possuir recursos para aplicar, não poderá aproveitar a oportunidade. Logo, o empréstimo para investir capital adicional pode gerar bons resultados, se corretamente aplicado.
Se o investimento não tiver retorno positivo ou que, pelo menos, cubra os custos financeiros do empréstimo, o investidor perderá o capital investido e, ainda, terá que arcar com as parcelas do empréstimo. Esse fator, aliás, deve ser bastante considerado por quem pensa em solicitar crédito para investimento, visto que o mercado financeiro é caracterizado pela volatilidade e possíveis perdas constantes.
O empréstimo, como qualquer outra operação financeira, possui custos e encargos em seu valor total, como a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e os juros sobre a quantia obtida. Tendo isso em vista, cabe ao interessado avaliar se estes custos serão cobertos com o retorno do investimento e, também, se haverá lucro real após considerar essas despesas.
Há quatro principais modalidades de empréstimo que podem ser solicitadas com o intuito de investimento. Cada uma delas possui características próprias e é voltada para diferentes grupos.
O empréstimo pessoal é uma modalidade menos burocrática, pois não exige o oferecimento de um bem como garantia e a documentação exigida tende a ser simples. Contudo, as regras para aprovação podem ser mais restritas, como não liberação para pessoas negativadas e exigência de renda mínima. Pelo mesmo motivo, o consumidor costuma conseguir valores baixos ou médios, se comparado às demais opções, portanto, é voltado a quem não precisa de quantias elevadas.
O empréstimo consignado é bastante conhecido entre os consumidores, e pode ser solicitado por trabalhadores em regime de contratação CLT, funcionários públicos, aposentados e pensionistas. Isso porque, as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento do salário ou benefício, tornando a modalidade com baixo risco de inadimplência e concessão de valores maiores. A taxa de juros costuma ser atrativa, pois o salário ou benefício previdenciário funcionam como garantia de pagamento.
O empréstimo com garantia se trata de uma operação de crédito em que o solicitante oferece um imóvel ou veículo como garantia de que as prestações serão pagas. O contrato, então, ocorre mediante a alienação fiduciária, que permite à instituição financeira credora tomar o bem em questão, se houver inadimplência. A taxa de juros dessa modalidade é considerada uma das melhores, e os valores liberados costumam ser altos, porque o crédito é calculado de acordo com o valor do bem perante o mercado.
A antecipação do Saque-Aniversário é destinada aos trabalhadores com saldo disponível na conta FGTS e que são optantes por essa modalidade de saque. Sendo assim, as instituições permitem antecipar até sete parcelas do Saque-Aniversário, que seria liberadas anualmente. O pagamento das prestações é feito com desconto direto na conta FGTS e o valor liberado varia conforme o saldo disponível. Esse tipo de crédito é interessante porque permite movimentar de uma só vez, um valor que demoraria alguns anos, mas é preciso ter organização financeira, porque nos anos seguintes o saldo será bloqueado, até que a dívida seja quitada.
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Como já explicado, fazer um empréstimo para investir requer atenção e análise de diversos fatores, portanto, separamos cinco dicas para quem deseja realizar essa operação.
O retorno da quantia aplicada deve cobrir os custos da tomada de crédito e, ainda, gerar retorno positivo ao consumidor, ou seja, a taxa de juros deve ser menor do que o potencial lucro. Desse modo, quanto menor forem os juros pagos, quando comparados ao retorno do investimento, maior é o indicativo de se tratar de uma boa operação.
Quanto mais longo for o prazo de pagamento do empréstimo, maior tenderá a ser o Custo Efetivo Total (CET) da operação, isso é, o valor total a ser pago, após a incidência de juros e outros encargos. Além disso, prazo de pagamento estendido significa mais tempo pagando as parcelas. Dessa forma, cabe ao interessado analisar se o parcelamento está de acordo com a possibilidade de retorno do investimento.
Qualquer investimento, ainda que de renda fixa, possui algum nível de risco associado. Portanto, antes de solicitar um empréstimo para investir, é essencial avaliar a estabilidade e previsibilidade do produto financeiro em que deseja aplicar, bem como considerar os possíveis riscos envolvidos e se há preparo para lidar com estes.
Ser realista quanto ao valor necessário para investimento, o custo total da tomada de um empréstimo e a quantia necessária em caso de retorno menor do que o previsto é de extrema importância, porque permite realizar projeções e organizar um planejamento financeiro sólido, a fim de evitar prejuízos e, até mesmo, endividamento.
Por fim, a última dica é: faça uma reserva de emergência, que servirá como proteção se houver imprevistos, como não obtenção de retorno da forma esperada. A reserva, vale dizer, deve ser utilizada em último caso.
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