Quanto rende a renda fixa?
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A rentabilidade da renda fixa varia de acordo com a taxa de juros ou o indicador de referência estabelecido.
De acordo com o relatório divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), dentre os brasileiros que investiram em 2020, 53% aplicaram o dinheiro em produtos financeiros, como ações, títulos e fundos.
Ainda de acordo com a pesquisa, feita em parceria com o Datafolha, a caderneta de poupança teve queda de oito pontos percentuais, representando 29% dos investimentos, enquanto os demais produtos financeiros demonstraram aumento.
Neste cenário, cabe ressaltar que existem diversos tipos de investimentos, que podem ser categorizados em dois principais grupos: renda variável e renda fixa. De forma geral, essa classificação leva em consideração, principalmente, a forma como eles rendem. A seguir, vamos explicar a diferença entre elas e quais são os tipos de investimentos em renda fixa.
Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?
Renda fixa e renda variável são formas de classificar produtos financeiros com base no retorno financeiro destes. Dessa forma, investimentos em renda fixa contam com retorno financeiro previsto no momento da aplicação, enquanto os de renda variável não possuem retorno previsível.
Na prática, funciona assim, quem investe em renda fixa consegue prever a rentabilidade da operação antes mesmo de aplicar o dinheiro. Isso acontece porque os produtos financeiros de renda fixa são atrelados a uma taxa fixa ou a um índice, que ainda que haja variações, é considerado previsível.
Sendo assim, os investimentos em renda fixa oferecem menos riscos, em contrapartida, a rentabilidade também é considerada menor, quando comparada aos produtos financeiros de renda variável.
Os investidores de renda variável, por sua vez, seguem na contramão do investimento anterior, pois eles não possuem retornos previsíveis. Portanto, ao aplicar o dinheiro em ativos financeiros de renda variável, é possível especular a rentabilidade, contudo, não há certeza de quanto será o retorno.
Isso acontece porque os investimentos dessa categoria estão expostos às oscilações do mercado, logo, um ativo pode subir em um dado momento e cair em outro. Além disso, nos investimentos em renda variável há maior probabilidade de perder dinheiro, justamente por causa das oscilações, que podem gerar prejuízos.
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Quanto rende a renda fixa?
Como dito, enquanto os investimentos em renda variável estão expostos às oscilações do mercado, que variam ainda de acordo com o setor, os investimentos em renda fixa são atrelados a taxas de juros fixas ou índices.
Essas condições podem variar de acordo com o tipo de papel e a partir de cada emissor, por isso, não é possível estipular um valor fixo de rentabilidade. Ainda assim, é possível estipular os indicadores de referência comumente aplicados aos investimentos em renda, que são a Selic, o CDI e a TR.
Selic
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, logo, é utilizada como referência para as operações de crédito, como definição das taxas de juros praticadas pelos bancos, ou ainda para estipular a rentabilidade de investidores que adquirem os títulos de renda fixa, por exemplo. Essa taxa é definida periodicamente pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central.
Portanto, quando uma aplicação tem interferência direta da Selic, como acontece na caderneta de poupança, as taxas praticadas servirão como base para a rentabilidade. Dessa forma, quando a Selic está em baixa, diminui os ganhos, já quando a Selic está em alta, aumenta esse rendimento.
CDI
A sigla CDI se refere a Certificado de Depósito Interfinanceiro, e sua taxa é calculada a partir da média de juros dos empréstimos realizados entre as instituições financeiras a curto prazo. Ou seja, o CDI é formado através da compra e venda de títulos privados entre os bancos, que realizam essas ações para financiar seus processos.
O CDI e a Selic costumam possuir taxas próximas, pois o primeiro é impactado pela segunda, já que, como dito anteriormente, a Selic é a taxa básica de juros da economia, logo, serve como base para diversas outras taxas de abrangência nacional, inclusive o CDI, que normalmente está 0,10 ponto abaixo da Selic, em média.
Sendo assim, é comum que o rendimento de produtos financeiros seja apresentado como um percentual do CDI, por exemplo, 100% do CDI. Então, ele renderá a totalidade do índice CDI durante o período. Para facilitar, é possível utilizar a calculadora do Banco Central e consultar quanto rende um produto financeiro com base no CDI.
TR
A Taxa Referencial (TR) é utilizada como um indicador para atualização monetária de alguns tipos de aplicações financeiras e operações de crédito. Ela corrige, por exemplo, o rendimento da poupança e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O percentual da TR é calculado diariamente e é um pouco menor que o da Taxa Básica Financeira (TBF), que por sua vez, é calculado a partir das taxas médias praticadas em negociações de títulos públicos prefixados. De acordo com o Banco Central, em dezembro de 2021 a Taxa Referencial passou a ser de 0,083%.
Vale ressaltar que além dos indicadores de referência, a rentabilidade de um produto financeiro também leva em consideração o tipo de remuneração, que atualmente conta com três opções: pré-fixado, pós-fixado e híbrido.
Pré-fixado: em ativos pré-fixados, os juros são fixos e estabelecidos no momento da aplicação, dessa forma, é possível calcular quanto o dinheiro renderá antes mesmo do vencimento e independentemente das condições do mercado.
Pós-fixado: a rentabilidade é atrelada a algum indicador de referência, como a Selic ou a taxa do CDI. Com isso, o investidor sabe qual indicador servirá de referência, mas não tem certeza do quanto terá de retorno, pois a taxa pode variar ao longo do tempo.
Híbrido: como o próprio nome sugere, o híbrido une o pré-fixado com o pós-fixado, portanto, uma parte da rentabilidade é estabelecida no momento da aplicação através de uma taxa de juros fixa, enquanto a outra parte é atrelada a um índice econômico, que pode ser inclusive o IPCA, que observa as tendências da inflação no país.
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Tipos de investimento em renda fixa
Quando uma pessoa investe em renda fixa, está emprestando dinheiro para os emissores dos títulos adquiridos. Na prática, os emissores dos títulos vendidos de renda fixa, isso é, quem toma o dinheiro emprestado, são os bancos, empresas privadas e o governo. O que diferencia esses títulos é que os primeiros vendem títulos privados, enquanto o governo vende títulos públicos.
O retorno financeiro, por sua vez, acontece através da devolução da quantia aplicada, acrescida de juros, que é calculada a partir de uma taxa ou índice pré-definidos, e que leva em consideração o período em que o recurso ficará aplicado.
Dessa forma, existem diversos tipos de investimentos em renda fixa, entretanto, vamos citar os mais comuns a seguir.
CDB: o Certificado de Depósito Bancário funciona como um tipo de empréstimo, mas voltado às instituições financeiras. Dessa forma, o dinheiro aplicado através da aquisição de títulos é utilizado pelos bancos para financiar suas atividades, como oferecimento de crédito ou pagamento de dívidas.
Tesouro Direto: o Tesouro Direto segue uma lógica parecida ao CDB, contudo, os títulos são emitidos pelo governo, logo, quem aplica está emprestando dinheiro para uma instituição pública. A captação de recursos, neste caso, é utilizada para o desenvolvimento de áreas como saúde, infraestrutura e educação, por exemplo.
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LCI e LCA: As siglas são referentes a Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio, respectivamente. Quem investe em LCI e LCA está emprestando dinheiro às instituições financeiras, que por sua vez, estão vinculadas às atividades de crédito do setor imobiliário ou do agronegócio.
Debêntures: as debêntures são títulos privados emitidos por empresas, que utilizam a quantia aplicada para quitar dívidas ou financiar projetos internos, como expansão internacional ou construção de uma nova unidade, por exemplo.
CRI e CRA: o Certificado de Recebíveis Imobiliários e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio, respectivamente, são produtos financeiros que permitem às empresas desses setores transformarem uma dívida em título. Dessa forma, através da contratação de uma securitizadora, a empresa recebe antecipadamente o dinheiro que seria pago pelo consumidor de forma parcelada.
Letra de Câmbio: este é um título privado oferecido pelas financeiras, que são as empresas de crédito, financiamento e investimento. Logo, ao aplicar em um investimento como esse, a quantia que será emprestada à empresa que emitiu o título, poderá ser utilizada para oferecer crédito e outros serviços aos consumidores, bem como para quitar dívidas.
Caderneta de poupança: a poupança é considerada o investimento mais comum no Brasil, e na prática, basta que o dinheiro fique depositado em uma conta poupança durante um período, para que a quantia obtenha um rendimento.
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Em qual renda fixa investir?
Conforme mostrado, a renda fixa é uma categoria com diversos tipos de investimentos, além disso, é voltada para quem possui um perfil considerado conservador, ou seja, que não pretende correr riscos. Da mesma forma, os produtos financeiros oferecidos podem ser uma opção vantajosa para quem está começando a investir.
No momento de decidir em qual renda fixa investir, é válido levar em consideração as taxas de rentabilidade, bem como qual é o indicador de referência utilizado, pois a depender do caso, é possível que haja variação considerável entre um produto e outro.
Por fim, vale observar títulos que possuem liquidez diária, pois assim o investidor pode obter mais flexibilidade no momento de aplicar e resgatar a quantia.
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