Varejo tem pior desempenho no natal desde 2003
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Com a pandemia o varejo foi um dos setores que mais sofreu e a baixa em vendas de natal bateu recorde
O final de ano, como qualquer data comemorativa, aquece o comércio em todo o país. Mas os feriados de natal e ano novo, no geral, batem recordes de venda. No ano de 2019 a expectativa foi de que o comércio movimentasse R$ 60 bilhões, enquanto a estimativa para 2020 foi de R$ 38,8 bilhões.
Apesar de os municípios terem permitido horários alternativos para os comércios, muitas pessoas escolheram comprar pela internet. Mas também muitos tiveram redução na renda familiar e preferiram não fazer compras.
Enquanto isso, o e-commerce cresceu, com muitos dando preferência a não sair de casa e as promoções durante o ano para compensar a baixa em vendas.
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Desempenho do varejo
A análise da semana do natal em 2020 mostrou queda significativa em relação ao ano anterior, cerca de 10,3%. De acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, esse foi o pior resultado desde 2003, primeiro ano em que foi medido.
O final de semana que antecede o natal, dias 18 a 20 de dezembro, também registrou queda. De acordo com dados, se comparado ao mesmo período do ano de 2019, em 2020 a queda foi de 5,6%. São Paulo registrou a menor queda do país, com 7,8% na semana e 1% no fim de semana de 18 a 20.
Esses dados são feitos com base na venda em comércios físicos, sendo assim especialistas acreditam que essa queda aconteceu por conta da segunda onde de Covid-19.
Além disso, outros motivos possíveis seriam o fim do auxilio emergencial e o brasileiro adiantou as compras durante a black friday, nesse período houve alta de 6,1% nas vendas em lojas físicas.
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E-commerce X Varejo físico
Enquanto o varejo sofreu com as lojas físicas, as vendas online tiveram a maior alta em vinte anos. No primeiro semestre de 2020 o faturamento subiu em 47%, ou seja, o e-commerce lucrou R$ 38,8 bilhões, nos primeiros seis meses de 2020.
Antes da pandemia acontecer, a previsão de crescimento do e-commerce era de 18%, mas ganhou 7,3 milhões de novos consumidores. Esse crescimento se deve ao isolamento social, que era mais forte no início. Com ele muitos não saíram de casa, enquanto os que precisavam sair para trabalhar resolveram se aventurar nas compras online.
O pico aconteceu entre cinco de abril e 28 de junho, quando a maioria das cidades aderiu ao isolamento ao mesmo tempo. Ao comparar com o mesmo período em 2019, os pedidos subiram em 70%.
Por isso também, muitos varejistas finalmente começaram a migrar seus negócios para o e-commerce. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico 150 mil novas lojas online surgiram entre março e julho. Além disso, grandes e-commerces, como Magazine Luiza por exemplo, abriram espaço para pequenos comerciantes, para evitar que mais deles falissem.
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Pandemia e auxílio emergencial
No final de 2019 uma epidemia surgiu na cidade de Wuhan na China, logo depois ela se espalhou pelo mundo. O Covid-19 chegou ao Brasil e com ele a quarentena, que seria de 14 dias inicialmente. Essa pandemia já matou mais de 1,9 milhões de pessoas no mundo e 203.580 só no Brasil.
Para conter a doença e as mortes a quarentena iniciou e com ela muitos comércios fecharam, isso afetou o varejo causando uma queda enorme nas vendas. A quarentena iniciou em março e continua até agora, sem uma previsão exata para acabar.
O Governo Federal iniciou o auxílio emergencial em abril de 2020, esse benefício visava diminuir os impactos da pandemia e desemprego. O governo fazia o pagamento pelo app Caixa Tem, que gerou vários problemas ao longo dos meses.
Esse benefício consistia em seis parcelas de R$ 600 reais, ou R$ 1220 no caso de mães líderes de família. Logo após isso iniciou o auxílio no valor de R$ 300, mas todos os pagamentos terminaram em dezembro. O ministro Paulo Guedes declarou que não estenderiam o pagamento para não comprometer o ano de 2021.
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Desemprego
Parte da crise e da queda no varejo se deve aos desempregos que o covid causou. De acordo com o IBGE os números bateram recorde no terceiro trimestre, chegando a 14,6%. Com muitos comércios falindo o número de desempregados passou de 14 milhões nesse período. Ainda de acordo com o IBGE 883 mil vagas fecharam no terceiro trimestre.
Além disso, economistas acreditam que a taxa pode chegar a 17% em 2021, já que para o IBGE o número de desempregados se dá pela quantidade de pessoas que procuram um emprego. Com o fim do auxílio a tendência é que mais pessoas voltem a buscar um emprego, subindo essa taxa.
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