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Pix: o que é e como funciona?

Pix: o que é e como funciona?

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Sistema Pix, pagamento instantâneo, promete inovar as operações bancárias

No dia 19 de fevereiro o Banco Central anunciou o Pix como um “serviço inovador”, com o slogan de “Um novo jeito de pagar ou transferir. Instantâneo. Fácil. A qualquer hora ou dia.”

O meio de pagamento eletrônico chega com o propósito de entrar como a mais nova alternativa de transferências e pagamentos. Atualmente o Brasil tem os modelos tradicionais como:

  • TED (Transferência Eletrônica);
  • DOC (Documento de Ordem de Crédito);
  • boleto;
  • cheque e cartões.

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O que é o Pix?

O Pix é um novo meio de pagamento e de transferências instantâneo desenvolvido pelo Banco Central (BC). Tem como objetivo facilitar e baratear as transações financeiras.

Ele já está em funcionamento, em todas as instituições, desde o dia 16 de novembro. Com isso, estará disponível para todos os cidadãos do país que estiverem cadastrados com a chave necessária de acesso.

A expectativa é que o sistema acabe substituindo os modelos tradicionais, como TED e DOC, aos poucos.

Isso porque, o Pix vai permitir que as transações aconteçam instantaneamente e poderão ocorrer em qualquer horário do dia e em qualquer dia da semana, incluindo feriados ou finais de semana.

Isso tudo porque na prática, entre suas várias funções definidas, ele permite fazer transferências e pagamentos em até dez segundos.

Além disso, o Pix trabalha para fazer transferências digitando apenas o celular ou CPF da pessoa que vai receber o valor. O que acaba com a atual a necessidade de digitar todos os dados da conta.

Diferente das demais transferências bancárias, é normal mandar o dinheiro em tempo real a lojas, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais, além de quitar contas de água e luz, e até mesmo recolher impostos.

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Como o Pix funciona?

Para que o brasileiro possa utilizar o Pix vai ser necessário que ele tenha uma conta. Pode ser:

  • conta-corrente;
  • conta poupança;
  • ou, ainda uma conta salário.

Em um banco ou fintech.

O dia e horário da transação pode ser acordado entre as partes já que não há restrições quanto a isso. As transações poderão ser feitas de quatro formas diferentes:

  • QR Code estático – poderá ser usado em múltiplas transações e permitirá que o usuário defina um valor fixo;
  • QR Code dinâmico – uso exclusivo para cada transação feita e vai ser permitido inserir informações adicionais;
  • Links gerados no smartphone,
  • Ou pela inserção de chaves.

Essas “chaves” são dados (informações) sobre o usuário que vão servir como uma forma de identificação. Alguns exemplos de chaves são:

  • Número de celular do usuário;
  • Número do CPF (Cadastro de Pessoa Física);
  • E-mail do usuário,
  • Número do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).

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Como os métodos tradicionais funcionam?

Atualmente, o Brasil conta com dois modelos tradicionais diferentes:

DOC – Documento de Ordem de Crédito

  • Funciona somente durante os dias úteis;
  • Dinheiro cai na conta no dia seguinte da transferência;
  • Se for transferido depois das 22 horas pode levar mais de um dia útil;
  • Não há valor mínimo para as transferências,
  • Permite transações somente até R$4.999,99.

TED – Transferência Eletrônica Disponível

O TED foi criado em 2002 pelo Banco Central e apresenta as seguintes características:

  • Funciona somente durante os dias úteis;
  • Se realizado antes das 17 horas o dinheiro cai no mesmo dia, caso contrário o dinheiro será creditado no dia seguinte;
  • Não há valor mínimo para as transferências,
  • Permite transações acima de R$5 mil.

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O que é diferente no Pix?

A principal característica do Pix é sua agilidade.

Pois, se uma TED ou um DOC podem levar horas ou até dias para acontecer, a depender do horário, com o Pix a movimentação financeira é na hora. E

O Pix também tem o intuito de mudar os fluxos de pagamentos de forma geral.

No momento em que o Brasil encontra-se para um pagamento eletrônico acontecer é necessário:

  • uma conta origem (que é onde o dinheiro vai sair);
  • conta destino ( local em que o dinheiro irá entrar);
  • emissor de cartão (banco ou instituição financeira);
  • uma adquirente (dona da maquininha);
  • uma bandeira de cartão e um processador (que conecta todos os intermediários).

Com o Pix, os intermediários entre as contas deixam de ser não são necessários. Em alguns locais do mundo essa forma, hoje tão comum no Brasil, já é obsoleta. Isso porque existem pagamentos similares ao Pix.

Desse modo, com a entrada do Pix para o sistema financeiro nacional, portanto, não importará mais qual é o meio de pagamento, mas se a conta que o cliente está usando está integrada ao Pix.

Certamente, na prática do dia a dia isso significa que ninguém mais vai querer saber se sua conta é do banco X ou Y para fazer uma transferência ou a bandeira do cartão na hora da compra de um produto. Acaba com o fluxo de pagamento do TED. E cai a necessidade de tirar cartões das mais diversas bandeiras.

Qual cronograma do Pix?

ProcessoData
Aprovação da regulamentação12 de agosto de 2020
Circuito Pix13 e 14 de agosto de 2020
Fase de cadastramento05 de outubro de 2020
Lançamento16 de novembro de 2020

O que é o Circuito Pix?

Com o objetivo de esclarecer e trazer respostas de forma direta e transparente relacionadas ao Pix, o Banco Central vai fazer uma série de lives no canal do Youtube da instituição entre hoje (13) e amanhã (14).

O evento é gratuito e voltado para o corpo técnico das instituições financeiras, mas qualquer pessoa pode assistir.

O que são as chaves Pix?

As chaves nada mais são que uma forma de identificar o usuário dentro do universo amplo do Pix.

Dessa forma, elas são projetadas para funcionar como o endereço da sua conta no novo sistema, ou um “apelido” da conta, como definiu o BC. Para exemplificar, imagine que você conhece duas pessoas chamadas Luiza, mas uma tem o apelido de Lu e a outra de Luli. Com isso, você sabe como distingui-las sem precisar falar o nome completo delas. A mesma coisa são as chaves do Pix.

A chave Pix pode ser:

  • CPF/CNPJ;
  • o celular;
  • e-mail
  • chave aleatória, que é um código que usa as especificações alfanuméricas (formado por números e letras) gerado pelo sistema integrado pelo Pix.

Vale ressaltar: é essa chave que vai permitir que a pessoa que faz um pagamento via Pix, transfira o dinheiro para a conta de outra digitando apenas o celular ou o CPF dela. Então não dá pra usar sem ter essa chave.

Ao informar a chave, o sistema já vai saber para qual conta deve enviar o dinheiro.

Veja também – TED ou DOC: entenda as diferenças destas transferências

Quantas chaves do Pix posso ter?

Cada pessoa física pode ter até cinco chaves por conta que estiver sob sua titularidade. E, ainda assim cada pessoa jurídica pode ter até 20 chaves, também por conta.

Contudo, só não é possível repetir a mesma chave para contas diferentes, porque como o código vai funcionar como o endereço de entrega dos valores, o sistema não identificaria para qual conta transferir o valor. Ainda usando o exemplo anterior, é como não poder dar o mesmo apelido para duas pessoas diferentes, já que isso iria resultar em uma confusão imensa se as duas pessoas convivem no mesmo grupo de amigos.

Respeitadas essas condições, uma pessoa pode ter 15 chaves, por exemplo, em contas de até três bancos diferentes.

Como funciona o cadastro no Pix?

O registro vai acontecer nos próprios canais do banco ou fintechs no qual o usuário tem conta, como o internet banking ou, em alguns casos, o aplicativo.

Decerto que o cliente deverá informar à sua instituição financeira qual chave Pix vai querer usar para fazer seu cadastro, ele mesmo determina e não a instituição.

Em suma, ao definir a chave e dar o aval para fazer o cadastro, a instituição financeira envia a informação do cliente para o BC finalizar o cadastro em seu sistema.

Dessa forma, bancos, fintechs e outras instituições financeiras serão intermediadores entre o BC e o consumidor final.

Para fazer o cadastro da chave e passar a usar o Pix, basta procurar pela seção “Pix” dentro do app ou internet banking do seu banco.

Isso porque todas as instituições financeiras participantes são obrigadas, pelo regulamento do BC, a ter a nova opção no menu de suas plataformas.

Mas, desde o início do cadastro, no dia 5 de outubro, a grande maioria das instituições também está mandando notificações para lembrar os usuários de efetuar o cadastro. Com mensagens que avisam a importância dessa nova modalidade de transferência.

Por que usar o Pix?

De acordo com o responsável por todas as ações financeiras do País, o Banco Central. O Pix promete aumentar a velocidade dos pagamentos e das transferências.

Primeiramente, tem o potencial de alavancar a todo o sistema de competição e a eficiência do mercado. E, ainda, deve baixar o custo das transações, uma vez que é praticamente 100% gratuito para pessoas físicas (com algumas exceções únicas) e deve ter tarifas menores para empresas do que os demais serviços semelhantemente precisos.

Segundo o Banco Central, outras vantagens seriam:

  • aumentar a segurança;
  • aprimorar a experiência dos clientes;
  • promover a inclusão financeira de pessoas que não usam bancos ou quaisquer instituições financeiras– já que não é preciso ter uma conta em banco para usar o sistema.

Além que com uma conta digital ou em uma plataforma de pagamento (como Mercado Pago ou Pic Pay), que exige menos documentos e burocracias do que em bancos, já é possível fazer pagamentos via Pix.

O que quer dizer Pix?

Assim como muitas outras palavras que estão impressas no nosso vocabulário Pix não é algo que tem significado em português. E também vale ressaltar que não é uma sigla como o TED ou o DOC. A marca Pix vem da junção de três conceitos:

  • tecnologia;
  • transações financeiras
  • pixel (esse último uma unidade de representação visual).

Apesar de o nome, de fato, começa com as iniciais de Pagamentos Instantâneos, o BC explicou que o ‘x’, vem da variável da matemática, que representa qualquer número.

Portanto, no Pix, o ‘x’ tem a intenção de representar as inúmeras possibilidades de uso do sistema; Como

  • os pagamentos entre pessoas
  • entre empresas;
  • para o governo;
  • para e-commerces;
  • e outros.

O Pix é obrigatório?

Não!

Pessoas físicas não são obrigadas a se cadastrar no Pix, nem as empresas não financeiras.

Ninguém é obrigado a se cadastrar em nenhum serviço financeiro contra a vontade, isso pode ser caracterizado como crime de coerção.

Mas todas as instituições financeiras com mais de 500 mil clientes foram obrigadas pelo BC a implementar o sistema e oferecê-lo como opção aos seus clientes.

O cadastro é algo que pode ser positivo, já que o objetivo é popularizar o sistema em larga escala e as pessoas e empresas que não se cadastrarem ficarão à margem de um serviço usado por uma parcela ampla da população.

Fraude no Pix é possível?

Se a chave Pix estiver cadastrada no sistema, sempre que um terceiro tentar usá-la haverá uma comprovação necessária de identidade.

Já no caso do celular, não é possível cadastrar o número de outra pessoa como a sua chave Pix sem ter o aparelho em mãos para fazer a confirmação.

Autenticação do Pix pelo celular

O sistema do Pix, formulado pelo BC, pede uma autenticação dupla: ao tentar cadastrar um celular nas transferências eletrônicas, além da senha do app do banco, o usuário precisa informar o código que recebeu via SMS no aparelho associado àquele número.

Autenticação do Pix por e-mail

Com o e-mail, o processo é similar do que com o celular para a autenticação da chave do Pix. Isso porque, se um criminoso tentar registrar um e-mail já cadastrado no sistema, o dono do e-mail vai receber uma mensagem dentro do app da sua instituição financeira. Tudo isso é a forma de o sistema autenticar o uso da chave.

Nessa mensagem que mostra sobre a possível evasão de dados, o usuário será informado que o seu e-mail está sendo usado no registro de outra conta e vai pedir a confirmação para que a chave seja trocada da conta atual para a conta do terceiro (que pode ser um criminoso). Para evitar a liberação, basta não autorizar essa ação negando a confirmação na própria mensagem.

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Como funciona a chave aleatória do Pix?

A ideia central de autenticação é a mesma para a chave aleatória. Pois, se o fraudador tiver acesso a esse dado e tentar cadastrá-lo em sua conta. A vítima dona desta chave receberá uma mensagem dentro do app do banco informando que outra pessoa está tentando registrar a chave. Dessa forma, para evitar isso, basta não confirmar esse registro.

Por fim, não é possível que um criminoso registre o CPF da vítima em sua conta porque cada conta permite apenas um único CPF atrelado.

Por isso, não é possível trocar ou adicionar um novo CPF. Inclusive, ao fazer o cadastro do CPF como chave, o usuário não precisa nem digitar nada, o próprio banco já informa o número do de seu Cadastro de Pessoa Física. Mas, não tem a possibilidade de alteração.

Ou seja, só é possível cadastrar o CPF do titular da conta como chave Pix, o que impede um criminoso de cadastrar esse dado de outra pessoa em sua conta e se apropriar dos valores enviados à vítima.

Pix cadastrado sem autorização

Alguns clientes já relataram problemas ao perceber que sua chave Pix, como:

  • o celular ou CPF, por exemplo, foi cadastrada pelo banco ou demais instituições sem a devida autorização.

Para fazer o cadastro, a pessoa deve dar o consentimento ao banco ou outro agente financeiro, conforme as regras definidas pela legislação.

Pix é gratuito para Mei?

Sim! Como dito anteriormente o Pix é gratuito para pessoas físicas. Mas quem é MEIs (microempreendedores individuais) também ganha essa nova facilidade!

Ficou com mais alguma dúvida sobre o Pix, o novo meio de pagamento do Banco Central? Deixe nos comentários e não se esqueça de seguir a FinanZero nas redes sociais: @finanzero no Instagram, /FinanZero no Facebook e @finanzero no Twitter.

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2 respostas para “Pix: o que é e como funciona?”:

  1. Sônia Mara disse:

    Quais documentos são necessários para pedir meu empréstimo para negativado?

    • Joyce Cardoso disse:

      Olá, Sônia. Os documentos para solicitar um empréstimo para negativado são: cópia da identidade e do cpf; comprovante de renda e de residência; certidão do imóvel, declaração do IR, demonstrativos do INSS e extrato do FGTS

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