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Planejamento financeiro 2024: o guia completo

Planejamento financeiro 2024: o guia completo

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O planejamento financeiro é essencial para a organização e controle das finanças pessoais, além de ajudar na realização de metas e sonhos.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Leve, fintech de educação financeira, no final do ano passado, 52% dos entrevistados não sabiam como montar um planejamento financeiro. Além disso, 46% afirmaram que não se sentiam confiantes para estabelecer metas de longo prazo.

Um outro estudo, dessa vez feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais do país, mostrou que quase 46% dos entrevistados não realizavam nenhum tipo de controle sistemático de seu orçamento.

O planejamento financeiro, vale dizer, permite às pessoas que melhores decisões sejam tomadas e metas sejam traçadas e alcançadas, tornando a vida financeira mais saudável e estável.

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O que é um planejamento financeiro e qual a sua importância?

O planejamento financeiro nada mais é do que a organização e controle do dinheiro e qualquer outro aspecto que envolve as finanças. Na prática, é a partir do planejamento financeiro que se obtém clareza sobre os rendimentos e gastos, bem como é através dele que é possível estruturar um mapa sobre a própria vida financeira.

Sendo assim, o planejamento financeiro é de suma importância para que os gastos e ganhos sejam avaliados, ao passo que são definidos metas e objetivos que permitirão mapear os aspectos que devem ser melhorados. Com isso, quando bem pensado, o planejamento contribui para a eliminação de gastos desnecessários e redução das chances de endividamento.

Quais são os tipos de planejamentos financeiros?

Conforme mencionado, o planejamento financeiro proporciona organização e estabelecimento de objetivos, visando a saúde financeira dos envolvidos. Desse modo, vale ressaltar, há alguns tipos de planejamentos, sendo os principais: pessoal, familiar e empresarial. A seguir, explicamos a diferença entre eles.

Planejamento financeiro pessoal

O planejamento financeiro pessoal é voltado a uma pessoa específica, ou seja, à gestão e controle das finanças de forma individual. Isso pode ocorrer quando alguém mora sozinho, por exemplo, ou ainda se a pessoa é considerada a única ou principal fonte de renda em uma família.

Planejamento financeiro familiar

Como o próprio nome sugere, diz respeito ao planejamento das finanças de duas ou mais pessoas que possuem rendimentos e despesas. No planejamento financeiro familiar, são considerados diversos fatores, como a soma da receita de todos os integrantes da família, as despesas e, também, as crianças, que contam com despesas, mas não necessariamente possuem algum tipo de renda.

Planejamento financeiro empresarial

Já o planejamento financeiro empresarial é similar ao pessoal, mas direcionado às finanças da empresa, seja grande ou pequena. Essa opção é importante para que haja controle detalhado do negócio ao longo do tempo, com especificações referentes a lucro, prejuízo e reservas emergenciais.

Além disso, através do planejamento financeiro empresarial é possível que seja feita a diferenciação entre as finanças pessoais do empreendedor e de sua empresa.

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Como montar um planejamento financeiro pessoal?

Realizar um planejamento financeiro pessoal envolve considerar diversos aspectos e, naturalmente, é um processo que demanda tempo e aprendizado. Pensando nisso, separamos algumas etapas que podem contribuir no momento de traçar as prioridades e observar as ações realizadas.

1. Faça uma análise da sua vida financeira

Antes de tudo, o primeiro passo é conhecer as próprias finanças, portanto, faça uma análise das dívidas vigentes que possui, as despesas fixas e variáveis, investimentos que deseja realizar, como aquisições de bens, e os rendimentos mensais. Se necessário, utilize uma planilha para anotar todos os valores referentes à entrada e saída de dinheiro.

A partir dessa análise, haverá uma visão completa acerca da situação financeira, e será mais simples compreender se os gastos ultrapassam os rendimentos, por exemplo. Com isso, é possível, também, montar um planejamento eficaz, que seja estruturado considerando a realidade levantada.

2. Estabeleça metas financeiras

Após a análise, já com os detalhes das finanças registrados, inclua no orçamento metas de curto, médio e longo prazo, e estipule um plano para executá-las. Ao fazer isso, o planejamento pode se tornar mais prático, já que definir o destino do dinheiro e os seus objetivos pensados a partir da própria realidade financeira tornam as metas alcançáveis.

Outro ponto de suma importância nessa etapa do planejamento financeiro é indicar quais são as despesas fixas e variáveis, bem como a média de valor que será direcionada a isso. No caso de despesas fixas, há o aluguel e mensalidades, por exemplo, que não passam por variações. Já nas despesas variáveis há as contas de consumo, como água e energia, que oscilam a cada mês.

Em seguida, é o momento de apontar as prioridades e identificar as falhas que estão impedindo uma boa gestão do dinheiro. Portanto, realize a classificação entre gastos essenciais, que não podem deixar de serem pagos, e supérfluos. Para isso, deve ser feita uma avaliação crítica acerca das despesas e, se identificados gastos excessivos, esses devem ser cortados do plano de metas, ainda que temporariamente.

Por fim, determine o teto de gastos do planejamento financeiro, que não deve exceder a soma de todos os rendimentos mensais, mas que deve contar com sobra para a reserva de emergência, que explicaremos mais à frente.

3. Quite as dívidas possíveis

Priorizar as pendências financeiras é uma etapa importante na estruturação do planejamento financeiro, por isso, tenha em mãos todos os detalhes de dívidas vigentes, sejam elas de empréstimos, cartões de crédito, financiamentos e afins, como valores, taxas de juros e prazo de pagamento. Em seguida, as inclua no orçamento de despesas que não podem deixar de serem pagas.

É válido destacar que a quitação de dívidas o quanto antes deve ser considerada uma prioridade no planejamento financeiro, dessa maneira, se for o caso, vale a pena buscar opções de renegociação, a fim de reduzir as taxas e adiantar o máximo possível de parcelas. Isso porque, ao postergar a quitação dessas pendências, os juros tendem a aumentar, junto ao risco de inadimplência do consumidor, tornando-se a chamada bola de neve das dívidas.

4. Reveja o uso do cartão de crédito

Aliado à análise de gastos supérfluos, o cartão de crédito pode ser considerado amigo ou vilão do consumidor que pretende se organizar financeiramente. Isso porque, quando bem utilizado, o instrumento pode ser uma boa opção para compras essenciais de valores elevados, já que permite o parcelamento que, em muitos casos, não conta com juros.

Por outro lado, o item é comumente responsável pelo endividamento entre os brasileiros, portanto, cabe os seguintes alertas:

  • tenha atenção às compras parceladas, e opte por essa opção somente em caso de bens e serviços essenciais, sempre considerando o teto de gastos dos próximos meses;
  • entre em contato com a instituição financeira emissora do cartão de crédito e verifique a possibilidade de redução ou isenção da anuidade;
  • evite os pagamentos à vista no cartão de crédito, ou seja, que não são parcelados. Esse tipo de gasto, que é “jogado para o próximo mês”, pode estourar o orçamento. Em situações como essa, opte pelo pagamento em débito ou dinheiro, principalmente se a opção em questão oferecer desconto.

5. Guarde uma parte do salário

Após compreender quais são as despesas essenciais e supérfluas e estipular o teto de gastos, outra etapa importante do planejamento financeiro é definir um percentual do salário ou outro tipo de rendimento que deverá ser guardado. Essa quantia, vale destacar, pode ser usada para investir em previdência privada, poupança ou outros tipos de investimentos, que prezam pelo futuro financeiro.

Esse tipo de ação é individual, já que cada pessoa pode buscar o método que mais se adeque à sua realidade e objetivo financeiro. Dentre as alternativas mais conhecidas, estão:

Regra dos 10%: é uma das formas mais conhecidas de guardar dinheiro, e consiste basicamente em poupar 10% do rendimento mensal. Sendo assim, uma pessoa que recebe R$3.000 ao mês, por exemplo, pouparia R$300.

Regra 50-15-35: nesse método, o valor total recebido é dividido em três partes, então, 50% são para os gastos fixos, como aluguel, alimentação e despesas comuns. Os 15% são destinados às prioridades financeiras, como investimentos, e, por fim, os outros 35% voltados para estilo de vida, como compras, lazer e idas a restaurantes.

Regra 50-30-20: esse método, por sua vez, segue a mesma lógica do anterior, mas com percentuais diferentes. Portanto, os 50% continuam voltados às despesas fixas e essenciais, enquanto 30% é destinado aos gastos variáveis e dispensáveis, como lazer, TV por assinatura e afins. Então, os 20% devem ser direcionados à reserva financeira, que poderá ser usada ainda para aquisição de bens móveis e imóveis ou investimentos.

6. Crie uma reserva de emergência

Diferente da quantia guardada no intuito de estruturar um futuro financeiro, citado no tópico anterior, a reserva de emergência nada mais é do que aquele dinheiro disponível a qualquer momento, em caso de extrema necessidade. Essa reserva pode ser útil, inclusive, quando o consumidor é pego de surpresa em uma reforma ou aquisição emergencial, que por não ser planejada, consequentemente impactará no teto de gastos.

A reserva emergencial pode ser construída a partir das quantias poupadas nas diversas categorias de gastos, desse modo, é comum que não haja uma regra acerca do percentual guardado. Apesar disso, é de extrema importância e deve ser considerada no planejamento financeiro.

7. Invista o dinheiro

Investir a quantia guardada pode ser uma boa opção a médio e longo prazo, para isso, é possível recorrer às modalidades de renda fixa, como Tesouro Direto e CDB. Essas opções são voltadas às pessoas consideradas conservadoras ou iniciantes, porque os produtos financeiros apresentam características previsíveis, logo, trazem mais segurança para quem investe.

Contudo, quem preferir, também encontra outras opções de investimentos no mercado financeiro, como a renda variável, que permite rendimentos mais elevados, com a contrapartida de risco maior. Ou seja, há modalidades para diversos perfis e, além disso, para começar a investir não é preciso aplicar quantias elevadas.

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5 dicas que vão te ajudar no planejamento financeiro

Tendo em mente as etapas mencionadas nos tópicos anteriores, separamos, ainda, cinco dicas que podem ajudar quem deseja estruturar um planejamento financeiro.

Mantenha as planilhas atualizadas: registrar a entrada e saída de dinheiro é um dos aspectos fundamentais para um bom controle financeiro, pois garante maior controle e contribui para o diagnóstico prévio. É válido lembrar que é a partir dessas informações que são avaliados os pontos fracos e fortes das finanças, mesmo após a estruturação do planejamento financeiro.

Evite compras por impulso: é sabido que em diversos momentos a emoção pode “falar mais alto”, entretanto, se isso acontecer, se dê alguns minutos para refletir sobre a real necessidade daquela aquisição. Se for uma compra pela internet, por exemplo, deixe os itens no carrinho e retorne no dia seguinte, após repensar se a compra é realmente um gasto necessário ou reprodução de vício.

Compare preços: quando for preciso adquirir um produto ou serviço, principalmente pela internet, utilize sites e aplicativos que permitem a comparação de valores, como é o caso do Zoom, que oferece comparativos em diversas categorias de produtos, desde eletrodomésticos e eletrônicos a decorações.

Considere os imprevistos: os imprevistos são as maiores certezas que temos, isso significa que eles sempre acontecerão e não há como ter qualquer tipo de controle. Dessa forma, leve-os em consideração e mantenha sempre uma margem de reserva para essas situações, pois geralmente envolvem despesas, que podem ou não serem elevadas.

Leia sobre educação financeira: para além de montar um planejamento financeiro, é de extrema relevância ler e estudar sobre o assunto, desse modo, as estratégias traçadas contam com melhores embasamentos e objetivos palpáveis, tornando-se algo alcançável e positivo.

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Aplicativos que auxiliam no planejamento financeiro

Conforme mostrado, existem inúmeras metodologias para se pensar no planejamento financeiro, além disso, a organização conta com diversas etapas complementares, sendo uma das principais o registro da entrada e saída de recursos, para que haja o controle das finanças ao longo do mês.

Atualmente, inclusive, é possível contar com aplicativos que auxiliam no planejamento financeiro das pessoas, pois permitem o detalhamento das despesas e receitas, como mostramos a seguir.

Orçamento Fácil: disponível para Android e iOS, o aplicativo conta com tela inicial customizável, onde é possível destacar as principais categorias. Nele, há ainda a possibilidade de sincronizar contas bancárias, incluir cartões de crédito e criar orçamentos personalizados com diversos tipos de despesas.

Monefy: o aplicativo permite que o usuário acesse gráficos com gastos diários e mensais, e tenha uma visão ampla sobre as despesas em diversas categorias, como transporte, alimentação, compras e saúde. O Monefy está disponível para Android e iOS e conta com uma versão gratuita.

Guiabolso: também disponível para Android e iOS, o aplicativo oferece a sincronização entre contas bancárias e cartões de crédito, bem como visualização de extratos e organização do saldo em categorias diversas. Além disso, o usuário recebe mensalmente um relatório sobre as principais informações das finanças no período que passou.

Mobills: o aplicativo permite o controle financeiro pessoal e familiar, sendo assim, possibilita a integração entre duas ou mais contas. Da mesma forma, oferece o gerenciamento de cartões, sincronização de contas bancárias, definição de metas de gastos e acompanhamento de relatórios. O app está disponível para Android e iOS.

Organizze: também disponível para os usuários do Android e iOS, o aplicativo Organizze conta com a integração de contas bancárias e cartões de crédito de diversas instituições financeiras, e fornece um demonstrativo dos lançamentos mensais. Além disso, é possível organizar os gastos em categorias e subcategorias, o que permite detalhar a saída de recursos.

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